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Manutenção, Adaptações e Soluções Técnicas NISSAN FRONTIER - GERAÇÃO 2017.

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  • 19/10/2023, 11:05
    Edumar
    Sobre passar scanner, não é o fato de passá-lo ou não que vai mudar alguma coisa na garantia. A garantia está condicionada à falha de fabricação. O que acontece é que o brasileiro tem aquela coisa de que, seu eu compro um televisor com um ano de garantia, e ele apresenta defeito durante a validade da garantia, ele deve ser consertado de graça. Uma coisa é tolerância, outra é obrigação.
    Se você ver o manual de qualquer produto que compra, vai ver que a garantia não é de funcionamento abrangente. Se a sua TV foi ligada numa tomada com problemas, ou durante uma tempestade ocorreu um surto de tensão, a garantia não cobre isso. Mas, na cultura popular, isso não interessa, pifou, tem que arrumar de graça. No final o fabricante do televisor acaba fazendo o reparo em garantia para evitar transtornos, mas saiba que esse custo está embutido no preço do TV que eu e você, pessoas de bem, pagamos, que usamos protetores de rede e tomamos o cuidado de desligar o aparelho da tomada em dias de tempestade. Chato, não? Somos punidos pela burrice e má-fé de outros.

    Vamos agora ao caso prático. Veja o que estabelece o termo de garantia de uma Toyota Hilux (extraído do manual do próprio fabricante):

    https://clubedanissanfrontier.com.br...r_-300x188.png

    Veja que o fabricante não dá cobertura a qualquer falha do veículo durante a garantia, mas somente sobre "defeitos de fabricação de peças ou de montagem". Ou seja, em tese, a maioria dos problemas atendidos em garantia pelas fábricas não deveria estar cobertos por garantia. Interessante, não?
    Eu nunca vi a Nissan, a Chevrolet (s10´s que tive", ou a VW (saveiros da minha frota) não passarem o scanner (que na verdade nem é mais scanner) nos carros durante a revisão. A Nissan sempre passa, e na última vez que o fez na minha identificou uma falta de atualização no sistema do ARLA. O Scanner não é utilizado só para verificar erros, mas hoje são muito modernos e fazem uma análise completa do motor, câmbio e outras partes. A Frontier agora faz a conexão de Scanner via notebook sem fio, eu acompanhei todo o processo, e tem informação demais ali. Toda a vida da Frontier aparece na tela.
    Saibam que agora ele está recebendo estetoscópios especiais para avaliação interna dos motores sem a desmontagem do mesmo. Tudo isso em procedimento preventivo (única no Brasil que vai adotar esse protocolo).
    O fato dela perceber algo errado num scanner, que não seja em razão de falha de fabricação, também não obriga a garantia.
    Mas, como o exemplo da TV, a fábrica acaba tolerando muitas coisas, pois a cultura popular é, se pifou e está na garantia, eu não vou pagar nada.

    O que acontece é que muitas vezes o fabricante nega quando o erro do proprietário é muito grosseiro. Ele até sabe que lá na frente vai acabar consertando de graça, mas dificulta porque tem gente que só aprende no sofrimento. É uma burocracia até proposital e punitiva, com fins educacionais para o consumidor não repetir a pilantragem ou criar precedentes para outros picaretas agirem igual.
    Tem gente que usa combustível adulterado continuamente, sabendo que é (muitas vezes o próprio dono do carro faz isso porque mistura óleo produzido na sua usina - eu já vi isso), ferra com o sistema de alimentação e outras partes, e vai na concessionária cheio de razão querendo que consertem de graça. A concessionária vai negar de imediato, o caso vai para a fábrica, é analisado, e negado novamente. Na recusa da solução pelo proprietário, o caso retorna para análise técnica, depois vai para avaliação de um setor comercial de satisfação do cliente, há muita discussão interna, até que a fábrica oferece uma solução que, em tese, nem deveria conceder.
    Todos nós temos direitos e deveres, mas a esperteza do brasileiro só lhe faz lembrar dos seus direitos, nunca de seus deveres.

    Quando você é fidelizado da marca e faz todas as revisões na concessionária, conseguir um atendimento em cortesia, pelo menos na Nissan, é muito mais fácil. Como o Bigsd comentou aqui, eu já tive troca de volante em cortesia, fora de garantia, por falha minha, que também muitas vezes saía do cliente com restos de solventes nas mãos, peça e troca gratuitas. E eu não pedi isso, pedi o orçamento para pagar, mas a fidelidade e a honestidade com a marca são diferenciais importantes.
    Já trocarem tapetes da minha caminhonete sem eu pedir, recentemente pedi um par de emblemas "Biturbo" e "4x4" para colocar na Frontier SE da minha esposa, pedi o preço para pagar e me deram de graça... então... são muitas variáveis que afetam o atendimento que você recebe numa concessionária.
    O cara compra uma caminhonete, não faz as revisões corretamente, maltrata ela, usa combustível podre, e aí aparece lá pedindo garantia. Como advogado honesto (porque está cheio de picaretas por aí), eu digo que esse cara tem que ser punido por má-fé e obtenção de vantagem ilícita. Mas, os fabricantes toleram para evitar maiores desgastes, e os inocentes também pagam caro por isso.

    Quando a GM me ligou e me disse que iria me acionar na Justiça por estar difamando a S10, eu disse: "Por favor, façam isso. Não sou leigo, trabalhei em muitas montadoras. O Juiz vai nomear um perito que eu tenho certeza que vai confirmar tudo que estou dizendo, e aí vou ter finalmente um documento público para dar melhor sustentação às minhas críticas, porque os laudos de vocês só servem para limpar a b..."
    Em dois dias um dos diretores da GM me ligou propondo a solução que eu esperava. Uma solução inédita dentro da GM e talvez em todas as demais montadoras do Brasil.

    Então, meu amigo, eu tento ampliar a visão da situação para além das portas da oficina. Como você disse, isso dá uma discussão das boas, e ultrapassa os limites da oficina.
    Existem aspectos comerciais, aspectos que envolvem o comportamento do consumidor, aspectos legais, aspectos quanto ao contrato de garantia (sim... quando você compra um carro está aceitando as condições de garantia), aspectos mercadológicos, e muitos outros. Como eu tive a sorte de estar em todas estas pontas, busco ampliar o entendimento para todas as direções.
    Até entendo que para o consumidor e para o mecânico o que interessa é o carro em si, mas existem muitas variáveis bastante importantes que giram em torno disso tudo.

    Mas, numa coisa eu vou insistir, 90% da culpa da insatisfação dos consumidores decorre de dua própria ignorância e esperteza.
    Enquanto continuarem pagando caro por carroças (e ainda comemorarem que vendem muito), enquanto continuarem conformados em comprar carrinhos chineses baratinhos até mesmo enganados e feitos de trouxas (como ocorreu com o "premium" Territory da Ford), enquanto comprarem gordura com sabor chocolate achando que está comendo chocolate, comprarem diesel "baratinho" porque são espertos, fazerem revisões porcas porque acham que a garantia tem que se virar depois... enfim, enquanto o consumidor não assumir o seu papel com seriedade e responsabilidade, não adianta ficar reclamando que não é respeitado.
    Respeito é algo que se conquista, não que se colhe no quintal de casa.
  • 19/10/2023, 11:09
    Edumar
    Citação:

    Postado originalmente por Samuel Dias Ver Post
    Perfeito o seu comentário. É o consumidor que deveria mudar o mercado, mas aqui são os fabricantes que ditam as regras achando que todo mundo é gado. Fazem o que quer, criam uma boa divulgação, e vendem como água.
    Por isso temos versões antigas, fora de linha, ultrapassadas e inferiores aos mesmos modelos vendidos lá fora.
    Um exemplo que sempre dou é a Tucson, projeto dos anos 90, fora de linha, ferramental abandonado, mas um grupo aqui pegou o projeto velho e as ferramentas e relançou aquela feiura (horrível) aqui que vendeu bem e ainda com ares de carro de luxo...
    Meu cunhado comprou uma e se exibia com ela como se tivesse comprado um carro de luxo de primeiro mundo, vendeu desvalorizado, sem peças e cheia de defeitos. Hoje tem um HR-V e diz que dá de 10 a zero naquele lixo.

    Seu exemplo foi perfeito. É isso mesmo.
  • 19/10/2023, 11:13
    Edumar
    Citação:

    Postado originalmente por Samuel Dias Ver Post
    Nada como um engenheiro, advogado, empresário, conhecedor do mercado automobilístico para nos dar uma aula assim, e o mais importante, sem qualquer vínculo com o assunto, totalmente imparcial. Quando eu quero saber alguma coisa que vai acontecer eu leio aqui, porque até quando a imprensa descobre um dia o que já foi dito aqui antes, ainda divulga errado.
    Valeu Edumar :palmas:

    :lol:
    Obrigado, mas é um exagero.
    Eu queria ver o mercado crescer na direção certa. Queria não ver picapes chinesas vindo para cá, mas gostaria de ver uma Honda ou uma Suzuki colocando uma picape média no Brasil. Precisamos de evolução de verdade para fazer a concorrência se mexer.
  • 19/10/2023, 11:22
    Edumar
    Citação:

    Postado originalmente por Samuel Dias Ver Post
    A Nissan foi realmente muito ousada como disseram aqui.
    Conversando com um pessoal daqui da Chevrolet com quem tenho amizade, eles disseram que o mercado está surpreso com essa novidade da Nissan, que foi algo que provocou um rebuliço muito grande no segmento, não pelo prazo de garantia em si ser o maior do mercado, mas pela demonstração de confiança no produto. Eles disseram que as condições de validação desse prazo de garantia é também o menos exigente entre todas as concorrentes, cobrindo bem mais e sendo bem mais flexível para conceder a garantia, as demais são bem mais restritivas, que dificilmente alguém consegue um atendimento em garantia com mais de um ano.

    Sim, a novidade caiu no mercado como um raio seguido de um forte trovão. Tem montadora se reunindo para conversar sobre isso, estou sabendo.
    Interessante como a Nissan age. Se ela não tivesse mudado a garantia, ninguém iria se importar muito, pois a sua confiabilidade é bem alta. Se tivesse aumentado para 4 anos, o mercado iria elogiar bastante. Se tivesse aumentado para 5 anos, todo muno ia ficar agitado, mas aumentou para 6!!! Mesma coisa a colocação dos freios a disco nas quatro-rodas. Se não tivesse colocado, ninguém ia dar falta, até porque o consumidor não tem a menor ideia da vantagem disso.
    O botãozinho para fazer a regeneração do filtro DPF no painel, inovador na época, os bancos Zero Gravity, a suspensão multilink, a inovação com o câmbio de 7 marchas, o chassi e o sub chassi reforçados... ninguém percebe muito isso. Agora, coloque uma tela multimídia de 40 polegadas, 3D, 4K com golfinhos nadando na tela... o mercado todo ia ficar fascinado.
  • 19/10/2023, 11:26
    Edumar
    Citação:

    Postado originalmente por Samuel Dias Ver Post
    Mas o pessoal aqui da concessionária Chevrolet me disse que realmente a Frontier é a melhor picape do mercado hoje, sem dúvida, eles reconhecem isso, mas que por sorte a marca não é muito lembrada aqui na hora de escolherem uma picape, mas se a Nissan continuar com novidades como essa, vai se difícil competir com a Frontier. Me disseram que falando de S10, a Frontier ganha em absolutamente tudo, que a S10 teria que mudar urgente, pois desde 2012 não tem evoluído nada na picape, que ainda usa partes das anteriores a 2012.

    Todas as marcas falam isso quando dão uma opinião honesta. A Frontier está muitos passos a frente da concorrência.
    Espero algo assim da nossa nova L200, mas não estou muito confiante disso.
  • 19/10/2023, 11:42
    Edumar
    Dentro do objetivo principal desse fórum, vou fazer uma pequena contribuição.
    Fiz um teste ontem com a minha Frontier e deixei o computador avisar sobre o baixo nível de combustível, entrar na reserva, zerar a autonomia de reserva e depois de bastante tempo parei no posto para abastecer.
    Com a situação mostrada abaixo, couberam 63,95 litros de diesel no tanque até o automático da bomba.
    Lembrando que o tanque da Frontier 2023 tem capacidade de 73 litros.
    Então quando alguém estiver numa situação semelhante, pode ficar mais tranquilo conhecendo melhor o comportamento do marcador. Quando o marcador te dizer que "Você está numa roubada agora", na verdade você tem um fôlego para gastar ainda :lol:

    https://clubedanissanfrontier.com.br...d3764907bc.jpg
  • 19/10/2023, 12:14
    enricof18
    Citação:

    Postado originalmente por Edumar Ver Post
    Vou te dizer uma coisa... é muita ilusão achar que um laudo pedido para a concessionária será favorável ao cliente. Existe muita má vontade por parte das concessionárias em atender garantia, porque garantia custa dinheiro apesar de já estar na composição do preço do carro ou até das revisões.

    Concordo com tudo o que disse, mas o ponto onde eu quero chegar é que é improcedente uma concessionária não dar garantia em itens de um sistema de injeção sem ser pautada por laudos, seja por análise do combustível encontrado no veículo ou análise em laboratório de bicos e bomba.

    Feito assim se joga toda a responsabilidade no cliente sem nenhum tipo de prova que paute a alegação.

    Se um proprietário se ver nessa situação, ele deve sim questionar no que a concessionária está se baseando para alegar que o problema é a qualidade do combustível e não um defeito de fabricação.
  • 19/10/2023, 12:26
    enricof18
    Citação:

    Postado originalmente por Edumar Ver Post
    Sobre passar scanner, não é o fato de passá-lo ou não que vai mudar alguma coisa na garantia.

    Concordo!

    Mas a revisão em concessionária deve abranger essa verificação com scanner, e vou tentar explicar isso.

    Quando se fala em DPF, existem 5 sensores que são fundamentais para o sistema:

    1) O sensor de pressão diferencial, que lê a pressão do DPF.
    2) O sensor de temperatura da entrada do DPF.
    3) O sensor de temperatura da saída do DPF.
    4) A sonda A/F pré-catalisador.
    5) A sonda A/F pós-DPF.


    Esses 5 sensores monitoram todo o sistema e habilitam a regeneração automática caso necessário.

    O que acontece na maioria esmagadora das vezes onde um veículo apresenta um defeito recorrente com DPF é que um desses sensores não está funcionando. Geralmente são os sensores de temperatura ou as sondas A/F.

    Esses sensores mesmo que sem funcionar, não vão alterar em nada o funcionamento do veículo. Ele não vai acender nenhuma luz no painel, não vai fazer com que o veículo sofra perda de potência, nem nada do tipo, nada que o proprietário possa perceber que existe algo de errado.

    Como então que você sabe que existe alguma coisa de errado com esses sensores? Passando o scanner no veículo, verificando a existência de códigos de falha e também o funcionamento em tempo real desses sensores.

    Acontece que, quando por exemplo um sensor de temperatura desse para de funcionar, ou uma sonda A/F, o veículo anda normalmente. Se proprietário rodar muito em rodovia, pode acontecer dele rodar muito até acontecer alguma coisa, pode colocar ai uns 20 ou 30 mil km com defeito em algum nesses sensores sem apresentar nenhum sintoma. Nisso já se foi 2 ou 3 revisões em concessionária. Mas vai haver a situação onde o problema vai acontecer e isso vai gerar um transtorno pro proprietário. Pode acontecer que o proprietário esteja de férias com a família, carro lotado, pesado, subindo uma serra e acende uma luz de DPF no painel, veículo perde potência, mal da conta de andar.

    E aí?

    Esse problema poderia ter sido diagnosticado a muito tempo atrás, poderia ter sido informado para o cliente, poderia ter sido solucionado, e esse problema em nada tem a ver com o combustível.

    Entende aonde eu quero chegar?

    A verificação de parâmetros de injeção é fundamentar para a boa manutenção dos veículos com injeção eletrônica.

    Eu dei apenas esse exemplo específico do caso do DPF, mas existem outras situações igualmente simples de serem detectadas apenas fazendo uma verificação com scanner durante as revisões.
  • 19/10/2023, 15:47
    Gheno
    E o fórum engatou o modo "aula"....esse é o melhor lado deste espaço aqui. obrigado colegas.
  • 19/10/2023, 17:54
    Edumar
    Citação:

    Postado originalmente por enricof18 Ver Post
    Concordo com tudo o que disse, mas o ponto onde eu quero chegar é que é improcedente uma concessionária não dar garantia em itens de um sistema de injeção sem ser pautada por laudos, seja por análise do combustível encontrado no veículo ou análise em laboratório de bicos e bomba.

    Feito assim se joga toda a responsabilidade no cliente sem nenhum tipo de prova que paute a alegação.

    Se um proprietário se ver nessa situação, ele deve sim questionar no que a concessionária está se baseando para alegar que o problema é a qualidade do combustível e não um defeito de fabricação.

    Enrico, essa visão é sob o ponto de vista leigo e desculpe, bastante ingênua. Vou te explicar de uma forma mais simples.
    Você acha que a concessionária vai emitir um laudo contra ela? Se não for ela, quem vai? O consumidor vai bancar um laudo técnico por conta própria? Se a concessionária bancar um laudo de terceiro, de um laboratório contratado independente, e ela estiver certa, o consumidor vai assumir a obrigação de ressarcir esse custo? Ele assinaria um termo de acordo disso? Por experiência própria... nunca!
    Mas, vamos insistir no mundo fictício... uma empresa independente fará a análise para emitir um laudo, não importa aqui quem vai pagar, todo mundo fica feliz em gastar a bagatela de um laudo.
    Você sugere realizar uma análise de combustível. Vamos lá...
    Qual amostra de combustível estará disponível para uma análise? A amostra que se encontra no tanque NAQUELE MOMENTO. OK, vamos ter o resultado da qualidade daquele combustível disponível, daquela amostra, e qual o resultado prático dessa análise? Nenhum!!! Qual a validade desse laudo? Zero!!!
    Os danos no motor são causados ao longo de um tempo, com o uso contínuo de combustível adulterado. Se eu esgotar o combustível do meu tanque e abastecê-lo com combustível de altíssima qualidade, podemos concluir então que os danos não foram causados pelo uso de combustível adulterado? Não!!! Simplesmente podemos apenas afirmar que o combustível que está no tanque naquele momento é de boa qualidade. Percebe?
    Por isso que eu disse que se a concessionária fizer isso, pode dar um tiro no pé, pois não vai provar que o consumidor utilizou por anos combustível adulterado. A concessionária não é ingênua, conhece a pilantragem do consumidor.
    Então, a análise do combustível presente naquele instante no tanque não diz absolutamente nada, não prova a razão de ninguém.

    Veja que nem estou levando a coisa para o aspecto jurídico, pois a surra vai ser ainda maior. Nenhum Juiz vai se basear num laudo de um combustível existente no tanque no momento da análise para fazer qualquer julgamento de valor, então nem vou entrar nessa questão.

    Vou te explicar como funciona na prática: A concessionária alega que houve a utilização de combustível ruim. O consumidor nega que usou diesel adulterado (muitas vezes de boa fé pois ele não consegue reconhecer um diesel ruim). O que está em jogo aqui? Quem vai pagar o prejuízo, somente isso, ou seja, começa o empurra-empurra. Se o consumidor ceder, ele banca e a concessionária ganha. Se ele for ao Procon ou à Justiça, a concessionária sabe que o prejuízo será maior, aí ela faz um acordo, o consumidor ganha e a concessionária perde.
    Infelizmente é assim que funciona.

    Imagine você almoçar num restaurante hoje e amanhã ser internado com intoxicação alimentar. Quando sair do hospital dali há uma semana ou mais, pede uma amostra da comida do restaurante e manda analisar. Não é a mesma comida. Qualquer que seja o resultado, restará prejudicado. Se nada for encontrado, foi porque talvez naquele dia não usaram uma maionese que estava vencida. Se a comida tiver alguma contaminação, a conclusão é que aquela amostra está com problemas, mas o resultado não alcança o prato que você comeu naquele dia. Você pode alegar que o local nests momento não tem higiene, que aquele bolinho de bacalhau analisado não estava conforme, mas nada vai garantir o que você comeu há uma semana atrás.
    Sei que gostaríamos que fosse diferente, mas essa é a realidade, pois infelizmente o mundo não é ideal.

    E mais... você diz que a concessionária joga toda a culpa no cliente... oras... ele também pode jogar a culpa nela. O que muda? Ela não quer pagar, e o cliente também não. Ou se negocia, ou se vai para a Justiça. Tudo na vida é assim.
    Você não é ingênuo, sabe tanto quanto eu que o consumidor faz bobagens, percebe o erro, corrige o que fez e vai atrás da garantia do que estragou. Não é um ou outro caso, as concessionárias vivem isso diariamente.
  • 19/10/2023, 18:04
    Edumar
    Citação:

    Postado originalmente por enricof18 Ver Post
    Concordo!

    Mas a revisão em concessionária deve abranger essa verificação com scanner, e vou tentar explicar isso.

    Quando se fala em DPF, existem 5 sensores que são fundamentais para o sistema:

    1) O sensor de pressão diferencial, que lê a pressão do DPF.
    2) O sensor de temperatura da entrada do DPF.
    3) O sensor de temperatura da saída do DPF.
    4) A sonda A/F pré-catalisador.
    5) A sonda A/F pós-DPF.


    Esses 5 sensores monitoram todo o sistema e habilitam a regeneração automática caso necessário.

    O que acontece na maioria esmagadora das vezes onde um veículo apresenta um defeito recorrente com DPF é que um desses sensores não está funcionando. Geralmente são os sensores de temperatura ou as sondas A/F.

    Esses sensores mesmo que sem funcionar, não vão alterar em nada o funcionamento do veículo. Ele não vai acender nenhuma luz no painel, não vai fazer com que o veículo sofra perda de potência, nem nada do tipo, nada que o proprietário possa perceber que existe algo de errado.

    Como então que você sabe que existe alguma coisa de errado com esses sensores? Passando o scanner no veículo, verificando a existência de códigos de falha e também o funcionamento em tempo real desses sensores.

    Acontece que, quando por exemplo um sensor de temperatura desse para de funcionar, ou uma sonda A/F, o veículo anda normalmente. Se proprietário rodar muito em rodovia, pode acontecer dele rodar muito até acontecer alguma coisa, pode colocar ai uns 20 ou 30 mil km com defeito em algum nesses sensores sem apresentar nenhum sintoma. Nisso já se foi 2 ou 3 revisões em concessionária. Mas vai haver a situação onde o problema vai acontecer e isso vai gerar um transtorno pro proprietário. Pode acontecer que o proprietário esteja de férias com a família, carro lotado, pesado, subindo uma serra e acende uma luz de DPF no painel, veículo perde potência, mal da conta de andar.

    E aí?

    Esse problema poderia ter sido diagnosticado a muito tempo atrás, poderia ter sido informado para o cliente, poderia ter sido solucionado, e esse problema em nada tem a ver com o combustível.

    Entende aonde eu quero chegar?

    A verificação de parâmetros de injeção é fundamentar para a boa manutenção dos veículos com injeção eletrônica.

    Eu dei apenas esse exemplo específico do caso do DPF, mas existem outras situações igualmente simples de serem detectadas apenas fazendo uma verificação com scanner durante as revisões.

    Vou repetir o que eu te disse... em todas as revisões que fiz na Nissan, eles sempre puxaram o histórico de erros do motor. Há 8 anos a Adara Chevrolet de Campinas também fazia isso. É procedimento. Eles arquivam estas informações para futuras avaliações.
    Se tem alguma concessionária que não faz isso, entendo ser exceção. Assim como tem concessionária que não verifica a altura do freio de mão, a pressão dos pneus, etc... mas que está no check list deles, isso garanto que está, pois eu conheço muito bem.
    Pelo contrário, eu vejo oficinas particulares não fazerem, ou porque não tem o equipamento, não consegue interpretá-lo, não está atualizado, ou coisa assim.
    Mas em concessionárias, nunca vi eles não fazerem uma busca com o scanner, nem a VW que considero uma das piores oficinas que temos deixa de fazer isso.
    Então nem vou discutir isso.

    Eu levei a minha Frontier 2023 pra revisão, ligaram o notebook nela e puxaram muito mais coisas do que você elencou aqui. Eles acessam tudo. Aí o consultor me disse que saiu uma versão nova do software do ARLA, e fez a atualização na hora. Qual a chance de uma oficina particular fazer isso? Nenhuma, pois certamente eles nem tem acesso a estas informações.
    Qualquer colega que for levar a sua 2023 para revisão, por favor, confirme o que estou dizendo e compartilhe aqui. Há uma atualização a ser feita no sistema que saiu há poucas semanas. Confirmem, por favor.
  • 19/10/2023, 18:11
    Edumar
    De qualquer forma, meu objetivo é mostrar todos os lados do problema, da responsabilidade do consumidor, da concessionária, das responsabilidades legais, da posição da fábrica, dos aspectos comerciais, etc. Não vou me ater a um único ponto porque não é esta a minha intenção.
    O amigo Bigsd me solicitou para falar sobre a questão de realizar serviços fora, inclusive instalação de acessórios, e a implicância disso na garantia do veículo, e foi o que fiz. O foco fugiu um pouco depois, mas vou me manter nessa questão, se alguém tiver alguma dúvida sobre a indagação original, estou à disposição. Ou, podemos abrir um tópico em outro espaço mais adequado para conversarmos sobre manutenção em geral, aí terei muito mais coisas bem interessantes para dizer, mas não vou desvirtuar o foco aqui senão vai ficar estranho.
    Agradeço o bom debate com o Enrico :concordo:, mas fico por aqui.
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