TRAFICANTES FAZEM COMITÊ PELO "SIM"!!!
REPASSANDO, O ABSURDO .... e assim a adesão está aumentando...
TRAFICANTES FAZEM COMITÊ PELO "SIM"!!!
29/09/2005 5:53 PM
Traficantes do RJ na campanha pelo SIM
Daniel Pereira Campos, mais conhecido como "Xaxim", líder do tráfico de drogas
do Morro do Dendê, na Ilha do Governador, organizou um comitê paralelo para
fazer campanha no referendo sobre o desarmamento que ocorrerá no dia 23 de
outubro próximo. Surpreendentemente, o movimento não está defendendo o "Não",
que na prática rejeita a lei que proibiria a venda de armas de fogo e munição no
Brasil. Eles estão fazendo campanha intensiva pelo "Sim". Os traficantes desejam
que a venda de armas seja proibida.
Por intermédio de líderes comunitários, a mensagem que os "donos do poder no
morro" passam para os moradores é clara: todos devem votar "Sim" ao
desarmamento, para garantir a sua própria segurança.
Bancada pelos traficantes, a associação dos moradores confeccionou mais de 3
mil camisetas e 10 mil adesivos, tudo distribuído no morro. Segundo um dos
moradores, que não quis se identificar, quem tem o adesivo colado na porta de
sua casa aumenta o conceito com os "patrões". Qualquer material promocional ou
discurso a favor do "Não" está proibido nas suas áreas de influência. "Quem
fizer campanha contra o desarmamento aqui, vai levar chumbo", advertem os
traficantes.
Até mesmo os comerciantes com estabelecimentos próximos a favela, que já pagam
uma "taxa de segurança" para os traficantes, foram convidados a se engajar pelo
"Sim" na campanha do desarmamento.
Marcelo Coelho, analista de marketing político e coordenador de um grupo que é
contra a venda de armas e também faz campanha pelo "Sim", não aprecia nem um
pouco o "reforço" dos traficantes lutando pela sua causa: "É o tipo de coisa que
não precisamos e não faz o menor sentido. Como seria possível eles serem a favor
do desarmamento?"
Para saber se tal influência está ocorrendo em outras comunidades dominadas
pelo tráfico, foi realizada uma pesquisa informal, entrevistando cerca de 530
moradores em diversas favelas: 2 por cento disse que votaria "Não", 12 por cento
"Sim" e o restante, 86 por cento, não soube ou não quis opinar, provavelmente
respeitando a "lei do silêncio" que impera nestes locais.