Normalmente sim, principalmente no caso do renegade, que acredito seja bem econômico e ao mesmo tempo mais potente.
Mas, meu ponto de vista é que atualmente os motores a diesel não são baratos em manutenção e o combustível, principalmente o s10, é muito caro também.
Minha experiência com motor diesel sempre foi muito boa, mesmo pagando revisões caras, seguro mais caro, ipva caro (proporcional ao maior valor do carro) e etc., sempre achei que valia o maior custo, até o dia em que comprei uma ranger 3.0 que com 30 mil quilômetros me deu tudo que é tipo de dor de cabeça, daí p frente eu senti o drama no bolso e comecei a repensar.
Os motores diesel atuais não são como as antigas f1000 e d20, que qualquer boteco arrumava e tinha peça, além de raramente ter alguma falha, pois tudo era mecânico. Hoje não é mais assim e por questões ambientais os motores estão cheios de sensores, catalisador, etc, que qualquer sujeirinha a mais no diesel será fator para o motor entrar em modo de segurança e te deixar na mão. Esse é o preço da evolução que, em tese, é para melhor.
Quando a chevrolet e a própria suzuki soltaram no mercado brasileiro a tracker/gran vitara diesel com motor mazda, dito motor era tão moderno que, se funcionasse corretamente, seria um sonho de veículo pelo desempenho aliado à economia, MAS, o que na realidade ocorreu, é que o carro, além de caro, tinnha um motor que simplesmente não aceitava o diesel do brasil. O carro rateava, fazia uma fumaça branca e apanhava até para arrancar. O que a GM e a Suzuki fizeram? Nada. Disseram que o diesel não era bom, e só. Teve um chefe de oficina de uma concessionária de curitiba que falou que era para abastecer o carro na argentina e ver a diferença de funcionamento. O consumidor ficou amargando o problema, que ninguém sabia resolver devido a modernidade dos motores. Em seguida veio o motor peugeot, que alguns disseram ser melhor mas o problema continuou. Meu pai foi uma vítima deste motor, a solução veio com a troca do carro, com apenas uns 2 mil quilometros rodados, por uma s10 2.8 mwm, motor quase inteiramente mecânico. Este sim, andava com o mesmo diesel que era colocado na tracker mas sem qualquer falha. Só que em matéria de barulho, vibração e poluição nem se comparava ao motor da tracker, isso sem contar que a tracker era o renegade da época, automóvel de luxo com traçao 4x4 e movido a diesel. Pessoas como meu pai sonhavam com diesel pela economia que este combustível trazia na época.
Aqui no forum tem muita história destas suzukis. Agora, com a existência do diesel s10, por coincidência ou não, parece que com alguns ajustes de programação estes carros estão melhores. Mas vale lembrar que são pelo menos uns 14 anos de luta, porque estas tracker sairam no brasil em 2001 e só ficaram até 2004.
Até onde sei a maioria dos motores atuais (2013 para cá), que bebem somente ou preferencialmente diesel s10, tiveram problemas de funcionamento. Ranger (2.2 e 3.2), S10 (180 cv), primeiras amarok, frontier (poucas), triton, não esquecendo do icônico troller 2013 3.2, entre outros. Isso ocorre porque é uma tecnologia nova para nós, assim como este motor do renegade, que embora deva ser maravilhoso (eu ainda não andei num carro desses), na prática somente nas concessionárias jeep poderá receber manutenção ou reparos corretos/adequados. E isso tem seu custo.
Um amigo meu muito próximo, que tem uma ranger limited deste modelo novo, ficou na estrada com o carro em modo de segurança e o conserto, dentro da concessionária ford, ficou em 7 mil reais. Não deu garantia, sob a alegação da ford de que o combustível utilizado por ele seria de baixa qualidade e isto teria resultado numa séria corrosão na bomba de combustível e nos bicos. Sinceramente não sei se foram honestos ou não, mas o fato é que ele pagou os sete mil reais para por o carro em uso de novo.
Portanto, não será todo mundo que comprará um renegade ou qualquer outro veículo usado, desses à diesel modernos, com seus mais de 100 mil quilômetros rodados, e isso certamente afetará seu valor de revenda no futuro, principalmente para aqueles proprietários que gostam de ficar com o carro mais tempo, acreditando que veículos à diesel são mais duráveis e blindados às dificuldades comerciais normais dos veículos com quilometragem mais altas.. A não ser que a Jeep seja uma exceção e forneça peças muito baratas para este motor, bem como seus serviços de pós-venda. Cabe lembrar que isso não ocorreu com as dakotas que saíram com motores a diesel na época em que figuraram no nosso mercado e também não ocorre com mais nenhuma marca que vende veículos à diesel, nem mesmo as mais "comuns" como ford e gm.
Por outro lado, veículos movidos a gasolina, ou flex, podem até consumir um pouco mais, mas ainda, em sua maioria, custam bem mais barato e já estão "acertados" há bastante tempo, não tem tantos segredos como os diesel desta nova geração.
Um amigo próximo conceitua de forma muito prática esta questão de carros mais caros. Diz ele: "Trinca na mão do rico, arrebenta no .... do pobre"!!!
Agora, "EU" acho que quem pode comprar um renegade diesel é o carro top do top na categoria e, principalmente enquanto novo, deve ser fantástico. Mas o que valerá neste caso será o gosto do freguês pelo conjunto mecânico, porque comercialmente depois de usado não acredito que será mais compensador que o flex, em mesmas condições de tempo de uso e quilometragem.
Como conheço o tamanho do meu bolso, embora eu seja vidrado em motores a diesel, ainda vou esperar para ver como será o mercado dos renegade a diesel para ver se poderei comprar um, ou não. O flex acho que não será surpresa, tendo em conta o mercado já conhecido das ecosport, duster, hrv, etc. Mas, para minha preferência pessoal, a tração 4x4 também é fundamental, então o renegade 4x2 não é um carro que me interessou.
Por tudo isso e mais uns fatores, como a família aumentando (terei meu primeiro filho agora) é que comprei a duster. Não sei se acertei, mas pelo menos por enquanto estou gostando de ter um 4x4 zero quilometro, flex, com 148 cv, seis marchas e por menos de 80 mil reais.
Sorte a todos! É só mais uma opinião!