Postado originalmente por
aareal
Não é só isso não.
A tração depende da força de atrito entre os pneus e o solo. Até aqui concordamos.
Apesar disso, em uma situação de pouca aderência, a tração máxima é igual à força de atrito máxima entre os pneus e o solo.
No caso tem-se 2 situações: a de atrito estático (quando as rodas não patinam) e atrito dinâmico (com as rodas patinando). A Força máxima de atrito estática é sempre maior do que a dinâmica. Daí nossa busca por dosar o pé para evitar sempre que as rodas patinem (quando possível, claro).
Em qualquer um dos casos a força de atrito é dada pela fórmula:
Fat = u * N ; onde:
u = coeficiente de atrito (estático ou dinâmico)
N = Força normal, ou seja, resultante do solo aos pneus gerada pelo peso do carro.
Considerando um mesmo carro em 2 versões, uma 4x4 e outra 4x2, com peso P, distribuido igualmente entre os 4pneus,se tem a força de atrito máxima em cada roda, através da fórmula:
N = P/4; então
Fat= u* P/4
Sendo assim é fácil perceber que um carro 4x4 tem muito mais tração do que um 4x2, considerando pneus de tamanho e tipo equivalentes:
No 4x4: Fat = 4*u*P/4 = u*P
No 4x2: Fat = 2*u*P/4 = u*P/2
Se pensarmos que um 4x4 deve ter pneus mais largos e mais agressivos que um Picasso é de se supor que os coeficientes de atrito sejam ainda maiores, gerando ainda mais tração.
Estamos falando de situações ideais, mas que refletem de maneira correta o que acontece na realidade.
Abraços,