
Postado originalmente por
neilsonhenriques
A tração 4x4 do Renegade não é permanente se é sob demanda. Ou uma coisa ou outra, e a FIAT, espertamente, está tentando confundir as coisas (só ler no site). Não vejo como um sistema sob demanda possa ser mais eficiente (superior, muito menos) do que um permanente, uma vez que sempre haverá um delay pra acionar o mecanismo de tração, ao passo que na tração permanente, por óbvio, o sistema está 100% tracionado o tempo todo (70% traseira e 30% dianteira com LSD segundo o manual, no caso do TR4).
Uma dúvida que o vendedor não conseguiu me responder e a FIAT não está divulgando claramente nos seus sites (EUA e Brasil) é: qual a velocidade máxima que se pode rodar com o 4WD Lock ativo ? Ano passado, em dezembro, vi um review num vídeo do YouTube que dizia que a 50 km/h o sistema é desativado, mas não consigo mais localizar esse vídeo pra confirmar. Qualquer informação adicional pra esclarecer isso é bem-vinda.
Seguindo no raciocínio, a Amarok veio pro mercado fazendo tanto sucesso por causa da sua tração permanente, uma inovação no nicho de mercado dela, sem dúvida. Pensando que o sistema do Renegade é muito superior em eficiência, a VW deu um tiro no pé.
Quem é o louco que pretende andar a 120 km/h num Marruá ? Mas você agora chegou no ponto que é o cerne da minha crítica: falta de caixa de redução = falta de robustez.
A redução alivia todo o sistema de transmissão e pode rodar bloqueada por horas a fim. É o mecanismo mais adequado para um carro que se propõe a ser um off-roader e não serve só pra desatolar uma Bandeirantes, mas pra várias outras situações, como por exemplo, rodar em dunas, rípio, areia fofa como Jalapão e algumas regiões do Atacama, enfim, nem me imagino andando nesses locais só de primeira marcha, é impensável.
Outra crítica é o water depth do Renegade. Por que a FIAT não divulga que é ~ 40 cm ? Esse limite, inclusive, inviabiliza um passeio mais radical na Serra da Canastra em época de cheia (desconfio que até na seca não vai passar em alguns pontos). Sobre algumas trilhas (maravilhosas) adjacentes a Estrada Real nem vou falar.