Postado originalmente por
sm4rco
Edumar, mais uma vez parabéns pelo ótimo comentário.
Eu disse que depois eu voltaria para te fazer algumas perguntas, então vou te perturbar um pouco agora.
Você que tem um contato bom com o pessoal lá, o que eles sentem? Eles ao menos estão otimistas com o futuro da marca no Brasil?
Nem um pouco. O desânimo é total.
Pelo que vi a Ford tirou o Territory de linha lá fora, mas manteve a o nome aqui para causar menos desgaste à marca que já vem perdendo muito a confiança do mercado. Esse novo modelo também é chinês, não é? Não entendo isso.
Sim, chinês. O Territory foi um fracasso principalmente por ser um projeto chinês, na verdade um carro chinês com a marca Ford (belo "premium"). O modelo que o substituiu lá fora ganhou até outro nome. Como aqui o consumidor é pouco informado e nem um pouco exigente, manter o nome causaria menos desgaste a um modelo que já sofre com alta desvalorização.
Mas, o novo modelo também é chinês, mas "dizem" que é um projeto padrão Ford. Eu duvido.
Você acha que o comprador de uma Ranger tem o mesmo perfil do comprador de uma L200 e de uma Frontier?
Me parecem consumidores com propostas diferentes.
Na verdade, sim. Frontier, L 200 e Ranger chamam a atenção de um público que não quer Hilux porque sabe que paga mais por menos, que não quer S10 porque é mais voltada a empresas, e que não quer Amarok pelo alto consumo, muitos problemas e por não ter o perfil tão esportivo. Claro que há invasões destes limites.
Se o fabricante é o mesmo e o código é idêntico, o que muda na peça que vai para uma montadora e outra que vai para a loja ou para a oficina paralela?
Expliquei no meu post anterior.
Se a oficina paralela contratar ex-funcionários das concessionárias falidas, não seria uma solução interessante para manter algum nível de qualidade com pessoal mais qualificado pela marca?
Custam mais caro, e por isso eles preferem colocação em concessionárias, mesmo de outras marcas. Eles também sabem que não vão ter à disposição o mesmo suporte, ferramental, equipamentos, informação, estrutura... não se adaptam.
Porque levaria tanto tempo para convencer o consumidor? Se alguém me disser que uma nova marca de leite em pó confiável oferece um produto mais saudável, sem química, mais puro e saboroso, além de mais barato que um leite Ninho, eu trocaria de marca na hora. A Nissan não poderia simplesmente divulgar as qualidades da Frontier e compará-las com as concorrentes numa campanha intensa, em horário nobre e de abrangencia nacional?
A cabeça do consumidor não funciona assim. Você é uma exceção, por isso tem Frontier :mrgreen:
A coisa é mais complexa que isso, depois explico.
Não pode falar nem um pouquinho mais? :mrgreen:
Não me deixam :mrgreen:
Será que é mesmo um número bom? Não pode ser desanimador para a Nissan e ela vir a desistir do modelo?
A Frontier não vende só no Brasil, e é sucesso em muitos países grandes. Ela não será descontinuada somente pelo desempenho de seu mercado brasileiro, que não é ruim. A antiga ficou por quase uma década em linha vendendo bem menos, fabricada aqui e sem exportação, e ainda assim foi um produto interessante para a Nissan. Esse modelo é ainda mais vantajoso.
Parece que já tem uma Frontier nova para ser lançada, com modificações mais profundas de projeto do que estas feitas em 2023. Você sabe de algo?
Sim, com certeza já tem um projeto pronto. Quando um modelo é lançado, o seu substituto já está sendo estudado e projetado. São anos de testes, desenvolvimento de projetos, de ferramentas de produção, desenvolvimento de fornecedores, etc... Pode ter a certeza de que o nomo modelo que vai substituir a Frontier atual já está praticamente pronto em projeto. Facelift é mais rápido, mas um modelo todo reformulado demora mais.
Na sua opinião, havendo uma opção elétrica, valeria a pena?
Na realidade atual, eu fujo dos elétricos.
Valeu Edumar :concordo: