Serjão, Bailune, Jeison e Alll
Realmente a TR4 surpreendeu até a nós que resolvemos utilizá-la na Expedição.
Tínhamos a opção de ir com uma Cherokee, mas por questão de facilidade de manutenção, concessionárias etc. optamos pela TR4.
Como já tínhamos uma grande experiência em Off com a TR4, já sabíamos de seu potencial e da resistência mecânica, porem não tínhamos idéia de que seria enfrentado na Transamazônica.
Por isso resolvemos fazer uma preparação mais elaborada com o objetivo de minimizar os problemas com distancia do solo etc.
A preparação esta descrita abaixo.
Quanto a pouca autonomia, verificamos que não foi problema, pois o único trecho que não dispõe de combustível a ate 300 KM de distancia foi o da BR entre Humaitá e Manaus . (algo em torno de 450 Km sem abastecimento).
Levei dois botijões de 30 litros que só foi abastecido quando tínhamos duvida quanto ao fornecimento de gasolina.
Quanto aos problemas mecânicos, tive uma coifa furado por uma raiz antes de Santarém ( a atolada que esta na internet neste link) em Manaus troquei as pastilhas de freio pois o barro do amazonas e como uma lixa, e no retorno a João Pessoa, troquei o rolamento da embreagem do ar condicionado e do alternador, pois os dois ficam na parte inferior do motor ( o que é uma incoerência de montagem em um carro 4x4 e levaram muita água.
Quanto a bateria que troquei (aqui um elogio ao nariz e a experiência do Rodrigo, companheiro do Serjão que percebeu que minha bateria estava com placas coladas pelo cheiro do acido) o problema provavelmente foi decorrente do travamento do guincho que com a insistência “queimou a bateria”
Quanto ao guincho Serjão, desmontei a uns dias atrás e descobrimos que o problema foi ocasionado pela quebra de um dos carvões que esmigalhou todo o induzido. Me parece que o fabricante percebeu esta falha no motor pois recebi outro com preço reduzido e de potencia e tamanho maior do que o anterior ( o que me fez perder o suporte)
Quanto ao snorkel, pela experiência anterior em alagados, usei um artifício. Retirei os rebites plásticos que seguram a boca de entrada de ar e virei a boca para dentro do motor. Por segurança levei um tubo com 3 metros de comprimento com um encaixe para a caixa de ar, pois caso fosse necessário era so colocar na caixa, puxar por baixo do carro e amarrar no bagageiro. Para isso é preciso vedar toda a caixa do filtro de ar com silicone quando troca o filtro.
Quanto aos pneus o serjao ta certo. Não tem muita alternativa. Ou Poe MUD e leva pelo menos dois suporte, ou vai de AT ou similar e leva tipo Cross, não muito largo, mas alto. No meu caso optei pela ultima alternativa, pois estamos falando de 7000 KM, então não da pra andar todo o tempo com Cross nem com AT.
Quanto as TR4 manuais queimarem embreagem, o problema ta entre o banco do motorista e a direção. É só ensinar as antas que não se usa 4X4 HI em areia fofa, lama etc, pois força a embreagem. E se for automática, embora não se perceba logo o problema, com o tempo vai queimar os discos de composite e deteriorar o óleo por aumento extremo de temperatura. É como querer ficar arrancando o tempo todo em segunda ou terceira. Vai queimar de qualquer carro.
As reduções mais modernas, como no caso da TR4 , L200, Cherokee e outras, permitem velocidades que podem chegar a 100KM.
Pra se ter uma idéia, participamos do rally da MIT, e usamos quase que todo o tempo a reduzida, pois assim não força a caixa Automática. ( menos no asfalto )
Um Abraço a todos
Julio Pinho
PS. Hoje a TR4 ta ate com o cheirinho de Nova, pois depois de remontada, ficou perfeita.
No link outras informações
http://www.4x4brasil.com.br/forum/sh...ad.php?t=39607
Informações sobre a preparação da Pajero TR4
Considerando as condições climáticas que apontavam para continuidade das chuvas no mês de abril e consequentemente para estradas em péssimas condições, resolvi fazer novas alterações na suspensão da TR4.
Desde Fevereiro, com apoio da mitsubish de João pessoa, a OSAKA, efetuei uma revisão geral trocando:
- Correia dentada;
- Correia de acessórios;
- óleos motor, CA, CT, diferenciais, filtros de óleo e ar;
- pneus;
- Buchas dos tirantes da suspensão trazeira;
- Montantes com rolamentos da parte superior da suspensão dianteira.
Inicialmente havia feito apenas uma pequena alteração na suspensão trazeira com a colocação de molas da Camioneta Courrier da ford, conforme experiência de alguns colegas do fórum, visando apenas o peso da bagagem e do material que seria levado para doação, além dos tanques extras de combustível.
Esta alteração foi feita semanas antes da partida para que pudesse ser testada em algumas trilhas, o que foi muito providencial, pois percebi que não seriam suficientes para enfrentar as dificuldades que eram esperadas.
Decidi, então por uma alteração mais radical:
- Lift de 2,5” com calço na dianteria;
- Lift de 3”na trazeira;
- Colocação do guincho Work 9000;
- Confecção do bagageiro;
- Uso de pneus Cross;
- Retirar todos os tapetes;
- Retirar bancos trazeiros
- Proteger, impermeabilizando, todos os módulos sob o banco dianteiro do carona;
- Colocar ganchos para telas de proteção e amarração da bagagem;
- Confeccionar central de distribuição de energia para faróis instalados no bagageiro, com tomada para carregador e inversor ligada direto da bateria.
- Adesivação total da pintura, em adesivo plástico preto fosco para evitar riscos e arranhões.