Postado originalmente por
Soldier
Relato da Expedição:
Foram aproximadamente 800 kms percorridos por mim em quatro dias, no trajeto de São Paulo a Três Corações, São Thomé das Letras, passeios pela região, Carrancas, Luminárias, São Bento Abade, São Thomé novamente e retorno a São Paulo passando por Três Corações. Nenhuma pane.
A jornada começou na sexta por volta das 11hs da manhã, quando depois de finalmente colocar as malas, brinquedos, ferramentas, mantimentos, carrinho de bebê, cadeirinha, inalador, talk about, calçados, lanternas, entre outras "coisinhas" dentro do Niva Blue... finalmente colocamos o pé (pneu) na estrada... após encontrar o Clécio, Marcelo Bueno, Edu Velo, Carlos e Régis (além de suas respectivas companhias) com um "pequeno" atraso (mea culpa) partimos para uma divertida viagem sem qualquer outro contra-tempo... chegamos em STL aproximadamente as 19hs... o comboio do RJ chegou "pouco depois"... umas 20h30... depois de alguma dificuldade (pois os celulares não funcionam em STL) falei com o Lucciano sobre o comboio Mineiro e com o Clécio, sobre o comboio paulista noturno... tudo estava "dentro dos conformes"...
O primeiro momento de integração foi no jantar... a Pizza na Pedra nem estava tão boa... mas a companhia foi o mais importante... outros companheiros foram chegando depois e lotando a pizzaria. Depois de satisfeitos, fomos ao mirante admirar a núvem de estrelas que era possível observar daquele ponto naquele momento... e então finalmente... cama!
Enquanto isso, o comboio paulista noturno prosseguia sua jornada, com apenas uma pequena falha em uma das viaturas, facilmente resolvida pelo pessoal. A chegada foi por volta das 3hs da manhã.
No dia seguinte, um atraso "normal" na saída acabou invertendo a programação inicial e partimos em busca de Shangrillá... em vão... não havia mapa certo, placa indicando ou informação clara e após rodar e rodar decidimos abortar e partir para a ladeira do amendoim e a gruta do carimbado... lá alguns decidiram ir até Machu Pitchu e outros ficaram admirando o carro desengatado “subir” a ladeira... enquanto isso, uma turminha montou acampamento e o churrasco rolou ali mesmo... paralelamente o povo de Minas estava comendo um churrasco na cachoeira do Flávio. Saindo do Carimbado a maioria voltou à cidade para almoçar no Alquimista enquanto o Lisboa e o Jorge foram para o Vale das Borboletas... mais tarde, a maioria retornou ao Vale das Borboletas pra um banho “gelaaaaaaado” enquanto outra parte já estava na pousada.
Na noite do sábado tentamos juntar o povo na praça pra fazer a confraternização, mas devido a compreensível disparidade de preferências em um grupo tão grande, só conseguimos reunir as viaturas que lotaram a praça.
No dia seguinte, seguindo a programação prevista, saímos as 9h30 em direção a Carrancas... a primeira parada foi na cachoeira da lua... alguns queriam pular na água mas o tempo estava nublado e frio e o momento foi de contemplação e muitas fotos.
A próxima parada foi segundo muitos me relataram, o ponto alto do passeio (além do próprio trajeto)... foram a caverna e cachoeira do Sobradinho... a chegada perfilou as viaturas e possibilitou boas fotos com uma bela paisagem de fundo e a travessia da caverna para sair na cachoeira foi um desafio para muitos que jamais haviam entrado em uma gruta, entretanto, sem maiores dificuldades, algumas crianças fizeram a travessia sem problemas... como dito antes, uma lembrança pra toda a vida.
Saindo de lá, logo chegamos ao povoado de Sobradinho, onde o povo que saía da missa dominical nos olhava como se fossemos alienígenas... um motoqueiro chegou a se benzer quando visualizou o comboio (rsrs)...
Daí por diante, a paisagem dominante de montanhas, bosques e grandes descampados dominou o percurso... logo as cercas desapareceram e o que vimos foram áreas praticamente desabitadas onde o único sinal de civilização era a própria estrada... muita poeira devido a falta de chuvas motivou o povo a combinar uma volta para um camping selvagem na época de chuvas.
As belas paisagens e a estrada com pouca ou nenhuma dificuldade além de alguns aclives, curvas, areiões e pedras soltas não deixou percebermos as horas passarem e quando nos demos conta, já havia passado e muito do horário de almoço e quando chegamos ao primeiro local habitado vimos um “butequinho” que o pessoal dali disse ser o “único” local para almoçar aquela hora... depois descobrimos que ainda haviam 11 kms de terra até a cidade... onde finalmente os 74 kms de terra (segundo meu odometro) até Carrancas foram cumpridos, eram 17hs quando chegamos ao primeiro restaurante... onde “almoçamos” por volta das 18hs...
Depois disso, todos se despediram e cada um tomou seu caminho... apenas o Lisboa e eu, íamos voltar a São Tomé e tomamos o rumo de Luminárias já sob a escuridão da noite... segundo informações eram 11kms de terra... entretanto passaram-se 20 kms de uma estrada estreita, cheia de “mata-burros” e porteiras até Luminárias... chegando lá, finalmente conseguimos abastecer e depois disso, foram mais 30 kms até São Bento Abade em uma estrada mais larga mas cheia de costelas de vaca e muitos buracos... então, a partir daí, foram mais ou menos 20 kms de asfalto até chegar “exaustos” em São Thomé... o Lisboa e sua turma desabaram na pousada enquanto eu ainda fui levar minha esposa e filhos para jantar...
No dia seguinte, acordamos e combinamos de passar novamente no vale das borboletas antes de pegar a estrada definitivamente para São Paulo... e assim foi... as crianças (Lara e Yago) se divertiram bastante no vale das borboletas e então pegamos o caminho para Três Corações que nos daria acesso a Fernão Dias... a viagem correu tranqüila, exceto pela luz da bateria do Niva do Lisboa que insistia em permanecer acesa... durante o dia isso não foi problema, mas quando anoiteceu seu farol foi enfraquecendo e a suspeita se confirmou como sendo o regulador de voltagem “colado”... como já estávamos chegando em SP... deu tudo certo e finalmente nossa odisséia terminou com todos salvos e exaustos mas com grandes histórias para contar até aos netos...
Essa foi a “Mini Expedição” a São Thomé das Letras.