Postado originalmente por
Walter da Camper
Jorgão, veja a quem pertence o site ALUAUTO
“O Aluauto é uma publicação eletrônica trimestral, realizada pela ABAL (Associação Brasileira do Alumínio) para informar e esclarecer a indústria automotiva sobre vantagens, procedimentos e inovações tecnológicas da aplicação do alumínio na montagem e na fabricação de carros.”
Será que a Associação Brasileira do Alumínio é uma entidade imparcial para analisar tecnicamente as vantagens do uso de seu produto na industria automotiva.
Sinceramente, numa época dominada pelo marketing, em que montadores jamais vão divulgar estatística real de defeito de seus carros, a única fonte confiável de informações é a experiência empírica dos donos dos carros e nesse ponto esse fórum é uma ferramenta muito valiosa. Outra fonte que ajuda a formar opinião é conversar com donos de oficinas independentes, não vinculadas a qualquer montadora, onde se pode obter uma real visão do que anda acontecendo, ainda que essa visão seja imprecisa e subjetiva, mas, ainda assim é obviamente mais confiável do que os fabricantes.
Se você é do ramo de táxi, deve saber muito bem que quando um carro tem fama de ser problemático, isso geralmente reflete a realidade. Mesmo nos anos 90, não me lembro de ter visto muitos Tempra na praça.
Por isso, não se trata de simples teoria da conspiração. Os relatos de donos de carros têm mostrado que diesel e cabeçote de alumínio resultam em fragilidade.
Ironicamente, os motores fabricados com a tecnologia do século passado parecem ser bem mais confiáveis do que os atuais.
O conceito de “ultrapassado” não significa necessariamente pior.
Veja o exemplo do que está acontecendo com o setor de transporte. Um caminhão 2011 é ultrapassado em relação aos 2012 que incorporaram novas soluções tecnológicas visando menores emissões.
Se tem alguém que entende de diesel é o setor de transportes, então porque as transportadoras anteciparam a renovação da parcela de suas frotas, correndo para comprar caminhões 2011 e fazendo as vendas de 2012 despencarem a ponto de criar uma crise nas fábricas.
Concordo que uma das causas pode ser a falta de S-50, mas quando falamos em melhor e pior, temos que levar em conta todos os fatores do mundo real em que a máquina vai trabalhar. Num mundo de combustíveis de qualidade duvidosa, o ultrapassado acaba sendo melhor que o tecnologicamente avançado.
Com base nas informações desse fórum escolhi o motor Toyota 14B para adaptar minha Camper. Encontrei-o no chão de uma oficina e decidi a compra apenas olhando seu aspecto externo e o estado de conservação da Band capotada de onde ele foi retirado. Eu não faria essa mesma aposta se fosse um motor mais moderno e tecnologicamente avançado.
Minha intenção ao criar esse tópico não é fazer apologia à velharia.
Sei que sou preconceituoso e não gosto disso.
Gostaria de ver informações concretas capazes de me fazer mudar de opinião e confiar na resistência das caminhonetes modernas, as quais acho lindas, porém me parecem cada vez mais descartáveis. E as fábricas parecem apostar na falta de senso crítico de seus clientes, pois a semelhança com os carros populares está estampada até no formato de suas grades e faróis.
Mas enquanto não encontrar fatos que mudem essa percepção, prefiro continuar “fabricando” meus próprios carros utilizando tecnologia ultrapassada. E pelo jeito eu não sou o único "maluco" a pensar assim.
Abraços, e peçam ao garçom para trazer outra rodada de cerveja que o papo ainda vai longe...