Postado originalmente por
Oneill
Sempre quando estou de volta ao Rio, dou uma olhada no fórum e sempre se aprende alguma novidade. Pesquisando sobre sobreaquecimento, encontrei este tópico e resolvi relatar aos companheiros minha experiência:
Ontem, retornando de uma viagem de 5.000 km, meu jipe (chamar de camioneta, SUV ou de A Land, é de fazer rir) Defender 110 CSV 2001 esquentou tanto que não consegui andar a mais de 80-90 km/h. E isto no plano. Qualquer apertadinha maior no combustível e lá se ia a temperatura acima de 100°C. Bom, também na Dutra ontem, lá pelas três da tarde, a temperatura do asfalto devia andar acima dos 55°C. Aproveitava as descidas para aumentar para 100-110 km/h, e era o máximo que se conseguia. (Meço a temperatura com um termômetro mecânico colocado na mangueira do radiador).
Este problema vem se agravando, sistemáticamente, ano após ano. Troquei bomba d´água, soldei acoplamento na ventoinha, retirei e limpei radiador, regulei vávulas, troquei junta do cabeçote, retifiquei a tampa. E nada. Óleo de caixa uso o que me foi recomendado pela LR Brasil, o Donax TG da Shell e no motor, o Turbomax Plus da Castrol 15-40W.
Estou quase desistindo e partindo para trocar o motor 2.5 TDI argentino que veio no meu Defender (montado pela Maxxion) por HS 2.8 da International.
Mas, há algo que me encuca...
Eu comprei este Defender em 2001 para substituir um outro 110, este um importado Personal Carrier de 11 lugares ano 1995 que usei para trabalho durante 6 anos.
O inglês jamais apresentou qualquer problema de aquecimento. Atingia frouxo 150 km/h na reta e no plano, sem gastar uma gota de óleo (que não é o caso da montagem brasiliera, que de vez em quando precisa levar um litro para completar (geralmente após 1,5 mil km).
Como é isso? Alguém explica (além da desconfiança com os "hermanos" argentinos e gaúchos)? No motor do PC vinha, Made in U.K. No brasileiro, Industria Argentina. No mais, visualmente, são idênticos. Já agora, as tolerâncias de usinagem, os materiais, não consigo informações.
O que eu garanto, depois de 6 anos de uso e 230.000 km, em pau de trabalho estressado em rodovias asfaltadas, é que o Defender 110 da Land Rover UK não tem as limitações de motor e caixa referidas aqui. Nunca passei com ele pelos terrores que passei com a versão brasileira.
Inclusive quebrei a caixa de velocidades aos 66.000 km!
Adivinhem porque?
Na “autópsia”, verificou-se que não havia sobrado gota de óleo e que o óleo simplesmente havia ....evaporado! E tendo sido trocado na revisão de 40.000km.
Agradeceria a ajuda dos experientes confrades, pois surgiu-me uma idéia de não comprar o 2.8 mas sim um motor 2.5 dos Defenders mais antigos importados.
Sou um “defensor” dos “defenders”. Ao menos para o meu caso.
Pego uma rodovia por 2.000-3.000 km para depois andar em estradas de terra, areia, barro ou pedra, seja no Araguaia, nos pampas do Rio Grande do Sul, Argentina ou Uruguai. Ou fazer os 100 km da Estrada do Inferno (BR-101 sul) em 4 horas. E voltar para o Rio e rodar tranquilamente, sem que me apontem um AR-15 ou .45 na cabeça.
Para mim, não existe melhor VIATURA!
Não gostaria de mudar agora que estou no melhor da minha aposentadoria.
Aposentado, de férias e com o dinheiro.
Mas também não quero andar 3.000 km a 80 por hora.
Um grande abraço
Oneill