Postado originalmente por
neilsonhenriques
E se me permite, fez um excelente negócio.
Logo que trocamos o TR4 da patroa no Pajero Full, fiquei encucado se tinha feito bom negócio depois de tantas notícias do Renegade, mas não poderia esperar pra decidir. Sabia que o dólar ia subir e que perderia o momento da venda de fim de ano em que os vendedores tem metas a cumprir, caso não fechasse negócio. Decidi pagar pra ver.
Hoje não me arrependo. Minha percepção no test-drive (feito on-road no asfalto lisinho, óbvio, a FIAT não é maluca de permitir testar o carro em obstáculos off-road), é que é somente um carro de passeio que traciona as 4 rodas. Tirando o bom torque do barulhento motor a diesel, de resto, não encanta em nada. Acabamento nota 6. Espaço nota 3. Conforto nota 6. Não tem sequer caixa de redução. Por baixo, não tem o menor sinal de robustez. O Pajero Full, por outro lado, é outro nível de carro custando R$ 5 mil a mais do que o Trailhawk top de linha, tudo bem, a gasolina, que não me importo, pelo contrário, nunca fui fã de carro a diesel.
Como segundo carro, pra ficar dentro da cidade, e as vezes pegar uma estrada de chão batido pra fazenda (cheio de cascalho, sem barro), beleza, vai servir. Também não se tem muitas outras opções hoje em dia, com a saída do TR4.
Pra andar nos caminhos da Estrada Real como gostamos de fazer, encarar alguma trilha mais radical pra chegar em cachoeiras, dar um passeio pelas dunas de areia fofa que temos por aqui, dar uma esticada na Canastra, isso aí não vai dar. Claro, vai ter gente fazendo (ou tentando) muitas delas. Na última vez em Capitólio (e arredores), tinha um rapaz com uma Strada Locker. Beleza. Cada um joga com as cartas que tem na mão, o importante é jogar.
Por fim, acho que vai vender bem no início, talvez umas 4.000 unidades/mês, durante alguns poucos meses. Nem tanto pela falta de aptidão off-road, mais pela situação da economia e seu preço (absurdamente) alto diante do que oferece.