Duda,
Lembra daquele exemplo que lhe dei a algum tempo atrás num tópico sobre a suspensão do troller? Acho que foi na receita pra 35”. Não lembro.
Enfim.
A explicação de Renato tá perfeita. Mas pra quem é leigo, é difícil imaginar essa dinâmica de movimentos.
Pra isso, vai um exemplo pratico e simples que ajuda no entendimento da tendência de mudança de cáster no radius arms.
Estique os dois braços paralelos e aponte o dedo indicador pra cima e o polegar pra baixo.
Essa posição simula o radius arms em posição ride hight, onde a ponta dos dedos são as buchas do eixo e o cotovelo a bucha do chassis.
OK até ai?
Sem mexer os cotovelo, abaixe um braço e levante o outro. Essa posição simula uma situação de X na suspensão, onde uma roda está no buraco enquanto a outra num batente.
Percebeu que a linha imaginaria entre a ponta do polegar e indicador do braço direito não está paralela ao do braço esquerdo?
Pois bem, é justamente isso que acontece no carro e é exatamente esse movimento que a bucha precisa permitir pra suspensão trabalhar. Quando a bucha chega no limite, a suspensão não abre mais. Independente de mola ou amortecedor que use.
Em outra língua, no sistema Radius arms, onde os pontos do chassis são um acima do outro, o eixo funciona como uma grande barra estabilizadora.
Outra imagem que ajuda no entendimento dessa arquitetura.