Postado originalmente por
hugorangel
Viajar é preciso...
Professor Marcelo.
Antes de mais nada, tire uma dúvida: você é professor de matemática? A pergunta é porque só tinha ouvido um “SE, somente SE” como forma de exprimir uma condição, vindo de um professor de matemática...
Bem, depois de ler todo o seu tópico, seu blog, ver muitas fotos de amigos foristas que interagiram com você aqui no tópico, e reviver muito da minha própria expedição a Ushuaia, tomo a liberdade de fazer algumas considerações que considero válidas/úteis:
1- Seguro Carta Verde – vale a dica do Mestre Ramalho para economizar uma boa grana, especialmente porque você pretende sair por Foz do Iguaçu. Pegue a dica com ele e faça o seguro lá.
2- Independentemente de você ir de Ranger ou de Niva, não considere se utilizar de velocidades elevadas, acima de110 km/h, nas grandes retas da patagônia pra ganhar tempo. Os fortes ventos quase sempre tornam essa opção impraticável, além de muito insegura. Seu planejamento com deslocamento em velocidades mais moderadas está corretíssimo.
3- As despesas com refeições realmente podem ser muito baixas ao longo da viagem. Fizemos algumas poucas extravagâncias ao longo do nosso roteiro, mas poderíamos tranquilamente passar sem elas. Uma dica, pra quem gosta como eu, é comer muita empanada, quase sempre muito barata e de boa/ótima qualidade em todo território argentino. Para você ter uma idéia, em Puerto Madryn comemos uma dúzia delas, eu e meu irmão, pagando 12 pesos, equivalentes a R$ 6,00 na época que passamos por lá. Fo um dos almoços mais baratos da viagem.
4- Os custos, de maneira geral, ficam bastante mais altos na época em que você pretende ir, em relação à época em que fui: janeiro é alta temporada, e lá, como aqui, os preços sobem. O grupo dos Kataya que foi no final de dezembro constatou isso.
5- Pitacos sobre o roteiro:
- como disse o Ricardo no post anterior, você não pode deixar Torres del Paine fora do seu roteiro. É o lugar mais bonito da viagem na minha opinião. Pense em acampar uma noite dentro do parque, até porque, não creio que haja um lugar adequado em Cerro Castillo, conforme previsto na sua planilha. Parei lá para almoçar, mas não vi nem camping nem pousada.
- entre El Chaltén e Cochrane, pense num pernoite em Gobernador Gregores, mesmo que isso aumente um pouquinho o percurso. Vale a pena. O lugar tem recursos, diferente de Bajo Caracoles, que não tem nada e, pelo relato do NO – CT Santos, os caras cobram quanto querem no pouco que tem. O lugarejo é muito precário, no meio do deserto da patagônia.
6- Como mencionou o José Leite Neto em um dos seus posts, o Mestre Ramalho tem um manual de sobrevivência que serve para qualquer um, viajante ou não. Vale uma leitura. Peça a ele que ele terá enorme prazer de lhe enviar (ele é sempre solícito).
No mais, desejo muita sorte na jornada. Como já disse outras vezes, independentemente da viatura, é uma viagem pra nunca mais esquecer.Um abraço.
Hugo.