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III Expedição Amazonas Jeep Clube A Serra Do Sol
Algumas fotos desse primeiro trecho:
Fotos:1 a 3: Expedicionários no primeiro abastecimento logo após a reserva indígena Waimiri Atroari.
Foto 4: Primeiros problemas com o Troller do Humberto.
Foto 5: Parada da expedição para socorrer o Troller do Humberto. Problemas de super aquecimento..
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Na sequência:
Foto 1: Minha Ranger, que ganhou o carinhoso apelido de "Jacaré".
Foto 2: Eu ao lado da viatura.
Foto 3: Meu zequinha trapalhão..
Foto 4 e 5: Troller do Humberto parado.. superaquecimento!!
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III Expedição Amazonas Jeep Clube A Serra Do Sol
Mais algumas fotos.. Chegada em Sta Helena de Uairen...
Foto 1: O pessoal da Tv cultura. Em primeiro plano o famoso bombadinho..
Foto 2: Troller branco do Chicão e no fundo a viatura do Fabrício.
Foto 3: Chegando na Venezuela...
Foto 4: À esquerda o Fabrício e ao centro o Marcelinho (serra do sol boy), ao fundo o solitário..
Foto 5: Troller do Humberto...
A LENDA DO MONTE RORAIMA Por Fabrício Assis Carvalho
O meu amigo Fabrício, disponibilizou em nosso fórum esse texto compilado sobre a Lenda do Monte Roraima, que eu achei muito legal e estou trazendo para os amigos do fórum 4x4 Brasil...
Lenda do Monte Roraima
“Os índios Macuxis contam que antigamente, no local onde hoje existe o Monte Roraima, existiam apenas terras baixas e alagadiças, cheias de igapós. As tribos que viviam naquela área não precisavam disputar comida, pois a caça e a pesca eram fartas. Uma vez, nasceu um belo pé de bananeira. A estranha planta cresceu muito rápida e deu belíssimos e apetitosos frutos.
Os pajés avisaram a todos que aquele vegetal era um ser sagrado e que como tal, seus frutos eram proibidos para qualquer pessoa da tribo. Eles disseram ainda, que caso alguém desobedecesse à regra e tentasse comer uma daquelas frutas, desgraças terríveis aconteceriam à tribo: A caça se tornaria rara, as frutas secariam e até a terra iria tomar um formato diferente. Era permitido comer de tudo, menos os frutos da bananeira sagrada.
Todos passaram a temer e a respeitar as ordens dos pajés. Mas houve um dia em que, ao amanhecer, todos correram para ver com espanto a primeira das profecias se realizando de muitas que ainda estariam por vir: Um cacho da bananeira havia sido decepado. Todos se perguntavam, mas ninguém sabia dizer quem poderia ter feito aquilo. Antes que tivessem tempo para descobrir o culpado, as previsões dos anciãos recaíram sobre a tribo.
A terra sacudiu e começou a se mover, os céus tremiam em trovões. Todos os animais, da terra ou do céu, bateram em retirada. Um dilúvio começou a despencar e um enorme monte começou a brotar rasgando aquelas alagadas terras. E foi assim que nasceu o Monte Roraima”.
É por tudo isso que, até os dias de hoje, acredita-se que o monte Roraima chora quando de suas pedras caem pequenas gotas de água cristalina.
No extremo norte do Brasil, o Monte Roraima - com 2.772 metros - é um mundo à parte, com estranhas formações rochosas, plantas raras e um ambiente eternamente entre nuvens. As formações de pedra, em meio à névoa, ficavam ainda mais misteriosas. Desde que foi descoberto pelos europeus, o Roraima tem sido cobiçado por exploradores e cientistas. Em 1595, o inglês sir Walter Raleigh embrenhou-se pela floresta do que viria a ser a Guiana em busca de tesouros e avistou o monte. Em seus relatos, fala de uma montanha inacessível coberta de cristais, o que fez aguçar a imaginação dos europeus, que na época andavam as voltas com a lenda de um Eldorado perdido no Novo Mundo. A partir daí, várias expedições passaram perto do Roraima, mas somente em 1884 o monte foi conquistado pelos ocidentais. O responsável pela façanha foi o botânico inglês Everard Im Thurn, que descobriu uma rota de acesso pelo lado venezuelano. Até hoje, é a única via que dispensa o uso de equipamentos de alpinismo. Por conta disso, a Venezuela é o país que mais lucra com as expedições que vão ao monte, apesar de ele pertencer também ao Brasil e à Guiana.
Não foi por acaso que Arthur Conan Doyle inspirou-se nos relato de Im Thurn sobre a conquista do Roraima para o cenário de O Mundo Perdido, romance ambientado em uma montanha isolada no meio da Amazônia, repleta de dinossauros e seres pré-históricos.
Apesar de o Monte Roraima ficar visível no horizonte ao lado do irmão Kukenan quase todo o tempo, reinando absolutos e emoldurando grande parte das paisagens no horizonte da nossa expedição, e passarmos muito próximos a ele, não é nosso destino final e sim um monte menor ao seu lado direito, mas de formato também muito peculiar: A Serra do Sol, que lembra sob alguns ângulos a construção de uma pirâmide maior sob outras duas menores, onde você jura que pela simetria de suas formas, a intervenção do homem na sua formação, também impressiona. Uma visão rara que nos aminou ir conhecer, para alguns e rever esse paraíso para outros tantos, além da dificuldade para chegar a esse lugar remoto e as histórias e lendas que envolvem os montes, evocando emoção e adrenalina. Está já é a III Expedição à Serra do Sol promovida pelo Amazonas Jeep Clube, e ocorreu esse ano no período do carnaval, entre a sexta-feira dia 01/02/08 e terça-feira gorda dia 05/02/08.
De Manaus até Santa Helena, pela BR 174 não oferece nenhum atrativo aos off roaders, já que a estrada apesar de muitos buracos ( Principalmente: Após o Km 150 até o Km 200, também dentro da reserva indígena após a fronteira com Roraima e antes de chagarmos a cidade de Caracaraí ), é toda asfaltada. Além de ser um caminho muito conhecido pelos Amazonenses e Roraimenses que se deslocam nas férias até o Caribe Venezuelano. Informações importantes: A travessia pela reserva Waimiri-Atroari, a cerca de 210 km de Manaus, só pode ocorrer das 06:00h as 18:00h, após estes horários os índios e a Funai fecham o acesso e a estrada. Para entrar em Santa Helena já na Venezuela, não é necessário passaporte, e é possível transitar sem as formalidades aduaneiras e de imigração até cerca de 80 km dentro do país, onde está o primeiro posto de fiscalização, também chamado de Alcabala. Contudo é indispensável a carteira internacional de vacinação contra febre amarela e tríplice viral, sem ela não se atravessa a fronteira para o país vizinho. Para abastecer no posto destinado aos brasileiros é necessário pegar uma senha na cabine da Receita Federal, ainda em Pacaraima em solo brasileiro, medida que foi tomada para coibir o contrabando de combustível.
Cruzando a Gran Sabana venezuelana em meio ao gigantesco Parque Nacional Canaimal, é possível avistar muitas formações rochosas, e na região há muitos outros tepuis, como são chamadas as mesetas pelos venezuelanos. Entre elas o Ayuan, famoso por abrigar o Salto Angel, maior cachoeira do mundo, com 979 metros de altura.
A trilha que usaremos até chegarmos à base da Serra do Sol, a cerca de 1.300m acima do nível do mar, tem ao todo 240 km contando os trechos de ida e volta. O comboio, todos membros do Amazonas Jeep Clube, contava com 07 carros e duas motos de Boa Vista-RR, onde participaram 20 pessoas e levamos três dias para realizar todo o percurso, passando por todo tipo de obstáculo natural, mas o que mais predomina nesta trilha são as elevações, subidas com até 65º de inclinação, e algumas com altura de prédios de até 15 andares ( Dentre as principais destacam-se: As subidas do Domênico e do Índio ). Partes que lembravam provas de rock crawling americanas, com muitas pedras soltas e um solo duro e avermelhado, é até pequenos trechos de atoleiros fecharam o cardápio de opções de diversão. Para quem gosta das aventuras off road como esse grupo, é tudo aquilo que estávamos esperando e talvez um pouco mais. Uma trilha difícil e perigosa, onde andamos grande parte nos cumes das montanhas, e requer muita atenção, perícia e técnica, já que em alguns trechos qualquer descuido pode acarretar um acidente mais sério. Para se ter uma idéia, a maioria dos obstáculos só pôde se vencida com veículos 4X4 preparados e usando somente em 1ª. ou 2ª. marcha reduzidas. Cruzamos ainda várias vezes as fronteiras entre o Brasil e Venezuela, os marcos das divisas dos dois países estão espalhados ao longo da trilha. Visitamos ainda no segundo dia os túmulos dos guerreiros de Macunaíma, que é o Deus dos indígenas que tudo transformava em pedra. O mesmo é representado pela própria Serra do Sol e, segundo a lenda, os seus guerreiros descansam um pouco mais adiante dele, representados por rochas alinhadas, entre o belo e o macabro, faz parecer em nosso imaginário um cemitério, onde descansam esses guerreiros, desafiando ainda mais nossa compreensão e aguçando a curiosidade acerca desta e de outras fascinantes histórias da região.
Mas em compensação: Que imagens! Que paisagens! Cachoeiras cortam toda a savana em tal abundância e beleza, que fica impossível eleger a mais bonita. Nosso acampamento ainda foi visitado por raposas no primeiro e segundo dia da expedição, atraídas pelo cheiro de comida ou simplesmente pela curiosidade. Para os amantes da natureza esse local é uma recarga de energias positivas, um ânimo a mais para iniciar o ano.
A terra é pobre e o pouco que produz é à custa de queimadas, que com o tempo acabam por piorar ainda mais a qualidade do solo. Por causa do isolamento natural, as espécies vegetais evoluíram de forma independente. São bromélias, orquídeas e muitas plantas carnívoras, que desenvolveram a capacidade de aprisionar e digerir pequenos insetos, compensando assim a pobreza do solo, praticamente desprovido de nutrientes. Há quem diga que a Gran Sabana, que tem uma aparência semelhante ao cerrado do Centro-Oeste brasileiro, já foi uma floresta. Lendas à parte, desta versão Macuxi do pecado original, que isto sirva de alerta para nós brasileiros cuidarmos com mais atenção das nossas matas.
Já estamos planejando nossa volta à Serra do Sol para o próximo ano, mais uma vez a nossa folia será desfrutando da natureza, dos desafios, com uma carga adicional de adrenalina de tirar o fôlego. Para quem gosta, não há desfile maior de emoção!
Para saber mais, visite: http//:www.amazonasjeepclube.com.br.
Fabrício Assis Carvalho.
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Mais uma sequência de coletânea de fotos..
Cortesia Vivi Cariolano e equipe..
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Mais fotos do primeiro trecho..
Cortesia Dimitri..
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Mais fotos..
Cortesia Vivi Cariolano e equipe..