Dia seguinte, todo mundo a postos as 8, vamos para o campo para o início das coletas, do lado de Ananás, margem esquerda do Rio Araguaia.
Rodamos o dia inteiro por todos os cantos da margem do Araguaia. O que vimos está nas fotos. Assim vivem muitos dos brasileiros daquelas bandas. Claro que tem fazendas com sedes muito bonitas. A pecuária impera, e os pecuaristas, na maioria são mineiros do triângulo. Boi que não acaba mais. Não saquei como os caras mandam os bois para o resto do mundo. O que tem de boi por lá não é brincadeira. Suponho que quando os fazendeiros vendem os bois por lá, despacham os bichos de avião, porque se os bichos tiverem que marchar pelas estradas, vão chegar aos destinos mortos. Nos caminhões, se for para outros estados que não o Tocantins ou o Pará, chegarão com a metade do peso.
Já fomos descobrindo que todos locais são infestados por milhares e milhares de carrapatos, da espécie Amblyoma cajennensis, os vetores da febre maculosa. Cacetada. Os bichos tem uma fome incrível. Com tanto boi pelo pasto, não entendi porque preferiam os membros da equipe. No fim da tarde, de volta ao maravilhoso hotel, juntando tudo o que ficou escondido, foram pelo menos uns 10.
Sem almoço, tomamos um banho rápido, e lá vamos nós para a churrascaria. Prato: espeto de alcatra, cupim, fraldinha, o mesmo de ontem. Valeu por uma salada russa, que o pessoal de lá chama de maionese, um molho vinagrete. Nada de arroz, feijão, ou quaisquer outras coisas. Marcão, já começava a saudade do T-bone que você prepara com capricho no seu sítio em Pinhal.
As fotos são da vista aérea da região, alguns caminhos e moradias.