Postado originalmente por
Edintruder
Robmotta, quando questionasses sobre esses valores, creio que estavas pensando em aumentar a pressão da turbina. Correto? Nesse motor eu não recomendaria o aumento de pressão por si só sem melhorar outras coisas, pois é justamente esse ponto que detona nas HPE e começam a dar dores de cabeça. Para fazer essa alteração de pressão é somente pela alteração dos parâmetros no chip, o famoso repotenciamento. Um motor mais moderno aguenta bem, mas o 4D56 não aguenta muito, dessa forma tens que pesar o desempenho x durabilidade. Esse motor até 100cvs dura tranquilamente além dos 300.000km, porém no ajuste de 121cv se não for muito bem tratado, dificilmente vai além dos 200.000km. Não que seja um motor ruim, de forma alguma, mas é um motor subdimensionado para trabalhar com a pressão mais a compressão original. O bronzinamento sofre bastante com a pressão exercida pela taxa de compressão original e mais a pressão extra da turbina, sem dizer que o radiador deveria ser maior para garantir uma eficiência maior também da troca térmica.
Nesse ponto de bronzinamento, a impressão que eu tenho que se trata de um projeto de motor a gasolina, e não de um motor diesel.
Esse detalhe do arrefecimento temos muitos exemplos, como Hilux 3.0 de 96, 97 e 98 com radiador pequeno substituído por um maior a partir de 99. Outro exemplo foi o motor Detroit das Dakota davam problema de aquecimento e nas Cherokee duravam uma eternidade.
Infelizmente a Mit preferiu investir no repotenciamento sem aumentar de fato a capacidade de resfriamento, daí o lubrificante carboniza mais rápido e permite um desgaste mais cedo. Com a temperatura de trabalho mais alta, as juntas também sofrem mais, e pra piorar, dependendo do uso, aparecem trincas no cabeçote e daí lambança começa...
O pessoal que faz o Rally dos Sertões e Mitsubishi Cup, tiram de 180 a 240cvs desse motor, porém mal chegam nos 40.000km... A mesma potência extraída de um HSD 2.5 pouco altera a durabilidade final.
Eu teria uma L200 sem medo e reponciaria também sem medo, porém o kit gelo seria item obrigatório e quem sabe os radiadores de água e de óleo maiores.
Por fim, o maior cuidado com motores turbinados e com cabeçotes de alumínio é NUNCA desligar o motor com ele muito quente. Sempre dá uns minutos na lenta para reduzir a temperatura da turbina e estabilizar a temperatura geral da turbina, coletores e cabeçote, pois com a diferença de dilatação entre o alumínio e o ferro fundido, acaba com as juntas e trincam muito o alumínio. Fica a dica.