Boa tarde, meus queridos amigos.
Como prometi, participo hoje com mais tempo.
Pelo que vejo, o bom humor do grupo continua, e é assim que deve ser. Fico contente de começar mais um ano junto desse pessoal bacana, e vamos ver se este ano acaba essa agonia da pandemia para, finalmente, marcarmos outro encontro com o grupo.
Eu tinha enviado uma tabela (não interessa onde eu consegui kkkk....) que foi publicada pelo caro amigo Edu no Clube, não sei se na área aberta ou restrita, para que eu pudesse comentar algumas coisinhas, mas... realmente lá no sítio (não é uma fazenda como o nosso querido amigo Bigsd sugeriu... kkkk....) eu não tenho acesso a computador, e nem levo, acho intoxicante usá-lo naquele lugar.
Mas, sobre o tema do aumento de vendas da Frontier, eu vi que já fizeram algumas abordagens realmente bem inteligentes aqui. Foi uma surpresa positiva para muita gente ver que depois de L200 e Amarok revesar a última colocação de vendas, as duas acabaram sendo finalmente ultrapassadas pela Frontier em dezembro do ano passado, confirmando uma tendência que já estávamos observando. Eu concordo com tudo o que foi dito aqui (ou quase tudo... kkkk....), e vou somar algumas informações que tive acesso, não com a minha bola de cristal chinesa, mas pelo contato que tenho com algumas pessoas desse segmento.
Concordo que a Amarok mereceu essa posição, depois do escândalo da fraude das emissões de poluentes acho que ela nem deveria ainda existir, mas também está com os seus dias contados, principalmente na Europa onde está deixando de ser fabricada.
A L200 também mostrava uma tendência de queda, e também concordo com os amigos de que não foi muito merecida. Que a Frontier ainda oferece um produto superior, acho que todos concordamos (o próprio afirma isso), mas eu também acho que outras mereciam estar atrás dela. Mas, no nosso mercado...
O que eu queria acrescentar era essa tabela abaixo, que foi criada por "alguém", que me enviou no começo deste ano e já foi publicada em alguns lugares, então acho que já nem é muita novidade.
http://clubedanissanfrontier.com.br/...ile.php?id=214
Esse é um estudo de tendências de mercado, no caso do segmento de caminhonetes médias.
Achei bem interessante e por isso compartilho aqui.
Esse é um levantamento trimestral. E porque é trimestral? Foi essa a pergunta que fiz para o colega que me enviou a planilha.
Primeiro porque os três último meses do ano, historicamente, refletem os resultados dos trabalhos conduzidos ao longo do ano pelas montadoras, tanto do ponto de vista comercial e publicitário, como no âmbito técnico, no momento em que nesse período, normalmente, os modelos comercializados já são aqueles modelos prontos para o próximo ano. E, segundo, porque essa abordagem foi bastante oportuna tendo em vista que esse ano foi bem atípico em função da pandemia, com o mercado recuperando a sua relativa "normalidade" neste último período avaliado.
Algumas coisas são bem claras neste estudo. O primeiro se refere ao comportamento das vendas de cada modelo a partir do 4º trimestre de 2016. O objetivo deste estudo não era avaliar número de unidades vendidas, isso qualquer site de ranking te oferece, como o da Fenabrave, mas de avaliar crescimento proporcional.
Já na primeira linha da tabela percebemos um crescimento muito forte da Frontier, de 238,9% no período. Para quem não sabe, isso é considerado um número impressionante num modelo já estabelecido (que não é novidade), e coincide com a introdução do novo modelo da Frontier que tem feito sucesso no mundo inteiro, chegando ao primeiro lugar em vendas em vários mercados. Além de nenhum outro modelo ter sequer passado dos 50%, alguns ainda registraram queda.
Na segunda parte da tabela, temos uma comparação de 2019/2020, esta feita com o objetivo de conhecer o estrago que o impacto da pandemia provocou nas vendas. Novamente, vemos que a Frontier disparou na frente com um crescimento de 25,8% em relação ao ano passado. Ou seja, o seu crescimento é progressivo e sustentável. Neste período 3 modelos tiveram queda de vendas, e um teve um crescimento pífio, mesmo tendo vendido bem em um mês, quando na época eu afirmei que aquele aumento não era sustentável, mas apenas um pico provocado por elementos circunstanciais.
A terceira parte da tabela também é bastante elucidativa, demonstrando o que eu comentei sobre o crescimento de vendas da Frontier ser progressivo e sustentável. Vejam que esse crescimento é regular, sem picos, e contínuo, demonstrando uma tendência. Olhando para os demais modelos, a diferença é realmente muito grande, sem qualquer comparação próxima. A cada comparação individual de ano para ano, percebemos claramente o que está acontecendo com esse mercado, sem deixar qualquer dúvida quanto a consistência dos resultados.
E é justamente isso que chamou muito a atenção do mercado. Claro que um aumento de 100% sobre 100 é apenas 100 unidades a mais, e um aumento de apenas 11% sobre 1.000 fornece um número de unidades maior, mas, como eu disse, se avalia aqui o crescimento para efeito de tendências. Isso chamou a atenção da concorrência, pois uma mudança é só uma questão de tempo. No final de 2016 a Frontier vendia em torno de 250 unidades, e hoje já são quase 1.000. Ou seja, 238,9% colocou a Frontier hoje perto da casa das 1.000 unidades ultrapassando alguns modelos, mas, um aumento agora próximo de 100% sobre esse número representa um grande incômodo para o mercado, e na verdade já está sendo um incômodo.
Eu achei esse estudo bem interessante, e me foi enviado por uma pessoa depois que eu comentei com ela que a Frontier não tem um mercado significativo, e a pessoa me mostrou a situação de um ângulo bem mais interessante. Então, amigos, não tem bruxaria nenhuma, e sim mera interpretação de resultados, de números.... kkkk.....
Eu, particularmente, não me importo se a Nissan vende 1 ou 1.000 unidades, desde que mesmo essa única unidade seja minha.... kkkk.....
Não me importo com ranking de vendas, até porque se olharmos quais automóveis de passeio são mais vendidos por aqui, dá vontade de chorar.
Eu nuca tive um veículo que fosse top de vendas, pelo contrário, a qualidade pra mim era o fator decisivo.
Mas, para quem torce pelo crescimento de vendas da Frontier, isso pode ser motivo de alegria, e por isso compartilho. E também é um belo tapa na cara de alguns que disseram que a Frontier jamais sairia da lanterna porque o multilink era bobagem, porque a nova frente era coisa de design de asiático sem noção, que dois turbos representavam mais custo de manutenção, que o pós-venda da Nissan era ruim... etc... etc... etc... E ver essa situação agora, além de um impagável embaraço para quem dizia isso, também demonstra que o objetivo sempre foi mesmo tumultuar o tópico, mas a nossa resistência não foi em vão.
Eu me recordo de uma discussão que tive num fórum da Alemanha, onde um renomeado maestro me chamou de ignorante quando eu defendi a qualidade sonora de um determinado modelo de piano, e ele me disse que o modelo era tão bom que o fabricante estava falindo... Curiosamente, o fabricante do modelo que ele defendia comprou a fábrica já quase falida, e criou uma linha de instrumentos musicais "premium", formada pela linha que justamente ele criticara no passado.
Anos depois eu assisti uma apresentação sua na França, e, adivinhem, o piano da orquestra era aquele criticado por ele. Soube, mais recentemente, que ele adotara como referência o modelo que antes criticara.... pois é.... kkkkk.....
Ele nunca mais participou do fórum. Uma pena.
Bem, é isso.
Não dá para saber pra onde o mercado andará agora. Com a segunda onda da pandemia, logísticas e produções começam a sofrer novas transformações, e será um período nebuloso. Custo a acreditar que a L200 continuará vendendo tão pouco, enquanto algumas vendem mais. Espero que isso mude.
O fechamento da Ford no mercado brasileiro (foi tarde porque nunca fabricou nada que prestasse aqui) pode provocar (e já está provocando) alguns reflexos. As concessionárias esvaziaram, e muitos pedidos foram cancelados desde o anúncio. Só quando a poeira descer teremos uma visão melhor do estrago causado.
Também acho que o anúncio lá fora da Frontier com novo visual pode acabar protelando a sua compra para alguns perfis de compradores. Acho que o lançamento do novo visual deveria ter sido simultâneo em todos os mercados, e eu soube que seria, mas o efeito pandemia causou alguns transtornos para a fábrica argentina.
Há muita coisa para acontecer por aí, mas só no final desse ano teremos uma nova avaliação da situação com a estabilidade do mercado e das vendas.
Por enquanto, até os números de hoje, a Amarok segue agonizando em vendas, com 81 unidades vendidas contra 211 da Frontier, e a L200 com 221 unidades. Mas, acho que alguns números vão mudar bastante ainda, e somente no último trimestre teremos dados mais consistentes. Mas, pelo andar da carruagem, acho que a tendência de disparada de crescimento da Frontier deve se manter como vem ocorrendo, para a alegria de alguns e para a raiva de outros... kkkk......