Prezado amigo Enrico
Boa noite.
Tenho um Pajero Full Diesel 2013/2014 ... Tens experiência com isolamento da EGR em Pajeros Full? ... caso positivo, valem as mesmas considerações para esse veículo?
Obrigado.
Forte abraço.
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Grande Enrico
Bom dia.
Primeiramente muito obrigado pela sua sempre pronta atenção ... e peço mil desculpas aos usuários do tópico pela invasão ...
Mesmo não tendo uma Frontier, acompanho seus comentários aqui a respeito de EGR, e confesso-lhe que cada vez aprendo mais um pouquinho desse interessante assunto ... permita-me parabenizá-lo pela generosidade com que compartilhas seu conhecimento com os usuários desse veículo neste tópico, sempre com paciência e, num linguajar simples e acessível a nós meros usuários leigos ... lá no tópico da Pajero Full nossa experiência com o isolamento do fluxo de gases pela válvula EGR é praticamente zero ... por isso, permita-me aprender um pouco mais com você, explorando só mais um pouquinho de seu grande conhecimento em sistema de admissão desses veículos 4x4 modernos ...
Vou expor aqui o que acho, e, sendo eu um mero usuário leigo (querendo aprender), mais uma vez lhe agradeceria se pudesse corrigir naquilo que julgares necessário ...
No Pajero Full temos um sensor MAP que é ligado ao coletor de admissão através de uma mangueirinha ... através dessa mangueirinha, esse sensor MAP tem a função de colher informações de pressão no interior do coletor, fazer a devida leitura e enviá-las à ECU ... daí a necessidade de mantermos sempre vigilância não só sobre o perfeito funcionamento do MAP (por exemplo, mantendo-o limpo), mas, também, sobre as condições dessa tal mangueirinha, não a deixando ressecar, entupir, rasgar, etc., para que não sejam enviadas informações desencontradas, ou incorretas à ECU e, esta, por sua vez, não provoque o acendimento inusitado da luz da injeção querendo alertar o usuário de que algo vai mal no sistema ...
No Pajero Full o sistema EGR dispõe de um circuito elétrico (atuador) que, sob o comando da ECU, controla a válvula para abrir, ou fechar, de acordo com o que está acontecendo no sistema, por exemplo, no interior do coletor de admissão ... com a abertura dessa válvula haverá a passagem dos gases oriundos do escapamento que serão encaminhados ao coletor ... assim, em razão dessa mistura no coletor, a combustão dar-se-á com uma redução de temperatura e, consequentemente, também haverá menor emissão de NOx ... portanto, com a abertura da válvula EGR, essa nova mistura de gases no coletor de admissão promoverá ali novas condições de pressão e temperatura, que serão levadas ao conhecimento da ECU através do MAP ... PORÉM, estando impedida a injeção de gases no coletor através da EGR, as condições de pressão, temperatura, mistura, etc., serão diferentes daquelas esperadas pela ECU, contrariando o seu comando para que fossem injetados gases no coletor de admissão para reduzir a temperatura de combustão ... Meu questionamento: Dessa forma, sendo contrariada (pelo fato de não estar sendo atendido um comando seu), a ECU não enviaria informações ao usuário (provocando o acendimento da luz da injeção), avisando-o de que algo está errado? ... conforme retro citei, são conjecturas de um usuário leigo, tentando aprender a complexidade desse sistema em veículos modernos ... como não sou técnico no assunto, não sei se consegui expor direito a minha dúvida ... se falei bobagem peço-lhe que, do alto de seu conhecimento, releve e corrija naquilo que julgares cabível ...
Forte abraço.
Enasor, seu questionamento é totalmente pertinente e a forma como você expôs o funcionamento do sistema foi absolutamente correta.
No caso específico da Triton/Full, o que a nossa experiência diz a respeito é que a injeção de gases da EGR na admissão não altera significativamente a pressão no coletor. Devemos lembrar que a abertura dessas válvulas é mínima, o suficiente para uma "sujadinha" no ar, apenas isso. Devemos lembrar que o motor funciona com AR (O2), e não GASES DE ESCAPE. Não saberia quantificar, mas em %, diria que a EGR nesses veículos não ultrapassaria 2% ou 3% do volume total dos gases admitidos (ar + gases de escape), se fosse diferente, o motor não funcionaria adequadamente. Vou dar um exemplo na Frontier, há casos em que o anel raspador da válvula simplesmente sai da posição e deixa um espaço de 1mm no raio entre a borda e a válvula propriamente dita, e esse espaço mínimo permite a passagem do volume de escape capaz de alterar por completo o funcionamento do motor.
Então, voltando a Triton/Full, pode isolar que não haverá nenhum contra.
Grande Enrico
Boa noite.
Valeu!!! ... Muito agradecido ao nobre amigo pelos ensinamentos e pela atenção dispensada ... permita-me estender meus agradecimentos aos nobres usuários do tópico pela compreensão, gentilmente cedendo-me este espaço para melhorar meus conhecimentos ...
Forte abraço a todos.
Caro enricof18,
Só tive acesso ao fórum agora. Muito obrigado pela resposta!
Realmente o código que aparece no scanner é o P0409.
No momento estou com outra válvula EGR (nova importada da china) e a luz continua acesa. O mecânico disse e a concessionária tbm que o problema era na válvula.
A luz continua acesa mas não há perda de potência. Se limpar o código, da pra rodar um dia inteiro quem sabe sem a luz acender, mas ao ligar o veículo em determinado momento ela acaba acendendo de novo.
Esse código seria específico de problema no módulo?
O caso: um dia o carro começou a perder potência e muita fumaça preta (a luz nao estava acesa), a válvula foi bloqueada de forma simples (apenas ali na admissão), o carro voltou a ter a potência normal e sem fumaça, porém com a luz acesa. Ao desmontar a EGR ela tava trancada, toda ferrada mesmo.
Será que pode ser problema no módulo?
Obrigado pela atenção!
Abraço!
Pode ser sim problema no módulo.
Quando você apaga o código, você pode rodar o dia inteiro que ele não volta. Só volta se você desligar, e ligar novamente com o motor quente. Na primeira vez que fizer isso, o código fica armazenado no módulo. Na segunda vez, a luz acende. Isso é fácil verificar com um scanner.
Esse caso é um mistério, de todos que já peguei, uns 3 apenas eu consegui resolver sem condenar o módulo.
Mas tem que ser verificado muita coisa: Aterramento, chicote elétrico, velas aquecedoras e seu relé, o corpo de borboleta, etc.
Além disso tente fazer o aprendizado da válvula EGR com um scanner.
Se tudo estiver certo e o problema persistir, a chance de ser módulo é grande. Mas fica a questão, o único sintoma é a luz. Compensa mexer nisso?
Obrigado pelos esclarecimentos, farei mais alguns testes e verificar o módulo. Farei devagar até pq o único problema mesmo é a luz, que ao meu ver nao vale a pena trocar o módulo apenas por isso.
Se tiver alguma novidade posto aqui para registrar.
Valeu!
Prezado msseu
Boa noite.
Você citou no seu post anterior: "No momento estou com outra válvula EGR (nova importada da china) e a luz continua acesa" ... quero quer que essa válvula esteja isolada ... Correto? ...
Permita-me lhe dar uma sugestão: Tente, agora, remover esse desbloqueio e veja se a luz da injeção apaga ... Eu, particularmente, não deixaria essa luz acesa direto ... ela monitora várias outras funções que você não pode abrir mão de ficar sabendo se ocorrer algum problema ...
Volte aqui depois, e nos dê uma posição, se essa luz apagou, ou não. Ok?
Abs.
Só complementando ...
Faço-lhe essa sugestão porque lá no tópico da Triton teve pelo menos um caso enigmático assemelhado ao seu (acendimento da luz da injeção após o isolamento da válvula EGR) ... após o desbloqueio da recirculação de gases do escapamento pela EGR a luz voltou a ficar apagada ...
Veja uma desss experiências no "link" abaixo:
http://www.4x4brasil.com.br/forum/mi...ml#post2302004
Abs.
Só mais uma coisa, ao amigo msseu ...
Se após desfazer o isolamento da válvula a luz permanecer apagada, então, só ficará demonstrado que o sistema está OK, sem a necessidade de troca de nenhum componente ... PORÉM, de forma alguma, quero colocar em cheque a afirmativa do amigo Enrico (especialista no assunto) de que “Isolar a EGR NÃO FAZ ACENDER A LUZ DE INJEÇÃO” ... tanto no seu caso, quanto no caso a que me referi, PODE ser que algum detalhe no procedimento de isolamento da EGR esteja prejudicando o funcionamento da mesma, como tão bem retro explicou o Enrico ... e, nessa hipótese, a ECU envia mesmo um aviso ao usuário de que algo está errado no sistema, através do acendimento da luz da injeção ... esse tipo de serviço de isolamento da EGR, apesar de aparentemente bem simples, acredito que deva ser colocado nas mãos de um especialista no assunto, tal como o Enrico, que já fez várias experiências com resultados positivos ... isso acontece em outros serviços aparentemente bem simples também, tal como a troca de óleo da transmissão, onde a falta de atenção a um simples detalhe pode deixar o câmbio funcionando mal, levando o usuário, depois, a trocar desnecessariamente peças caras em razão de ter colocado o serviço nas mãos de um profissional inexperiente ... nesses sistemas modernos é complexa a interação entre os componentes mecânicos, eletrônicos, etc. ...
Forte abraço e desejo-lhe boa sorte.
Olá Enasor, bom dia!
Obrigado pelos esclarecimentos.
Acho que antes não deixei tão claro. Estou com uma EGR nova (importada da china e de qualidade questionável) que aparentemente (segundo o mecânico e a própria Nissan) está com defeito. O sistema não está isolado, ela está instalada normalmente, porém a luz continua acessa, sendo que o carro está andando normalmente, como se nada fosse nada.
Quando estava com a EGR antiga (original aparentemente), o sistema estava isolado da forma mais simples possível e a luz ficava acessa. O carro andava normalmente também.
Quando começou a dar defeito saía muita fumaça e houve perda de potência, mas a luz não acendeu (o que achei muito estranho). Assim que isolada, voltou a andar normalmente, porém foi onde começou a dor de cabeça dessa luz..
Vou continuar lendo e estudando sobre o caso e assim que tiver um tempo e dinheiro, farei mais alguns testes. Pedirei para fazer o isolamento como nosso amigo enrico nos ensina e fazer testes no módulo.
Um abraço! E obrigado mais uma vez.