Ford Ranger XLT a diesel 4x2 peca no acabamento
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Ford Ranger XLT a diesel 4x2 peca no acabamento
Sem mudanças drásticas, a Ranger terá uma árdua missão pela frente. A de conquistar espaço no concorrido mercado de picapes Texto: Rodrigo Samy
Fotos: Mario Villaescusa
(17-09-09) - O WebMotors avaliou durante uma semana a picape média da Ford, a Ranger reestilizada. O modelo testado pelo WebMotors foi o equipado com motor de 3-litros, turbodiesel, de 4-cilindros em linha. O valor sugerido pela Ford para o utilitário avaliado, na versão XLT e com tração 4x2, é de R$ 82,60 mil. A Chevrolet S10 com os mesmos patamares de acabamento, tração e motor, tem um preço sugerido de R$ 85.273. Já a Mitsubishi L200 com motor 2,5-litros custa cerca de R$ 89 mil.
A Ranger 4x2 XLT oferece equipamentos como: para-choque e grade do radiador cromados, rodas de liga leve de aro 16”, farol de neblina, freios ABS, som com MP3, banco do motorista com ajuste de altura e alarme antifurto.
A primeira impressão, que o WebMotors teve ao olhar para a Ranger reestilizada, foi a de pouca evolução. Parece que a utilitária da Ford manteve o “DNA” antigo, agregando apenas detalhes estéticos. Isso fica mais nítido quando se observa a Ranger de perfil. Acompanhe que ela tem a mesma caçamba da versão antiga. Na dianteira, a impressão de estagnação fica mais disfarçada, com os detalhes cromados que oferecem um ar de novidade.
O grande “X” da questão é que a Ranger ficou praticamente na mesma com a nova reestilização. Tudo bem que ela tem a fama de ser uma boa guerreira (trabalhadeira). Vale lembrar que esta força foi impulsionada pela família “F”, que já foi best-seller nos EUA durante muito tempo.
Equipada com um motor turbodiesel de 163 cv a 3.800 rpm, a Ranger XLT tem um ruído acima dos níveis normais dos propulsores movidos a diesel. Em contrapartida, o 2,8-litros é forte em baixas rotações, oferecendo um torque de 400 Nm de 1.600 rpm a 2.200 rpm. Isso demonstra claramente que o modelo foi desenvolvido para os trabalhos mais árduos. Alias a robustez da Ranger não se perdeu de forma alguma. Pode-se dizer que essa qualidade acabou ficando exagerada.
Ao volante
Para ganhar mais espaço interno, a Ranger modificou as posições dos bancos dianteiros e traseiros. A diferença é que a ergonomia ficou um pouco prejudicada. Agora, a posição de condução pede um tronco mais vertical. A regulagem de altura do banco do motorista (presente com muito orgulho na lista de equipamentos de série da XLT) é mínima. Para ter ideia, uma pessoa com 1,80 m de altura, esbarrar fácil a cabeça no teto ao dirigir. O volante da picape só conta com regulagem de altura, nada de profundidade. Com isso, o ponto ergonomia fica ainda mais prejudicado.
Mas como foi dito anteriormente, o formato off-road é bem presente na Ranger. Tanto que a utilitária oferece um vão livre de 318 cm. Como ângulo de entrada a picape registra 34º e como de saída, 29º. Por ter maior aptidão aos terrenos acidentados, o adesivo alertando sobre a baixa segurança em velocidades elevadas continua estampado no quebra-sol. A capacidade de carga da Ranger XLT 4x2 movida a diesel é de 1.091 kg, sendo a capacidade máxima total de 2.980 kg.
Um ponto que melhorou na Ranger reestilizada foi a sua estabilidade, a nova versão tem controle de tração com diferencial anti-deslizante e amortecedores colocados fora das longarinas, como se o chassi trabalhasse independentemente da suspensão.
Dois pontos sem nó
Um detalhe muito fora de um veículo do tamanho e do preço da Ford Ranger é a espuma do banco traseiro aparecendo. Repare na última imagem que pelo vidro de fora é possível ver o acabamento interno do banco traseiro. Outro pênalti é o suporte da placa traseira. Como ele foi feito para rodar com identificação Argentina, as placas brasileiras (nossas e cinzas) ficam dobradas por serem maiores.
Resumo:
Sem mudanças drásticas, a Ranger terá uma árdua missão pela frente. No mês retrasado, por exemplo, ela vendeu apenas 919 unidades, enquanto a líder, Chevrolet S10, marcou 3.719 unidades. Entre as picapes médias ela ficou na 4ª colocação, vencendo apenas a Nissan Frontier, que fechou o mês com 700 unidades.
A vice-lider de mercado, Toyota Hilux, encerrou o mês de junho com 2.969 emplacamentos. Ela logo, logo, ganhará tecnologia flexível em combustível. Com isso, ficará mais difícil para a picape da Ford conquistar um espaço no mercado, já que a versão a gasolina não consome álcool.
Outra que deve ganhar motor flexfuel é a Mitsubishi Triton, assim como ocorreu com o utilitário Pajero Sport. Para apimentar ainda mais o mercado, a Volkswagen Amarok chega no início de 2010. A Ranger continua à frente quando o assunto é preço e durabilidade. Perde quando o quesito é o conforto.
FICHA TÉCNICA – Ranger 3.0 XLT 4x2
MOTORDianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, turbodiesel de 2.968 cm³POTÊNCIA163 cv a 3.800 rpmTORQUE400 Nm de 1.600 rpm a 2.200 rpmCÂMBIOManual de cinco velocidadesTRAÇÃO4X2DIREÇÃO Por pinhão e cremalheira; hidráulica RODAS Dianteiras e traseiras em aro 16”,de liga-leve PNEUS Dianteiros e traseiros 245/70 R16 COMPRIMENTO 5,14 mALTURA 1,82 mLARGURA 1,75 mENTREEIXOS 3,19 mCAÇAMBA 844,4 l ou 1.091 kgPESO (em ordem de marcha) 1.678 kgTANQUE72 lSUSPENSÃO Dianteira e traseira com barras estabilizadoras FREIOS Discos ventilados na dianteira e tambor na traseiraCORES Branca, Prata Geada, Prata Atenas, Azul Mônaco, Cinza Ubatuba, Preta, Verde Ipanema, Vermelho Paris, Vermelho Itália PREÇO R$ 82,60 mil
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