Postado originalmente por
Thiago Pereira
Ai entra a engenharia, inclusive a engenharia de materiais, para definir o que tem que ser alterado para manter a durabilidade, se o projeto é para durar 300 mil km, a durabilidade será essa (exceto casos pontuais de alguma falha de fabricação).
Vamos pegar um exemplo de uma lâmpada fluorescente para demonstrar o que a engenharia faz na questão da durabilidade: na casa dos meus pais tem uma dessas sobre o espelho do banheiro, o conjunto original, aquele que tem reator, starter e lâmpada duraram mais de 25 anos, finalmente o reator queimou. Não achando um reator similar tive que comprar um desses eletrônicos, esse durou dois anos e já tive que trocar novamente...agora isso quer dizer que a engenharia piorou? Não, pelo contrario ela evoluiu, hoje um fabricante consegue construir um reator para durar 100 mil horas e ele vai durar muito próximo disso, já há algumas décadas atrás a engenharia não conseguia essa precisão, então o coeficiente de segurança tinha que ser muito maior, o que resulta em durabilidades enormes e lucro menor para o fabricante.
Não é muito melhor vender um reator a cada dois anos do que um a cada 25?
Só que o grande porem, é que diferente de uma lâmpada que você instala e pronto um motor precisa de manutenção, e ai que está o X da questão, um motor com essa tecnologia toda precisa de óleo lubrificante correto, prazos corretos, combustível de qualidade, manutenção preventiva correta, e principalmente gente qualificada, senão já era a durabilidade.
Pega uma Bandeirantes da década de 70/80, tem diversas rodando hoje com milhares e até milhões de quilômetros que nunca passaram por manutenção, óleo é o que tiver no posto, diesel qualquer um...o radiador então só viu água pura em décadas!
Isso quer dizer que é melhor? Qual a potencia desse motor, vibração, emissões?