Já votei!!! :concordo:
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Já votei!!! :concordo:
[]'s...
Mais uma matéria muito boa que saiu na Veja deste domingo, que põe por água abaixo o principal argumento da turma do SIM, o de que as armas vendidas legalmente são a principal fonte dos bandidos.
Armas
O arsenal do crime
As armas vendidas legalmente no Brasil
representam, por ano, só 0,05% do
arsenal total do país – e são menos
potentes do que as dos bandidos
Diogo Schelp
O referendo do próximo dia 23, sobre a proibição ou não da venda de armas e munição no Brasil, chamou atenção para uma realidade: o enorme arsenal bélico nas mãos de criminosos. Defensores do SIM argumentam que armas compradas legalmente podem ser roubadas de seus donos ou mesmos vendidas por eles, indo abastecer o paiol dos criminosos. É verdade, mas em quantidade e poder de fogo faz pouca diferença. "A maioria das armas em poder do crime organizado é obtida por meio de contrabando. A principal porta de entrada é o Paraguai, seguido dos Estados Unidos", disse a VEJA Carlos Oliveira, delegado titular da Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos do Rio de Janeiro. Segundo o delegado, os contrabandistas entram com as armas pesadas pela fronteira, escondidas na bagagem, ou enviam o armamento dentro de contêineres em navios ou por via aérea. O crime organizado e o narcotráfico preferem não utilizar revólveres e pistolas, e sim armas de grosso calibre, capazes de impor medo à polícia e às quadrilhas concorrentes. Infográficos nesta página e nas seguintes explicam como funciona o comércio clandestino de armas no Brasil e mostram as mais utilizadas pelos criminosos.
Nesse cenário, a possibilidade de o referendo alterar significativamente o quadro de violência no país é nula. Além de ser inconstitucional, na opinião de muitos juristas. Por isso, o resultado da consulta corre o risco de ser invalidado pelo Supremo Tribunal Federal, caso ganhe o SIM, sob a alegação da inconstitucionalidade da lei. O mecanismo jurídico que permitiria isso chama-se arguição de descumprimento do preceito fundamental e pode se basear em dois argumentos, na opinião de Eduardo Dutra Aydos, professor do curso de pós-graduação em direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Primeiro, a proibição ou não da venda de armas não deveria ser objeto de lei, e sim de emenda constitucional. E, mesmo que fosse, violaria o segundo argumento: o de que o referendo fere o direito à legítima defesa da vida, que é uma cláusula pétrea da Constituição – ou seja, não pode ser alterada nem se todos os deputados votarem a favor.
O resultado frustrante, caso seja aprovada a proibição da venda legal de armas no Brasil, decorre de outros fatores. Em tese, parece lógico que, quanto menos armas houver em uma sociedade, menor o índice de homicídios. Na prática, não é o que acontece. Nos Estados Unidos, o número de armas nas mãos dos cidadãos é catorze vezes maior do que no Brasil. Mas a taxa brasileira de homicídios por arma de fogo é três vezes maior. "Na década de 90, os índices de criminalidade diminuíram nos Estados Unidos apesar de as leis terem se tornado mais liberais em relação ao porte de armas", disse a VEJA o economista americano John Lott, autor do livro O Preconceito contra as Armas. "O que deu resultado na diminuição da criminalidade foram os investimentos na polícia e no combate ao crime organizado e a adoção de penas mais severas." No Brasil, ocorre o contrário. Não é a arma, mas a sensação de impunidade que dá ao bandido a tranqüilidade de agir e serve de incentivo ao crime. Sete de cada dez casos de homicídio são arquivados devido a investigações incompletas ou malfeitas. Só 1% dos assassinos são julgados e condenados no Brasil.
Não é preciso ir muito longe para entender o que realmente funciona em termos de política de segurança pública. Diadema, cidade da região metropolitana de São Paulo, enfrentou em 1999 o auge de seus índices de criminalidade. De lá para cá, a taxa de homicídios caiu de 110 para 35 por 100.000 habitantes. A virada aconteceu devido a duas ações. Primeiro, a prefeitura criou uma guarda municipal eficiente, que passou a agir contra pequenos desrespeitos à lei, de motoristas que estacionam em local proibido a garotos que depredam telefones públicos. Isso aliviou a carga de trabalho das polícias Civil e Militar, que passaram a se dedicar apenas aos casos mais graves. Em seguida, veio a Lei Seca. A maioria dos bares foi proibida de funcionar depois das 23 horas. Estatísticas da prefeitura indicavam que 60% dos homicídios ocorriam entre 23 e 6 horas, nas proximidades de bares. O exemplo passou a ser seguido por outras cidades da Grande São Paulo. Desde 2001, dezesseis dos 39 municípios da região aderiram à Lei Seca. Segundo a Unesco, essas cidades, que registravam taxa média de 55 homicídios a cada 100.000 habitantes antes da adoção da medida, reduziram o índice para 39 no ano passado.
Mesmo que se confirmassem as previsões dos organizadores da campanha do SIM de que a retirada de circulação das armas legais reduziria a um décimo as mortes acidentais com armas de fogo, a diminuição seria de apenas 0,06% ao ano na taxa de homicídios – muito pouco perto do que se conseguiria com maior investimento na polícia", diz Aydos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há uma guerra de estatísticas que ajudam a engrossar a cortina de fumaça em torno das questões centrais do desarmamento. No Brasil, não existem pesquisas que permitam calcular o número de vezes em que ataques de criminosos puderam ser evitados por cidadãos armados. Em geral, um agricultor que mora em um sítio e dá um tiro para o alto para espantar invasores de sua propriedade não costuma fazer um boletim de ocorrência na polícia. O incidente não fica registrado em lugar nenhum. Já as tentativas frustradas de se defender com uma arma de fogo, e que acabam em ferimento, vão quase sempre engrossar as estatísticas oficiais. O erro está em apresentar esses dados – os únicos existentes – como um retrato fiel da realidade. As estatísticas usadas na campanha do desarmamento escondem o fato de que os bandidos gostam de população desarmada. Eles, afinal, também não querem levar tiro.
As pequenas cidades do interior das regiões Norte e Nordeste descobriram de maneira traumática essa verdade. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a quantidade de assaltos a estabelecimentos bancários nas grandes cidades caiu a um terço do que era há seis anos. Em compensação, o número de assaltos em cidades com menos de 50.000 habitantes vem crescendo. "As quadrilhas estão migrando para locais onde a segurança é precária e a polícia não tem pessoal e equipamento suficientes para conter os ataques", diz Ricardo Roland Rocha, consultor de segurança de Natal, no Rio Grande do Norte. É cada vez mais comum ver bandos fortemente armados entrar atirando nas pequenas cidades, render os policiais na delegacia e assaltar as agências bancárias.
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http://veja.abril.uol.com.br/191005/imagens/armas4.jpg
Traficante de drogas no Morro Dona Marta, Rio de Janeiro
Brasil x Estados Unidos
Observe, pelos números abaixo, que o que faz diferença na quantidade de crimes não é a quantidade de armas, e sim o que acontece com o assassino
• Estima-se em 17 milhões o número de armas nas mãos dos brasileiros. Nos Estados Unidos, são 240 milhões de armas. Mas a taxa de homicídio por armas de fogo por grupo de 100000 habitantes no Brasil é três vezes superior à dos americanos
• Aqui, uma pessoa é assassinada a cada doze minutos. São 45000 homicídios registrados por ano
• No Brasil, sete de cada dez casos de homicídio são arquivados em razão da má qualidade da investigação. Nos Estados Unidos, 70% dos casos são esclarecidos e o assassino é levado a julgamento. A probabilidade de um assassino ser condenado e cumprir pena no Brasil é de apenas 1%
Fonte: Eduardo Dutra Aydos
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http://veja.abril.uol.com.br/191005/imagens/armas2b.jpg
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http://veja.abril.uol.com.br/191005/imagens/armas3d.gif
Sim 25%Citação:
Votem nessa enquete http://ultimosegundo.ig.com.br/mater.../2133453_1.xml
o NÃO tá ganhando disparado...
(9908)
Não 75%
(29538)
Total de votos: 39446
Tomara que no dia 23 também seja assim :dance:
Abraços,
Cavalcante, em relação à sua assinatura, que cito acima, eu diria:Citação:
Postado originalmente por Cavalcante
"Se pelo menos uma pessoa conseguir defender sua vida, sua família, seu lar de um bandido que iria matar toda sua família, o NÃO já valeu a pena"
[]s
Oller, :palmas: :palmas: :palmas: :palmas:
[]'s
Repassando email encaminhado em outra lista conclamando a todos os adeptos do não para um último esforço e consolidar a vitória.
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Agradecendo toda a colaboração e empenho em nossa campanha, a qual não teria chegado até aqui não fosse a efetiva participação de cada um, pedimos mais um esforço especial nesses próximos dias.
Como todos sabem, nunca tivemos o apoio do governo (óbvio) nem financiamento estrangeiro como os que querem cassar nossos direitos. Não somos profissionais e nosso trabalho sempre foi voluntário. Chegamos até aqui graças à colaboração daqueles que acreditam na democracia e nos direitos e liberdades individuais.
Faltam alguns dias para o referendo onde decidiremos se continuaremos a ser cidadãos ou daremos o primeiro passo para o totalitarismo.
Perdemos o direito ao porte de armas. O porte ilegal é crime inafiançável assim como o contrabando de armas. A lei aprovada não ira mudar, qualquer que seja o resultado do referendo. Vencendo o “sim”, ninguém poderá mais comprar armas nem munições. Não haverá exceções, nem para os moradores de áreas rurais. O Art. 35 é claro. Expliquem, por favor.
Será decidido no referendo se o comércio legal de armas e munições será ou não proibido.
Esta decisão não poderá ser mudada por portaria, decreto ou lei, como falsamente propagam os que nos querem tirar os direitos.
Portanto, pedimos o empenho de cada um numa intensa campanha corpo a corpo, falando com parentes, vizinhos, amigos, no trabalho, em todos os lugares.
Esta é uma campanha pela democracia.
Esta é uma campanha pelos nossos direitos.
Esta á uma campanha em defesa da nossa liberdade.
Esta é uma campanha para impedir o primeiro passo de uma marcha totalitária.
Vamos nos empenhar para derrotar a ingerência externa patrocinadora de “ongs” promotoras do desarmamento das vítimas, sob a falsa bandeira do combate à criminalidade.
Vamos nos empenhar para derrotar um governo corrupto e uma imprensa, mais precisamente uma organização, que pretendia se auto-afirmar como uma “formadora de opinião”, melhor dizendo, como a maior lavanderia cerebral do país.
Assim, pedimos um especial esforço nestes próximos dias para cada ser um cabo eleitoral da própria liberdade.
VOTE 1 = VOTE NÃO e confirme.
Muito Obrigado.
JOSÉ LUIZ DE SANCTIS
PS. Depois do referendo continuaremos lutando pela defesa de outros direitos.
Galera recebi essas informações por e-mail, talvez ainda ñ seja do conhecimento de todos, é o outro lado, outro motivo pra a proibição.
Segue:
Existena lei do comércio exterior um ponto que
diz: Um país só pode vender um produto para outro país, se a
comercialização do mesmo tipo de produto for permitido no primeiro país.Ou seja, o abacaxí para os Estados Unidos se no Brasil for
permitido o comércio de abacaxís.
Pois bem, à luz dos fatos: SE A PROIBIÇÃO FOR
REFERENDADA, O BRASIL NÃO PODERÁ VENDER SUA PRODUÇÃO DE ARMAS DE FOGO PARA OS ESTADOS UNIDOS,
PORQUE A COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE FOGO E MUNIÇÃO
SERÁ PROIBIDA NO BRASIL. A indústria Americana agradece.
Vocês vão perguntar, é só por isso que você ficou
indignado? Você só quer defender a industria bélica brasileira? Antes
de responder, vamos aos fatos, os que realmente importam: Vocês sabiam
que o Brasil desenvolveu tecnologia e têm fabricado uma das
melhores armas de baixo calibre? Que os exércitos de todo o mundo utilizam armas brasileiras?
Que mais 99% da produção de armas brasileiras é
para exportação? Que 90% das exportações de armas do Brasil vão para os Estados Unidos? E que isso representa apenas 20% do mercado americano?
Realmente parece que o Brasil está incomodando...
Ai você vai me dizer: "É, parece realmente que você
industria bélica brasileira". Eu digo não. A
indignação é muito maior.
Notaram que tudo que o Brasil tem de bom (laranjas,
aviões) os grandes países querem aniquilar? Comprando deputados e sei
lá mais quem, conseguem levar leis como essa adiante. Sempre é a
mesma história, uma farsa por trás de uma questão com apelo popular e
emocional para garantir interesses baixos e desonestos.Todos sabem
que as pessoas que mandam nesse país não merecem a confiança do povo, todos sabem que as coisas no Brasil não são como parecem ser. Mais uma vez esses corvos estão entregando os nossos interesses, os do povo, os do Brasil de fato.
Mais uma vez estãonos enganando.
Decidam! Mas antes, por favor, entendam as coisas
da maneira correta.
E façam a opção conscientemente e não como gado
guiado pela mídia comprada por interesses menores para distraí-lo dos
verdadeiros interesses em jogo!
Se acredita no que eu disse - recomendável ler a lei
que citei - repasse esta mensagem para outras pessoas de modo que elas
possam conhecer mais do que as meias informações que circulam por aí.
NÃO ESTAMOS VOTANDO EM DESARMAMENTO, ESTE JÁ
EXISTE, ESTAMOS VOTANDO COMERCIALIZAÇÃO!
Peleje,
se vc verificar algumas mensagens antes, vai ver que este texto já foi postado (acho que na página anterior).
Inclusive vc vai ver um post meu em que eu contesto essa afirmação de que "SE A PROIBIÇÃO FOR
REFERENDADA, O BRASIL NÃO PODERÁ VENDER SUA PRODUÇÃO DE ARMAS DE FOGO PARA OS ESTADOS UNIDOS, "
[]s
Recebi este texto por email:
Sou Católico: Posso ser contra o Desarmamento?
1. Como todos sabem, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tomou posição a favor do desarmamento e está fazendo uma campanha intensiva, utilizando-se inclusive dos sermões dos padres nas igrejas, para convencer os católicos a votarem pelo sim, ou seja, pelo desarmamento dos cidadãos.
2. Eu, como católico, estou obrigado a acatar essa orientação da CNBB? Absolutamente, não! A doutrina da Igreja, pelos seus doutores e moralistas, inclusive o grande Santo Tomás de Aquino (cf. S. Th., II-II, q.64, a.7), reconhece o direito à legítima defesa.
3. Até mesmo o recente Catecismo da Igreja Católica reconhece esse direito: "A legítima defesa pode ser não somente um direito, mas um dever grave, para quem é responsável pela vida dos outros, pelo bem comum da família ou da sociedade" (Catecismo da Igreja Catolica, nº 2265 - traduzido do texto em Castelhano do site do Vaticano: www.vatican.va).
4. O Evangelho apresenta passagens que justificam o porte e o uso de armas. Veja-se, nesse sentido, S. Lucas: "Quando um valente armado guarda a entrada da sua casa, estão em segurança os bens que possui" (Lc. 11,21). Podemos citar ainda as seguintes frases de Nosso Senhor Jesus Cristo: "Quem não tem espada, venda sua túnica e compre uma"(Lc. 22,36). Quando S. Pedro feriu a orelha de Malco, Jesus disse-lhe para guardar a sua espada na bainha, não mandou que se desfizesse dela (Jo. 18,11). O próprio Jesus, quando expulsou os vendilhões do Templo, usou um chicote feito por Ele mesmo. O chicote, naquelas circunstâncias, desempenhou o papel de arma.
Verifica-se assim, com o devido respeito, que esses Srs. Bispos não parecem estar reconhecendo o princípio católico da legítima defesa.
5. A quem aproveita o desarmamento? Vocês já observaram que a generalidade dos comunistas, ex-guerrilheiros, esquerdistas radicais, teólogos da libertação, gente do MST etc. são todos favoráveis ao desarmamento?
Notem como muitas dessas pessoas são partidárias do ditador comunista Fidel Castro, de Che Guevara, de Luiz Carlos Prestes e de outros revolucionários sanguinários, e que defendem o MST e outros movimentos invasores de propriedades.
6. Qual será a verdadeira intenção de vários daqueles que querem desarmar os cidadãos honestos deste País, enquanto os criminosos, com certeza, vão continuar armados?
7. Acredito que meu dever de católico e de brasileiro é votar NÃO!
Aguardo vossa valiosa opinião.
Prof. Fernando Gutierres
Núcleo de Estudos sobre a Criminalidade
Rio de Janeiro RJ
Pesquisa publicada no jornal O GLOBO aponta vitória do não por 52% x 34% pelo sim. :dance: :dance: :dance: :concordo: :concordo: :concordo: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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JORNAL O GLOBORio, 20 de outubro de 2005 Versão impressa
‘Não’ teria 52%, diz pesquisa
Pesquisa divulgada ontem pela Toledo & Associados mostra ampla vantagem do voto “Não” sobre o “Sim” no referendo de domingo: 52% contra 34%, com 10% de indecisos e 4% de votos em branco ou nulos. A margem de erro é de 2,2 pontos. A pesquisa foi feita em 11 capitais, ouviu 1.947 pessoas e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número 2347/2005. Para 57% dos entrevistados, os crimes não diminuirão se a venda de armas for proibida, e para 65% o governo não tem o direito de proibir a escolha do cidadão
Ola ALL,
Eu fiz uma pesquisa de boca a boca na minha empresa, aqui tem apenas um que votara SIM, mas felizmente todos os outros (somos quase 70) irao votar NÃO !!! :discordo: :discordo: :discordo: :discordo: :dance: :dance: :dance:
[]s esperando nao perder o meu direito.
Salve,
Acredito sinceramente que as pessoas que ainda pensam em votar a favor (sim), não têm idéia da real situação. Não existe desarmamento, existe proibição de comercialização de armas e munições. Existe é a covardia em detonar a nossa Forjas Taurus, que exporta armamento para vários países, inclusive pros Estados Unidos. Existe é a vergonha de permitir que a Glock (nada contra as armas nem contra a empresa, entendam) se instale aqui. Votar sim é dar mais um grande passo na entrega total do nosso país.
[]'s pelo NÃO.
Voto “não”
José Paulo Cavalcanti Filho (*)
(Observatório da Imprensa)
Esse referendo vem fora de hora. Trocando corrupção por violência. Tirando, das vistas do povo, as CPIs e suas relações suspeitosas. Garantindo esquecimento a falsas vestais que a indignação nacional gostaria de ver processados e punidos exemplarmente.
Vem fora de preço. Que em país de pobreza endêmica, como a nossa, torrar quase um bilhão assim é quase um crime. Em outubro do próximo ano vamos ter eleição. Bastaria acrescentar, na máquina de votar, essa pergunta de agora. Só para lembrar, o que vamos decidir é a manutenção (ou não) de um artigo (35) da Lei 10.826. Uma Lei de 2003. Já esperamos dois anos. Um a mais não faria grande diferença.
E vem fora de propósito. Ninguém é contra consultas populares. Elas são fundamentais, para a democracia. E são cada vez mais comuns, em países já culturalmente maduros. A última na Austrália, por exemplo, decidiu a idade mínima do Serviço Militar. Na Suíça, foi o horário de fechar portas de hotéis, à noite.
Se é para fazer consultas populares, então deveríamos começar discutindo questões mais relevantes. Por exemplo, se é decente o salário que pagamos a nossos professores. Se é justo que desempregados continuem purgando pecados que não são seus, em constrangedoras filas de hospitais públicos. Se continuaremos aceitando, passivamente, a desnacionalização de nossas riquezas. Se nos será dado interferir na definição de políticas públicas, e responsabilizar governantes por abuso ou desvio de poder.
Grave, também, é que esse debate se revela sobretudo desinformado. Vamos decidir sobre armas legalmente registradas. Apenas isso. O Governo sabe quantas são, posto que as registra. Mas não divulga o número. Essa omissão inconcebível, imperdoável, escandalosa, ultrapassa todos os limites da ética.
O que temos, nas televisões, são só estatísticas falseadas - e sem importância, para o referendo. Diz-se que seriam 15 (ou 17, ou 20) milhões de armas ilícitas. Sem que se revele quem coletou esse número, ou como se pode fazer um recenseamento assim. E mesmo sabendo que o referendo nada decidirá sobre elas. Enquanto a quantidade das armas lícitas, daquelas que o Governo sabe exatamente quantas são, aquelas a que se refere esse referendo, permanece um mistério.
Não se diz já estar revogada a lei antiga, que permitia a qualquer um adquirir armas. Apesar disso, continuam as referências ao uso de armas em incidentes de trânsito, ou bares, ou rixas – como se pudessem continuar a ser compradas, como antes. Só propaganda enganosa. Sendo certo que, em (praticamente) todos esses casos, são invariavelmente usadas armas ilícitas. E tudo continuará assim, qualquer que seja o resultado do referendo.
Também não se diz que, hoje, para poder o cidadão ter em casa uma arma, é necessário declarar sua “efetiva necessidade”, ter “comprovação de idoneidade”, “não estar respondendo a inquérito”, “ter ocupação licita”, “capacidade técnica e aptidão psicológica para seu manuseio”. Com “certificado” expedido pela Polícia Federal - e depois de autorização do Sinarm, do Ministério da Justiça.
Nem se diz que essa arma, legalmente adquirida, só pode ficar no “interior da residência”. Ou que já é “proibido o porte de arma” (salvo em casos especiais). De tudo resultando que em casas de praia, ou propriedades no interior, ou residências urbanas, estarão protegidos apenas os que tiverem rottweilers. Ou puderem pagar seguranças privadas. Os com posses. Sempre eles. O referendo tem também esse corte social perverso.
O cenário está montado para uma guerra santa. De um lado, a mistura esquisita de homens públicos em busca de notoriedade e gente de boa vontade – aqueles que, de coração, querem um “basta” à violência. Usando argumentos que não têm a ver com o referendo. A esses últimos se diga, usando palavras de Cherteston, que “o mais terrível do erro é que ele tem heróis sinceros”.
Do outro lado, para a imprensa, estaria a “bancada da bala”. Todos comprados pela Taurus. Mas não são só estes, senhores. Há igualmente, neste lado, os que também não aceitam essa violência que nos degreda. Estou à vontade para falar disso. Não sei atirar. Não tenho armas. Nem pretendo ter.
Em resumo, e depois de bem refletir, apenas reconheço ser insensato recriminar quem sinta necessidade de ter em casa uma arma, para segurança sua ou de sua família. Ao menos enquanto nossa polícia não conseguir produzir segurança minimamente eficiente. Por isso votarei “não”. Sem alegria. Mas com a consciência tranqüila.
(*)José Paulo Cavalcanti Filho é advogado e mora no Recife
jp@jpc.com.br