Olá a todos!!!
Meu roteiro foi o inverso do Alfonsem, começamos por Ponte Alta.
Como levamos tudo que fosse necessário pra acampar não ficamos em camping nenhum dia (só em Góias que sim), e a barraca era em cima do carro e podiamos parar em qualquer lugar acampamos até na praianha que fica no centro de Ponte Alta, lá é mto tranquilo.
Resumo do Roteiro:
1º dia em Ponte Alta: Pedra Feurada
Cachoeira da Fumaça
Cachoeira do Soninho
2º dia: Sussuapara
Poço da Velha
Cachoeira da Velha e Prainha
3º dia: Dunas
4º dia: Fervedouro
Mumbuca
Cachoeira da Formiga
Segue Relato completo:
Colocamos todas as tralhas na Toyota (Band 98), como íamos só o Fernando e eu (Jaqueline) não poupamos bagagem e levamos tudo que fosse necessário para acampar e fazer algumas manutenções no carro!
Saímos de Campo Limpo Paulista às sete horas do dia 1º de Janeiro de 2011 com principal objetivo: Deserto do Jalapão no Tocantins onde pode se ter sensações únicas.
Passamos o primeiro dia todinho na estrada, paramos algumas vezes pra comer, já havia escurecido e estava chovendo então paramos na cidade de Val Paraíso de Goiás em um Hotel para dormirmos e no dia seguinte continuar a viagem.
Dia 02 chegamos em Alto Paraíso de Goiás, onde tinhamos a idéia de ficar pelo menos dois dias para conhecermos a Chapada dos Veadeiros, mas devido ao mal tempo resolvemos tocar direto para Ponte Alta do Tocantins.
Chegamos em Ponte Alta a uma hora da manhã, já estáva tudo fechado e precisavamos de um local para acampar, após pegar informações com pessoas da cidade fomos informados que poderiamos acampar na prainha do rio que corta a cidade.
Dia 03 desmontamos acampamento e fomos atras de um lugar para ficar e informações sobre os pontos túristicos. A cidade possui várias pousadas, lanchonetes, sorveterias, farmácias, lan houses, em fim, há uma boa estrutura.
Paramos na pousada da Dona Rosa, local bem simples, fomos bem recebidos.
Em Ponte Alta não há sinalização alguma para as atrações túristicas então contratamos o Guia Toribinho (R$ 60,00) para nos levar as principais pontos.
Primeiro local visitado foi a Pedra Furada, um monumento natural, feito de arenito, a ação do vento e das chuvas causa erosões, que formou um enorme buraco onde é famoso para se apreciar o pôr-do-sol, fica a 30km da cidade de Ponte Alta.
A segunda atração foi a Cachoeira do Soninho, fica a 70km da cidade, possui cerca de 20 metros de altura, na época da seca pode ser melhor apreciada, ela cai no Rio do Sono local ótimo para banhos.
A terceira atração do dia foi a Cachoeira da Fumaça, são 45m de queda livre, o grande volume de água provoca sua evaporação formando nuvens de vapor, que dão o nome a cachoeira.
Voltamos a pousada da Dona Rosa, onde jantamos uma boa comidinha caseira (R$10,00) e acampamos ali mesmo em seu quintal.
Dia 04 seguimos pela estrada que liga Ponte Alta a Mateiros, são 170 km de estrada de chão, no caminho se encontra as principais atrações do Deserto do Jalapão, existe sinalização para as principais atrações, então não é necessário contratar um guia.
A primeira parada foi na Fenda Sussuapara, que é um cânion formado pelo rio que passa no local, as paredes são úmidas e cheias de musgos, devido à mata fechada há pouca iluminação, vale a pena conhece-lo.
A segunda parada foi no Poço da Velha, cachoeira que fica dentro de uma propriedade particular, fomos recebidos por crianças que vivem no local, nos acompanharam até a cachoeira, é um local ótimo para saltos na água, a cachoeira forma um poço irresistível para se banhar.
A terceira parada foi na Cachoeira da Velha, trata-se da maior cachoeira do Jalapão, são verdadeiras cataratas em forma de ferradura, chega-se nela por um acesso de 30 km na estrada para Mateiros. A 1 km da Cachoeira da Velha se encontra a Prainha do Rio Novo, uma pequena praia onde pode ter acesso por uma escada de madeira, é necessário deixar o carro no estacionamento, é um ótimo ponto para quem gosta de acampamento selvagem.
Seguimos na estrada para Mateiros, como já havia escurecido optamos por acampar ao lado do Bar do Sr. Paulo que é responsável pelo controle de acessos as Dunas, (paga-se uma taxa de R$ 5,00 por pessoa para visitação)
Acordamos e a vista que tínhamos da nossa barraca era a imponente Serra do Espírito Santo. Levantamos acampamento e pegamos o caminnhos para as Dunas, são 6 km de estrada de areia. É necessário parar o carro em um estacionamento e seguir por uma pequena trilha.
São formações espetaculares de dunas de areia, resultado da decomposição do arenito que forma a serra do Espírito Santo, fica no município de Mateiros.
Em meio às dunas formam-se lagoas rasas onde pudemos nos refrescar, vimos muitas pegadas de anta de onça.
Saímos das Dunas e após percorrer mais 30 km chegamos à cidade de Mateiros, a cidade é bem pequena, mas também possui uma estrutura com farmácias, mercados, lanchonetes, pizzaria, pousadas. O combustível lá é o mais caro R$ 2,38 o Diesel e quase R$ 3,50 a Gasolina.
Como já era fim de tarde então fomos atras de um local para comer e acampar. Encontramos o resturante de mais uma dona Rosa, muito simpática já pediu que fossemos nos servindo em seu fogão a lenha, muito animada e receptiva falou que poderiamos acampar e tomar banho ali mesmo ao lado da casa dela.
No sexto dia da viagem fomos conhecer mais três lugares indispensáveis do Jalapão: o Fervedouro, o Povoado da Mumbuca e a Cachoeira da Formiga.
O Fervedouro é um grande poço de águas cristalinas, formado por uma nascente subterrânea de onde sai grande quantidade de água misturada com areia, a profundidade é desconhecida pois é impossivel afundar no local devido a força do fluxo e a alta densidade formada pela mistura da água com a areia, paga-se R$ 5,00 para entrar, é um local que não pode faltar no roteiro.
O Povoado da Mumbuca é um local formado por descendentes de Quilombolas, as casas são feitas de barro e sapê, fomos muito bem recebidos pelos moradores do local que com toda sua simplicidade nos recepcionaram recitando poesia, cantando músicas de autoria própria e tocando a viola de buriti que emiti um delicioso som. Os moradores do Mombuca vivem de suas roças para subsistência e principalmete do artesanato do Capim Dourado que é produzido pelas habilidosas artesãs e vendido em todo Brasil e em diversos países. É impossivel estar alí e não se encantar com a simplicidade daquele povo e não se render ao artesanato do Capim Dourado.
A ùltima atração do Deserto do Jalapão que conhecemos foi à cachoeira da Formiga, trata-se de uma linda queda de águas cristalinas e um fundo de areia branca, ótimo local para tomar banhos, paga-se R$ 5,00 para visitar e pode acamapr no local, o ideal é reservar algumas horas para desfrutar a beleza da cachoeira!
Voltamos para Mateiros para jantar na Dona Rosa novamente, e dormir.
No sétimo dia pegamos o caminho de volta, saímos de Mateiros e pegamos uma estrada para Coaceral na Bahia, passa por dentro de fazendas de soja, a estrada é bem ruim. Passamos o dia na estrada com objetivo de chegar na Chapada dos Veadeiros, mas como tivemos um imprevisto com o carro e ficamos quatro horas parados na cidade de Formosa do Rio Preto até q o problema fosse resolvido. Passamos pelas cidade de Barreiras e Luiz Eduardo Magalhães, depois pegamos uma estrada de terra sentido Goiás, a estrada é bem ruim, já estava de noite e estávamos muito cansados, paramos na cidade de Nova Roma e acampamos, no oitavo dia chegamos na Alto eParaíso de Goiás, Chapada do Veadeiros.
Fomos conhecer as Cachoeiras das Loquinhas, é um complexo de sete poços de águas cor de esmeralda, o acesso é facil por pontes e escadas de madeiras bem sinalizadas podendo ser visitada por crianças e idosos, é possível banhar-se em todos os poços (entrada R$ 10,00)
Seguimos para o centro de Alto Paraíso e paramos em uma lanchonete para comer, almoçamos um delicioso crepe servido na Lanchonete do Sr. Peskeiro, ele e sua esposa nos receberam muito bem e acampamos no terreno ao lado de sua lanchonete.
No dia 09 fomos conhecer um dos pincipaís atrativos da Chapada do Veadeiro, o Vale da Lua (R$ 10,00), a ação das águas deu formas arendondas às formações rochosas , lembrando as cratéras da Lua. O local é imperdível, é necessário cuidado na época das chuvas, há local para banho no rio.
De noite fomos às Águas Termais, piscinas naturais com água a 32ºC, ótimo local para relaxar depois de trilhas e cachoeiras geledas.
Hospedamos-nos no Camping Kalabura no Povoado de São Jorge, o camping possui cozinha com utensílios e fogão a lenha, os banheiros são super limpos e a área para acampar é ótima, um gramado com árvores frutíferas, a diária é de R$ 15,00. Em São Jorge há muita opção de hospedagem, pra todos os gostos e bolsos, possui vários restaurantes e espaços com diversas terapias. Fomos a um pequeno mercado e compramos carne, no camping cozinhamos uma deliciosa macarronada!
No dia seguinte tentamos ir no Parque Nacional da Chapada do Veadeiros, mas como era segunda-feira e há pouca procura durante a semana, não havia grupo formado então desistimos deste passeio e fomos conhecer as Cachoeiras Almécegas I e II, ficam a 12 km de Alto Paraíso de Goiás, são lindas quedas d’água, o acesso as cochoerias é feito por trilha em meio a pedras, mas vale a pena o lugar é lindo.
No 11º dia voltamos para casa, foram 4.710 km de um Brasil de paisagens incríveis, sencações e sentimentos únicos, pessoas simples e acolhedoras que fizeram dessa viagem inesquecível.