Postado originalmente por
edumont
Pessoal, após quase um ano com a minha GS finalmente fiz minha primeira viagem de longa duração. Foram 13 dias com a família do RJ até Gramado/RS e litoral catarinense. A viagem foi ótima, o sul é lindo (recomendo) e não poderia deixar de manifestar aqui minhas impressões sobre a viatura.
Logo nos primeiros quilômetros, na subida da Serra das Araras, um susto, ela começou a apresentar alterações de temperatura (aquecimento). Me veio logo na cabeça tudo que li aqui sobre o assunto e, consequentemente, a inevitável tendência de culpar o tal acoplamento viscoso (ventilador). Meu carro está com cerca de 100.000 km - "por que não fiz a troca preventiva?" - pensei. Prossegui até São Paulo, aliviando o pé e até mesmo parando sempre que o ponteiro se aproximava da marca 3/4 do marcador de temperatura. Em Sampa fui direto para a Kivel (também preocupado com alguns relatos negativos que li por aqui, mas sem outra alternativa nas circunstâncias). Descrevi o problema e antecipei minha suspeita em relação à válvula termostática (o carro só aquecia quando era mais exigido, como nas ladeiras). Como de praxe no modelo, o pessoal da Kivel também levantou a possibilidade de problemas com o ventilador, com possível comprometimento do cabeçote (ai, ai, ai $$$$$$$)... Será:putz:? Mas eu não deixei superaquecer! - pensei de novo. Sacada a válvula, ficou comprovada a minha suspeita, ela estava travada e ainda era a da 2.2 e não a da TDI. Além disso, havia muita sujeira no radiador. Felizmente eles tinham um radiador limpo para substituição a base de troca e não precisei comprometer minha viagem além das 3 horas de estaleiro. No final o grande suspense, o teste do ventilador que, felizmente, estava normal e não precisou ser substituído, pelo menos por enquanto. Em todo o restante da viagem o ponteiro da temperatura chegava próximo ao meio e dali não passava, fossem quais fossem as circunstâncias. De tudo que li nesse fórum e dessa experiência, tirei as seguintes conclusões:
1 - Nem sempre o culpado é o ventilador;
2 - O sistema de arrefecimento é o calcanhar de aquiles de QUALQUER motor a diesel, e não só das Sportages (vejam os tópicos das L200 e Hilux, por exemplo);
3 - Os motores a diesel não apresentam oscilações de temperatura significativas em seu funcionamento NORMAL, como no caso de alguns motores à gasolina, que sofrem alterações dependendo das condições de uso (ladeiras, etc.). Esses motores (à diesel) se aquecem até a temperatura normal e ali permanecem em qualquer circunstância, qualquer alteração requer imediata avaliação.
4 - Em caso de alteração, não insista, leve para o estaleiro e NUNCA, NUNCA deixe superaquecer.
Passado esse susto, minha GS se saiu muito bem durante todo o restante da viagem. Confirmou sua fama de econômica, mantendo médias de 12 a 14 km/l para uma velocidade entre 100 e 110 km/h.
Só uma coisa continua me incomodando desde a compra, um certo desequilíbrio na reta em velocidades mais altas, quando o carro "serpenteia" um pouco, obrigando a constantes correções de trajetória e acabam cansando e tornando a direção mais tensa. Os amortecedores estão bons, a suspensão revisada (troquei as buchas do braço auxiliar duas vezes só este ano) e sem folgas, mas o problema continua. Na volta passei na Kia em Resende (Genial), que confirmou estar tudo bem com a suspensão e com o sistema de direção, mas lá eles detectaram um desvio anormal de cambagem (1,10º positivo na roda direita) e de caster (positivo em mais de 4º em ambas as rodas). Será que pode ser isto? Bom, é a suspeita da vez, vou mandar acertar para ver como é que fica (agradeço dicas de quem trabalha bem com isto aqui no RJ).
De resto não tenho o que reclamar, continuo achando a Sportage uma ótima alternativa para quem não tem, como eu, caixa para optar pelos concorrentes japoneses. E, como já me disseram aqui, ela vai onde eles vão (:mrgreen:hehehehe).
Abraços: