É de concepção simples e robusta e por isso tornou-se sinônimo de confiabilidade. Também é muito forte e versátil, com ótimo desempenho off-road e acabou arrebanhando admiradores pelo mundo todo.
Não fosse a questão do conforto, que convenhamos não era a prioridade do projeto, seria perfeito.
Cada toyoteiro quer o jipe para uma finalidade. Alguns querem para trilha radical, outros para viagens longas, outros para o dia a dia e alguns para tudo isso junto, então não dá para fazer um kit que atenda a todos.
Para cada finalidade seria um projeto diferente de suspensão.
Eu por exemplo, uso o jipe no dia a dia. Faço trilhas, nada radical que exija grande curso ou altura livre. Mas faço questão de manter o estilo, sem deixar aparente as adaptações.
Uma coisa que penso é que o chassi foi projetado para receber o esforço (forças normais) nos suportes fixo e do jumelo e esse esforço passará para um ponto único na direção do eixo. Quanto isso irá interferir na distribuição do peso? Isso se considerarmos a mola apoiada por baixo do chassi, pois se for colocado um suporte preso ao lado do chassi, há que se considerar também o esforço de torção.
Além disso, o movimento da suspensão gira em um raio formado pela distancia do suporte fixo da mola até o eixo. Distância menor do que o tamanho do link do Troller, por exemplo. Aumentando essa distancia, mudaria o comportamento do cardã?
Talvez toda essa preocupação seja bobagem, pois o chassi do Bandeirante é superdimensionado. Mas essa também é uma característica do Bandeirante que quero manter, o superdimensionamento dos componentes.
Por isso, quando considero a adoção de molas helicoidais, penso em manter ao máximo a posição original do eixo, com os links presos no suporte do feixe e as molas apoiadas diretamente no chassi. Eu sei que na frente, o espaço é pequeno, mas mesmo assim eu prefiro.
Será que estou viajando, ou fazem sentido os meus temores?