Trotta, a tua Xterra é bomba mecânica ou com injeção eletrônica?
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Trotta, a tua Xterra é bomba mecânica ou com injeção eletrônica?
Terminei de ler a dissertação da CAMILA VERÍSSIMO LUTCKMEIER DE MATTOS, feita em 2012, e até o momento é o trabalho mais completo que já li sobre o assunto, e o melhor, desvinculado da PB.
Recomendo a leitura http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/h...pdf?sequence=1
Conclusões: Segundo a página 148 na régua do leitor PDF, apresenta o resultado em uma tabela com as análises de desgaste em corpo de provas em um determinado tempo de exposição à um movimento constante e uma carga de pressão também constante.
Resumindo ao que nos interessa:
S500 gerou um desgaste de 324 a 283 microns e uma fricção de 0,189
S10 gerou um desgaste de 570 a 521 microns e uma fricção de 0,335
Biodiesel gerou um desgaste de 218 a 171 microns e uma fricção de 0,121.
Na página 116 do cursor, tem a relação de lubricidade por concentração de enxofre. Fica claro que o enxofre é responsável pela capacidade de lubricidade do diesel.
O trabalho aponta que a mistura de biodiesel no S-10 de 1 a 3% permitem essa lubricidade apontada na tabela, e que ela está dentro dos parâmetros da legislação da ANP.
Assim EU, Eduardo, concluo que para BI rotativa, o diesel S-10 gera sim um maior desgaste, porém está dentro dos parâmetros da ANP.
Vale apontar ainda que a autora apontou na página 51 do cursor que nos anos 80 se observou esse problema em turbinas de aviões e década de 90 nos EUA e Europa com o diesel S500 frente ao S1800.
Assim, esse problema não é novo e nem exclusivo do Brasil. Outro detalhe é que a variação de umidade gera uma acentuação ainda maior da capacidade da lubricidade do combustível. Ponto fraco do S10...
Peço que se alguém entender algo de diferente, me corrija por favor.
Bem faço eu por não acreditar nos prospectos da Petrobrás...
Caro Edintruder
Obrigado pela leitura do mestrado, filtragem e disseminação do seu entendimento ...
Da minha parte, espero que o diesel S10 seja bom (ou menos pior) para o meu veículo, sistema common rail ... pelo menos, até agora, poucas reclamações da interface S10 x common rail para as viaturas diesel fabricadas a partir de 2012, né?
Preocupa-me também, conforme lhe citei em outro post, a agressividade deste diesel (mais higroscópico) para o tanque de combustível da viatura (enferrujamento e desenvolvimento de fungos/bactérias) ... dizem que tem um tal de aditivo Tecom (não sei se o nome é esse mesmo), que ajuda neste ponto ... o que você acha disso? Ou essa higroscopicidade só contribui mesmo é para a proliferação de fungos/bactérias responsáveis pelas borras no fundo do tanque?
Abs.
Enasor, o S-10 é desenvolvido para a tecnologia commonrail, então não precisas te preocupar quanto a isso. Se o tanque da Pajero for de plástico, nem te
preocupa pois não sofrerá nenhum tipo de danos.
Só sei que no dia que não houver mais opções, a minha F1000 será quase 2t! kkk
Caro Edintruder ... O tanque da pajero full é metálico ... portanto, susceptível de enferrujamento ...
Abs.
Então mantem os filtros sempre em dia conforme o manual. Não poupa em filtros. Busca sempre melhores marcas. Sempre que trocares os filtros, leva uma garrafa PET transparente e com um funil tu viras o diesel dentro da PET. Deixa parado de um dia para outro e observa o quanto de sujeira e água tem no fundo. Quanto mais sujo menor será o período de troca do filtro. Se o filtro se manter limpo é sinal que o tanque também está limpo, o posto está com filtragem adequada e o período de trocas está excelente. Sempre espera que tenha um pouco de sujeira no filtro, isso é normal. Com o tempo vais ver se está demais ou está bom.
Obrigado por mais esta dica, meu caro Edintruder.
Forte abraço.
Edintruder, entrei em contato com a autora do trabalho. Pasme, é funcionária nossa na refinaria Alberto Pasqualini. Em breve retornarei
Então, não tinha ninguém melhor pra nos apresentar os resultados sobre o S-10.
Ao meu ver o sistema common-rail não é totalmente imune ao diesel de baixa lubricidade, já que a bomba de alta (um dos componentes mais caros do sistema, chegando a custa mais do que uma BI em alguns casos) continua sendo um componente mecânico que possui peças trabalhando sob elevado atrito para manter a pressão em 1600 BAR (ou mais) no rail.
No final das contas o governo está colaborando com a indústria na onda das obsolescência programada, fazendo um combustível que reduz a vida útil dos motores. Hoje o cliente que compra um utilitário zero aceita o fato de que o sistema de alimentação do motor diesel vai durar algo em torno de 200 mil Km, pois ele terá vendido a caminhonete bem antes disso.
A época das bombas que duravam 500 mil Km ficou para trás junto com o diesel S1800.
Edintruder, parabéns pelo resumo.
Sou um dos que postou o texto sobre a questão da menor lubricidade do S10, elaborado pela Petrobrás.
E sempre desconfiei dessa capacidade absurda de 5% de biodiesel, misturado no S10, restabelecer o padrão de forma semelhante ao S500.
Afinal, uma pequena parte do biodiesel não poderia ser tão milagrosa.
O trabalho de dissertação apresentado confirmou isto, mesmo que o desgaste seja tolerável nas exigências na ANP.
Por isso, continuarei convicto no S500 para a minha SW 1998, e ainda abastecendo nos postos de rodovia.
Vida longa ao S500!:concordo:
Filho da puta é filho da puta e tem em todo lugar, seja na Petro ou em qualquer outra empresa. Temos que conviver com eles e ter a consciência que estão em toda parte. É da natureza humana.
Se o S10 é tão ruim assim, então eu, o Nordeste inteiro, boa parte do Brasil, Europa, EUA e outros estamos em más lençóis!
Eu sou a prova viva que o S10 não causa danos. Como mencionei já rodei mais de 100.000 km com este combustível e pra falar a verdade não estou nem ai para Petrobrás, confio nela mas não tenho trauma com eles.
E vou continuar zuando quem diz que só usa S500....kkkkkkkkk