Postado originalmente por
André F
Entrei no tópico por curiosidade, para saber como andam os Stark. Fui conhecer o veículo, e vou comentar minha opinião pessoal, sem intenção de criar polêmica.
1 - Até cheguei a me interessar pelo modelo, mas é impossível para um casal com duas crianças usar o Stark - simplesmente não tem espaço para bagagem. Como fazem um veículo assim?
2 - O sistema de tração dianteiro sem eixo rígido, para esse tipo de veículo, só funciona bem com soluções caríssimas - eis os problemas de homocinéticas, etc.
3 - A TAC não pensou, em nenhum momento, no mercado aftermarket e personalização, que é uma das mais desejadas características nos fora de estrada. O modelo vem todo pronto, não tem praticamente como mudar ou melhorar nada depois. Vejam o Wrangler como exemplo de veículo altamente configurável e personalizável. Lembrando que o Wrangler, por quase o mesmo preço apesar de importado, tem ESP, airbags, dual-top...
4 - O desenho. Sei que é gosto pessoal e tal, mas acho muito feio de frente. E não sou só eu. O bicho é muito esquisito para quem está acostumado com veículos utilitários. Tem tanta coisa boa no mercado fora de estrada... Acredito que um desenho mais tradicional agradaria um publico muito maior - afinal, a intenção não é vender?
5 - O interior é amador, muito pobre. Peças de carro popular que lá fora custa um décimo do preço em um veículo de R$ 100 mil é piada de mau gosto.
6 - É muito caro pelo que oferece. Até tem componentes bons, como o D44 atrás, mesmo assim, quem tem esse capital sobrando em geral acaba comprando outros veículos melhores. Não posso fugir da comparação - é quase US$ 60 mil - com esse valor dá para comprar um Wrangler com Hemi nos Eua e sobra troco, um Porsche Cayenne custa US$ 45 mil, enquanto na Europa o Wrangler Diesel, com 200cv e 47kgfm, custa o equivalente a R$ 60 mil. Não consigo entender porque uma montadora nacional não consegue fazer um utilitário do nível de um Marruá pelo preço de um TR4, que tem um monte de componentes importados.
Espero realmente que a TAC (vai virar TAB?) consiga contornar os problemas, e quem sabe, lançar um produto mais interessante, que tenha maior significância no mercado de fora de estrada. Vendam o veículo com seguro embutido e cobertura de assistência de emergência em todo o país. Façam um veículo adequado para as necessidades de pessoas comuns, com características boas e bom preço e venderão muito. Tem que ser valente e com peças de qualidade comprovada. Se for bem feito pode até atender órgãos públicos e empresas.