Boa noite senhores!
Antes de mais nada quero parabenizar e agradecer a todos pelo excelente conteúdo deste tópico. É notável o alto nível técnico e a cortesia no trato entre os participantes.Já consegui ler quase todas as páginas e aprendi muito sobre este grande carro. Tenho uma Pajero Sport 2008 e já sou grande admirador da Mitsubishi. Agora estou prestes a dar o último passo evolutivo ao adquirir um Pajero Full diesel. Estou negociando uma HPE 2010/2011 com 120.000Km, que me parece de muito boa estirpe, com toda as revisões feitas na Concessionária e acompanhadas das respectivas notas fiscais. Só há uma questão me incomodando e gostaria muito da ajuda dos senhores. Não há em nenhuma das notas fiscais menção à substituição dos óleos da transmissão, diferenciais e caixa de transferência. Não sei se isso é comum, mas de mais de uma dezena de carros que já olhei nenhum havia feito as trocas, ou pelo menos não possuíam nenhuma evidência disso. Então, considerando a quilometragem, tal substituição já não deveria ter ocorrido algumas vezes? Caso não tenha mesmo ocorrido, devo desistir do negócio?
Agradeço desde já pela ajuda.
Pajero full - comentários gerais
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28/07/2019, 21:29IvanCosta
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29/07/2019, 06:17GlaiconExiste a vareta de verificação do óleo da caixa automática.Citação:
Postado originalmente por IvanCosta
Fica próxima a de verificação do óleo do motor.
Puxe a mesma e, com um pano branco, observe se óleo está avermelhado.
Se estiver é bem provável que o câmbio esteja bom.
Você pode também levar os dados da viatura, como a placa, numa concessionária.
Terá o histórico dela de serviços feitos em qualquer concessionária, confirmando até a Km atual.
E boa sorte!:concordo: -
29/07/2019, 08:47Miranda_MG
Bom dia, Ivan.
Encontrei a seguinte tabela no manual da Full.
Anexo 567824
Considerações:
1. O fluido da transmissão só precisa ser verificado e não há recomendação de troca por tempo ou distância de acordo com o manual. O manual também não especifica qual o procedimento a ser tomado se o nível do óleo estiver baixo (já que existe a instrução para verificá-lo). Estranho. Mas a discussão é maior do que isso. É justamente sobre a necessidade ou não de troca do fluido de transmissão. O manual recomenda que não e há especialistas que recomendam o contrário. E não é apenas a MIT que abre mão dessa troca em seus veículos. De qualquer forma, são discussões que já surgiram por aqui.
2. Para os demais fluidos que você citou, há recomendação de troca. E pela quilometragem da que você está olhando, já deveria ter havido a substituição e estariam no meio da sua vida útil (o que também é discutível, pois depende do modo de condução).
3. É comum que os "bujões" de acesso aos reservatórios de óleo (exceto o do motor), sejam magnetizados para coletar pequenos detritos ou limalhas provenientes do desgaste de engrenagens e partes móveis. Quando for verificar os níveis ou mesmo trocar os fluidos, veja se os da Full são assim e qual a quantidade que você vai encontrar lá. São indicativos de desgaste das peças.
4. Saiba da aparência dos óleos. Como o Glaicon disse, o ideal é uma coloração avermelhada. Mais escuro seria um óleo mais rodado já e, com aparência leitosa, óleo contaminado por algum agente externo, como água. Nesse último caso, é comum a viscosidade alterada também: para mais. Preocuparia-me muito essa condição de contaminação se houver.
Espero que tenha ajudado.
Abraço,
Miranda
Citação:
Postado originalmente por IvanCosta
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29/07/2019, 10:00IvanCosta
Bom dia senhores!
Prezados Glaicon e Miranda,
Obrigado pelas orientações, ótimas dicas.
Tenho uma dificuldade em especial para proceder o exame visual dos óleos. O carro em questão está no Rio de Janeiro, e eu moro em Lavras-MG. Assim, pretendo conseguir o máximo possível de informações a respeito do carro antes de decidir pela ida até a loja. À distância posso tentar o rastreio do histórico em uma concessionária, já que tenho toda a identificação do carro, até mesmo o chassi. Só tenho dúvidas se alguma concessionária concordará em me passar as informações sem que eu seja o dono do carro, mas vou tentar isso. Vou correr atrás.
Abraços muito obrigado! -
29/07/2019, 11:45RobsonSB
Bom dia IvanCosta,
Bom... vamos lá.....
Primeiramente, uma Pajero Full é sem dúvida um excelente carro. Mas assim como qualquer outro, vai depender dos cuidados que terás com ele.
Referente ao óleo da transmissão, eu passei por uma situação que me deu muito conhecimento sobre o assunto, mesmo não sendo da área de mecânica. Tentarei resumir pelo que passei, e algumas dicas que acho muito importantes.
Em primeiro lugar, creio que assim como todos os outros fluÃ*dos, o óleo da transmissão deve sim ser trocado. Pelo simples motivo que, assim como todo material orgânico ou sintético, eles têm suas propriedades alteradas ao longo do tempo. Fora que o mecanismo da transmissão é feita de metais e estes geram desgastes com o uso, ora mais, ora menos. Mas tem desgaste sim. Nada é eterno.
Agora sobre o que de fato aconteceu comigo.....
Eu comprei meu veÃ*culo com seus 158.000km. É uma Pajero Full Diesel 5p 2008/2008. Na revisão dos 160.000km decidi fazer a substituição do fluÃ*do da transmissão. Reforço que todas as revisões de meu veÃ*culos foram feitas em autorizada, inclusive esta dos 160.000km.
O que acabou acontecendo..... quando o veÃ*culo estava com mais ou menos uns 172.000km, começou a dar uma trepidação no momento de efetuar o LockUP no conversor de torque em 5a. marcha. Levei em um especialista aqui na região central do RS, e ele me disse que era problema na transmissão, possivelmente no conversor de torque, e que eu poderia gastar entre R$ 4.000,00 e R$ 11.000,00. Tomei um susto, pois ante de comprar o veÃ*culo estudei muito sobre ele e inclusive tem citações que a Pajero Full é um "trator de luxo", muito durável e de pouquÃ*ssima surpresas mecânicas (quando bem cuidado, claro).
Após este susto, comecei a estudar a fundo esse mecanismo de transmissão, e acabei descobrindo um mecânico de extrema confiança aqui em minha cidade (Cachoeira do Sul - RS). Levando lá, mesmo ele não sendo especialista como o outro cara que me assustou, e ele recomendou SIMPLESMENTE efetuar a troca novamente do fluÃ*do da transmissão JUNTAMENTE COM O FILTRO. Aqui está, creio eu, o segredo de tudo.
Na troca que fizeram na autorizada, e como eu acompanho sempre os serviços, NÃO trocaram o FILTRO.
Na minha interpretação disso tudo, creio que eu fiz a primeira troca do fluÃ*do da transmissão, mas nunca havia sido trocado o filtro. Assim, eu e o meu mecânico de confiança, cremos que houve perda de pressão interna da transmissão, gerando a trepidação no momento de acoplar o LockUP do conversor de torque.
Alguns pontos interessantes..... eu acabei rodando 12.000km como fluÃ*do novo e trocado na Mitsubishi. Quando levei no especialista, ele retirou uma amostra do fluÃ*do na minha frente, e me mostrou as caracterÃ*sticas. O fluÃ*do estava bastante escuro, praticamente um café passado bem forte. Foi então que ele me disse que eu teria que abrir o conversor de torque pois dentro dele, no LockUp existe um tipo de adesivo que faz o papel de "blocar" o LockUp, e provavelmente ele já deveria ter se esgotado e estava esfregando metal com metal. Por isso que eu deveria desmontar toda a transmissão para fazer uma avaliação do estrago todo. Ele chegou até a me mostrar que a amostra de fluÃ*do tinha um "certo brilho", dizendo que era por causa dos metais que já estavam entrando em contato no LockUp.
Ora... Acabei descobrindo que era tudo balela.
Após efetuar a troca do fluÃ*do, limpar bem a transmissão, e TROCAR O FILTRO, o veÃ*culo está como novo. Marchar trocando perfeitamente, e nunca mais apareceu a vibração ao efetuar o LockUp no conversor de torque.
Ou seja.... se fores trocar o fluÃ*do da transmissão, TROQUE O FILTRO TAMBÉM. Ele não custa nem R$ 200,00. Eu gastei R$ 1.400,00 para na troca que fiz em meu mecânico de confiança. Ou seja.... tudo terminou com um final feliz.
Espero ter ajudado. ;-)
Grande abraço e se tiver outras dúvidas, estaremos Ã* disposição.
Robson
Citação:
Postado originalmente por IvanCosta
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29/07/2019, 12:15IvanCosta
Excelente experiência RobsonSB. Muito obrigado pela atenção. Posso concluir então que mesmo não tendo ocorrido a troca não há motivo para suspeitar de problemas futuros na transmissão.
Mas ainda não tive retorno a respeito aos óleos de transferência e diferenciais. Algum colega poderia me ajudar por favor? -
29/07/2019, 14:39IvanCosta
Saudações a todos!
Conforme disseram o Glaicon, o Miranda e o RobsonSB, consegui na concessionária as informações que precisava. O consultor da Taiko, no Rio, me confirmou todas as revisões feitas e verificou a aquisição de óleo de engrenagens em duas oportunidades, aos 80k e 110k. Isso confirma a troca dos óleos da transferência e diferenciais. Ainda, segundo informação do consultor, o óleo da transmissão é inspecionado em cada revisão e não há recomendação de troca a não ser quando detectada alguma anormalidade no óleo. Fiquei muito satisfeito e acho que vou ao Rio buscar a Full. Se alguém puder contribuir com mais algumas informações sobre o que ficar atento na inspeção da viatura eu agradeceria muito. As dicas do Enasor já estão memorizadas.
Abraço! -
29/07/2019, 14:52Thomas RochaObrigado! Mas bate muito seco na estrada de terra. No asfalto é outro mundo, na terra parece que vai desmanchar. Pneus brigestone timberline, andando com 28 libras, 265/70/18. Será que seu trocar os pneus para 265/65/18 vai melhorar???Citação:
Postado originalmente por SamirSP
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30/07/2019, 06:14GlaiconShow de bola!Citação:
Postado originalmente por IvanCosta
É um carrão!
Colocar o banco do motorista na altura máxima, encosto bem reto, piloto automático ligado, cruzar as pernas e, estrada!
Depois de rodar mais de 1.000 Km´s num único dia, ainda irás procurar um restaurante, para jantar.
Não cansa!
Pode apostar.:concordo: -
30/07/2019, 06:32enasorMeu prezado amigo IvanCitação:
Postado originalmente por IvanCosta
Primeiramente, sejas muito bem vindo ao fórum ...
Parabéns pela escolha de uma Full ... Conforme o Glaicon comentou, ficarás satisfeito ... e fizestes muito bem em ler o máximo possível de comentários a respeito desse veículo antes da compra ... É isso aí ... o caminho é esse mesmo ... revelas seres muito inteligente, prudente e não precipitado ... quanto mais conhecimento tiveres, menor a probabilidade de adquirires uma Full com problemas ocultos que pode lhe trazer problema$$$ futuros ... Esse veículo, por si só já é bom, e se bem escolhido e de bom "pedigree", então, é veículo para deixar para os seus netinhos ...
Excelentes e irretocáveis, como sempre, os comentários que lhe foram dados pelos nobres colegas atrás ... você teve a sorte de seres aconselhado por três grandes "feras" aqui do fórum ...
Diante das dicas que lhe deram, não precisava, mas, vou arriscar dar meu humilde comentário ... vão aí meus 0,02 cents ...
Quanto à Full Diesel HPE 2010/2011 que pretendes adquirir ... é de uma excelente safra ... as modelo 2008 em diante já vem equipadas com sistema de injeção common rail, com bomba de alta pressão que espantou, de vez, o "fantasma" que tem assombrado muitos proprietários das modelo 2007 para trás equipadas com bomba injetora semi-eletrônica; mas, é importante destacar que essas, bem cuidadas, também não dão problemas (tenho conhecimento de muitos proprietários muito satisfeitos) ... Mas, vamos ao que interessa ... Essa aí que você está adquirindo já vem com outras coisinhas a mais em relação às modelo 2008 e 2009 ... Ela vem com 200 CV, escapamento cromado e turbina de geometria variável ... A rigor, é igualzinha a uma modelo 2013, à exceção de pequenas "perfumarias", tais como a central multimídia e aquele simbolozinho "HPE" na lateral ... E está novinha ainda, pois, 120.000 kms para o motor diesel, transmissão, suspensão, caixa de transferência, diferenciais, etc. para um veículo desse naipe não é nada ... Não necessariamente, mas, se as revisões foram feitas na css, isso é outro sinal de bom “pedigree”, ou seja, mais tranquilidade ... Citei "não necessariamente" porque há oficinas fora da css que prestam excelentes serviços ...
Quanto aos fluidos, citastes no seu primeiro post que não há documentação probante de que os fluidos da transmissão, diferenciais e caixa de transferência foram trocados ... Isso não é motivo para desistires do negócio, MAS, na dúvida, eu, particularmente, mandaria trocar esses fluidos, principalmente o da transmissão ... quanto aos fluidos dos diferenciais e caixa de transferência, parece que o consultor da Mit atestou suas trocas ... então é sinal de mais tranquilidade ...
Relativamente ao fluido da transmissão automática ... Se o amigo Glaicon me permite, gostaria de tecer só uma pequena correção, relativamente à verificação do nível e do estado do fluido nessa Full diesel 2010/2011 que pretendes adquirir ...
Nas Fulls diesel, essa verificação é feita através de vareta só até o modelo 2008 (inclusive) ...
A partir do modelo diesel 2009 (inclusive) essa verificação se dá através do bujão de transbordo, o qual fica localizado na parte inferior do cárter (ao lado do bujão de esgotamento) ... abre-se esse bujão e procede-se à seguinte verificação visual: Se apresentar um escorrimento bem fininho, ou em forma de gotas, é sinal que está próximo do nível adequado ... se o mesmo apresentar um escorrimento muito forte é sinal que está muito acima do nível; neste caso, há que se retirar o excesso procedendo a um esgotamento, até atingir o nível adequado (isso é feito através do bujão de esgotamento) ... se não escorrer nada é sinal de que pode estar abaixo do nível; neste caso, então, há que se colocar mais fluido através do bujão de enchimento que fica na lateral da própria caixa de transmissão, lembrando que muitos não sabem onde fica esse tal bujão ... Veja, então, que são 3 bujões que você irá manusear, de acordo com a necessidade ... Por isso, e por outras, a recomendação é que essa verificação seja feita numa boa oficina especializada que verdadeiramente sabe dos macetes (pelo menos até que o proprietário saiba fazer isso sozinho com conhecimento e ferramental adequados), pois, nessa verificação há que se seguir um certo ritual para análise do estado do óleo, bem como para que o mesmo fique com o nível num patamar aceitável ... nem muito acima, nem muito abaixo, pois, em ambos os casos podem surgir sintomas e consequências indesejáveis no desempenho da transmissão ... Seguem algumas dicas, muitas delas já passadas em comentários anteriores do Glaicon: A verificação deve ser feita com o fluido da transmissão automática num intervalo de temperatura recomendável (entre 36 e 46 graus Célsius ... se não tiver um scanner para aferir isso, então basta conduzir o veículo durante uns 15 minutos, sem esforçar muito o motor (subidas, congestionamentos, etc.), até que o ponteiro de temperatura mostre que foi atingida a temperatura normal de funcionamento) ... Veículo colocado numa superfície plana com as rodas apoiadas no chão ... motor em funcionamento ... movimentar a alavanca nas várias posições, parando-a em cada posição num breve intervalo de tempo (Se não me engano, de 3 ou 10 segundos, não me lembro bem) ... Ah, sim ... Após a abertura de cada bujão ... Trocar os anéis de vedação dos mesmos ... custam barato na css ... E outra motivação para fazer isso numa oficina especializada, é seguir outra importante dica já passada pelo Glaicon quanto ao reaperto de parafusos e bujões da caixa automática: “Olha a preocupação com o reaperto dos parafusos da caixa automática, e a utilização de chave com torquímetro” ... Com efeito, um reaperto mal feito pode acarretar vazamentos, ou, pior, danos na estrutura da caixa que é feita de alumínio, se não me engano.
Outra dica quanto ao fluido da transmissão que vi em posts anteriores do Glaicon, e tomo a liberdade para passar aqui para você ... Se o óleo estiver avermelhado, ou marrom translúcido, é sinal de mais tranquilidade ... neste caso, pode até ser que o antigo dono já tenha feito essa troca ... porém, “Quando o óleo está escuro, quase preto, que indica desgaste dos discos de composite, aí é necessária a troca, pois estes discos se esfarelam”, ou seja, neste caso, é recomendável abrir o cárter, fazer uma limpeza e trocar o filtro da transmissão automática.
Só lembrando: A partir do ano passado, se não me engano, as css Mit colocaram essa troca do óleo da transmissão no plano de revisões, a partir de 80.000 kms ...
E se decidires fazer a troca do fluido da transmissão (Na dúvida, se foi trocado, ou não, recomendo fortemente essa troca) ... vou repetir aqui o que já disse em outra oportunidade ... Já que vai trocar, não deixe fazer serviço “meia-boca” no seu veículo ... Faça a troca COMPLETA abrindo o cárter e trocando o filtro ... Nessa troca o fluido é retirado e reposto o fluido retido no conversor de torque, sistema de arrefecimento, corpo de válvulas, etc., e não só o que estava armazenado no cárter ... E troca-se, também o filtro ... Siga o bom conselho do amigo Robson ... Não deixe de trocar o filtro!!! ... Manter o filtro sujo, é o mesmo que tomar banho e colocar a mesma cueca ... Rsrsrs ... Você irá se sentir bastante desconfortável, não é mesmo? ... Então, pense como seu veículo irá se sentir por longos anos ... Ficam retidas nas malhas desse filtro limalhas e demais particulas que se desgastam naturalmente pelo trabalho da transmissão automática ... E se o mecânico disser que não precisa trocar o filtro é porque ele não quer se dar ao trabalho de abrir o cárter, seja porque não sabe, seja porque não quer correr o risco de eventual retrabalho para pequenos ajustes que se fizerem necessários no pós troca ... E fique tranquilo, pois, para quem sabe, esse serviço (Abertura do cárter, limpeza e troca do filtro, junta do cárter e anéis de vedação dos bujões e colocação do fluido novo no nível) é simples, rápido e não invasivo, como muitos pensam ... Tem, sim, um ritual que deve ser seguido, inclusive reapertando parafusos e bujões nos torques corretos, mas, nada que um bom especialista não saiba.
Outra coisa: Caso lhe sugerirem aquelas "maquinas de Flushing" ... Cuidado com isso ... Saiba que utilizando essas máquinas, não se troca o filtro ... O mesmo permanece sujo, com eventuais limalhas e outras particulas retidas em suas malhas ... Essas NÃO SAEM nesse processo de "flushing" ... Então, você pode usar essas máquinas, troca sim, troca não, ou seja, em trocas alternadas ... ora utilizando elas, ora utilizando o método convencional, onde você manda abrir o carter e trocar o filtro, juntas, anéis, etc.
Outra coisa: Se fores fazer a troca na css ... Cuidado, também ... Não são todas, mas, muitas delas costumam não abrir o cárter para trocar o filtro, alegando que não precisa ... O motivo, eu já comentei ... E, pior, trocam apenas o fluido do cárter, sem proceder a uma diálise do sistema para retirar o fluido velho retido no conversor de torque, bomba, corpo de válvulas e sistema de arrefecimento ... Mas, isso não acontece só em certas css, não ... muitas oficinas "especializadas" por aí também fazem isso, ou seja, é coisa de mecânico porco, preguiçoso e irresponsável, mesmo ... ou desconhecedor, que acha que está fazendo o certo ...
Importante: Nessa troca do fluido da T.A., reserve meio dia e acompanhe de perto o serviço, para teres a certeza que procederam a troca em conformidade com os requisitos necessários (Abertura do cárter, limpeza do cárter e dos imãs, troca do filtro, junta do cárter, anéis de vedação dos bujões, esgotamento de todo o oleo do sistema e colocação do fluido adequado, etc.) ...
E quanto à escolha do fluido ... cuidado com a marca e especificação do fluido que vão colocar na transmissão de seu veículo (Marca, especificação, etc.) ... Se fizeres o serviço na css, eles só colocam o deles (que é um semi-sintético, porém, de boa qualidade); eles não aceitam que você traga o fluido de fora ... mas você pode fazer o serviço em oficina especializada e escolher no mercado outros fluidos sintéticos de boa marca ... Nos nossos posts anteriores já comentamos bastante sobre isso ...
Quanto ao seu comentário: "mesmo não tendo ocorrido a troca não há motivo para suspeitar de problemas futuros na transmissão" ... Sim ... Com essa quilometragem aí, e considerando que esse veículo não tenha sido utilizado constantemente em regime forçado (trilhas, ralies, rebocando barcos, trailer, congestionamentos severos, mal uso de repotenciação, etc.), não há motivos para suspeitar de problemas futuros ... MAS, reforço o que já comentei ... Na dúvida, nem pense ... Mande trocar esse fluido ... não economize com isso ...
Posso ter me esquecido de alguma coisa, mas, basicamente, é isso aí ...No mais, reserve uma "gordurinha" financeira para você investir nessas coisinhas pós-compra para deixar o veículo "nos trinques", confiável e do seu jeito ...
Forte abraço ao amigo, boa sorte na sua aquisição e não deixe de postar suas impressões e fotos depois.
Já pedi para adicioná-lo no WattsApp ...
Forte abraço. -
30/07/2019, 07:56IvanCostaBom dia Glaicon!Citação:
Postado originalmente por Glaicon
Rapaz, estou aqui em Lavras sonhando com isso. Ontem apertei mais um pouco a vendedora quanto a eventuais surpresas ao ver carro pessoalmente e ela soltou que “acabara de perceber dois retoques, um no capô e outro no paralamas dianteiro esquerdo. Disse que foram muito bem feitos, mas... Só vendo né. Não sinalizando batida forte tudo bem. Pretendo fazer a viagem fantástica amanhã. Um abraço forte! -
30/07/2019, 08:27enasor
Caro Ivan ... bom dia ...
Só mais um lembretezinho, com relação à carbonização do sistema de admissão ... Como esse veículo é uma diesel 2010/2011, possivelmente foi abastecida com o diesel S500, que provoca carbonização num nível mais acentuado que o diesel S10 ... Então, acho que vale a pena você mandar dar uma verificada rápida nas condições de carbonização da válvula da EGR e coletor de admissão ... Esse serviço de verificação é muito rápido, fácil e não invasivo e que demanda no máximo uns 15 minutos ... basta desapertar 4 parafusos e, pronto, a EGR já está nas mãos ... então, quando você for ver o veículo, peça a eles para retirarem essa válvula da EGR na sua frente, e veja as condições de carbonização dela, bem como da entrada no coletor de admissão ... se ela estiver muito obstruída, bem como a entrada no coletor de admissão, é sinal de que lá dentro dele também está bem carbonizado, havendo, então, que proceder a uma descarbonização, senão, mais cedo, ou mais tarde, esse veículo vai começar a apresentar falhas, acendimento de luzes, erros no scanner, etc. ... e existe o risco de até mesmo você perder essa EGR por danos no seu componente eletrônico em razão de excesso de carbonização ... então, uma vez verificado esse excesso de carbonização na entrada do coletor de admissão, aí, sim, haverá que desmontar e proceder a uma limpeza por banho químico, sendo um serviço mais demorado ... mas, não deixe de fazer essa verificação prévia, pois, senão, esse gasto vai sobrar para você no futuro ...
Abs.
