Tenho olhado o Renegade com bastante carinho, já fiz um test-drive bem longo com o modelo flex, e imaginei que seria um desastre no desempenho. Estava certo, mas o cambio A/T consegue fazer um bom serviço com o motor, ignorando este item não tive do que reclamar.
Já deixei o meu nome em quatro concessionárias distintas, querendo conhecer pessoalmente o diesel, sendo que uma delas já retornei duas vezes, mas infelizmente não tive qualquer retorno, talvez por não ter atendido o insistente pedido de deixar um cheque de sinal.
Atualmente tenho uma picape diesel 4x4 de 171 cv, e terei que continuar com ela devido a caçamba, mas eu também quero um veiculo 4X4 diesel, que não passe muitos centímetros dos quatro metros de comprimento, que tenha autonomia de pelo menos 700 km, que tenha capacidade de alcançar lugares restritos, os mesmos lugares que qualquer picape 4x4 original chega, e que tenha torque suficiente para ultrapassar com segurança em pista simples um caminhão cegonha de 550 cv.
Meu interesse no Renegade vem desde o inicio dos boatos de sua produção, pois sempre tive apresso pelo Troller, já que para os quesitos acima ambos cumprem a mesma função e podem ser comparados, e com esses quesitos atendidos passo aos próximos itens, e ai no meu uso o Troller leva uma surra.
Conforto é incomparável principalmente pelo cambio A/T, a ergonomia no Renegade é muito superior e ainda tem um porta-malas, a suspensão absorve bem os buracos e tem muitos mimos eletrônicos.
Esse final de semana andei bastante com uma Outlander diesel e fiquei surpreso com a agilidade e economia do modelo, consegui excelentes 16,2 km/l com 110 km/h no controle de cruzeiro (o exemplar tinha apenas 1.400 km no odômetro) e o enorme torque chegam a impressionar na mudança de 1ª para 2ª marcha colando a gente no banco por um tempo curto, então se a Outlander tem um desempenho muito melhor que o Troller e tem números muito parecidos com o Renegade apesar de pesar mais, o desempenho do Renegade também deve ser superior ao Troller.
A segurança do Renegade também é muito superior, primeiro devidos aos itens como Airbags (que não me conformo como nem isso existe no Troller), controle de tração e estabilidade e a deformação programada da carroceria, que no Renegade nacional não deve ser idêntica às unidades que atendem o mercado europeu e americano, aqui pela falta de normas costumam diminuir pontos de solda e retirar materiais de alta resistência, mas com certeza é muito superior ao Troller que simplesmente não deforma e transfere todo o impacto aos ocupantes, isso quando a carroceria não se separa do chassi.
Apesar dos pesares a confiança na marca Jeep é muito maior que na Troller, os problemas no Renegade que existem ou que venham a existir com certeza vão ser solucionados com o tempo, a maior rede de concessionarias e principalmente por existir em outros mercados fora do Brasil aumenta a oferta de peças e serviços, logo mais existirão kits para que gosta de modificações.
No desempenho off-road não há comparação, o Troller é muito superior, mas também está muito acima do que eu preciso, a reduzida no Troller o transformam em um monstro de força que aliado aos ângulos e altura fazem inveja, mas no Renegade apesar da falta de reduzida, a relação mais curta dos diferenciais no TrailHalk aliada com o baixo peso e o bom torque do motor e a eficiência da eletrônica não devem fazer feio, aqui comparo com outro Mitsubishi, o ASX que também surpreende no off-road principalmente com os calçados da foto abaixo, o ASX enquanto não encosta o para-choque ou o assoalho no chão (o que não demora muito) dá um show com o controle de tração, sendo muito superior que qualquer outro 4X4 convencional em pisos escorregadios e em erosões, como o Renegade tem exatamente as mesmas funções deve fazer o mesmo serviço com a vantagem dos melhores ângulo, altura do solo e força.
Anexo 506105
Outro ponto importante é a robustez do power-train, e aqui há uma incógnita sobre o Renegade que só o tempo vai responder, no Troller a receita é tão básica e consagrada que não há o que discutir.
Por enquanto é só, quem sabe o dia que finalmente conseguir andar em um eu possa acrescentar algo.