Postado originalmente por
Dfpf
Amigos
Foi com muito pesar que voltei a trabalhar hj. Que férias!! Que viagem!!! Muito boa!!! :dance::dance:E devo parte disto a vcs que me deram muitas informações e boas dicas.
Depois que sai de Fortaleza, já satisfeito com o passeio nos Cataventos, fui para Lagoinha pelo asfalto, onde inclusive tive o prazer de almoçar com o Jeff e sua família no Fullxico.
A partir daí, segui viagem quase sem ver o asfalto. Foi só praia, areia e duna. Saí de Lagoinha e fui até Jeri. No início a praia estava bem movimentada e com muitos carros, até porque esse trajeto foi percorrido em um domingo (09 de janeiro). Mas à medida que ia me afastando de Lagoinha, a movimentação foi diminuindo. Fomos com a maré baixando, o que deu tranqüilidade, pois caso ocorresse algum problema, haveria tempo suficiente (espero eu...) para sua solução. Logo na saída passamos pela barra do rio que na maré baixa não apresentava problema. Seguimos por Guarajiru, Flexeiras, Embuaca e Mundaú, onde tínhamos de atravessar a balsa. Na hora que eu vi aquele barquinho tive vontade de dar meia volta e ir pelo asfalto. :pensativo::pensativo: Fora a esposa falando no meu ouvido “Vc vai por seu carro nesta canoa?” Mas como que está na chuva é pra se molhar, lá fomos nós.
Logo após passarmos pela balsa, encontramos um gol bolinha enterrado na areia quase até o farol...:grin::grin:!! Era um cara bem novinho com duas meninas, que com certeza ele levou pra praia de carro pra poder tirar onda na areia. Parei a pickup, peguei a cinta e fui lá ajudar. Custamos pra arrumar um local pra prender a cinta no carro dele. Logo quando arrumamos e eu já ia todo satisfeito puxar o cara apareceu um troller que por estar mais próximo do gol acabou fazendo o serviço. :cry::cry: Minha mulher já estava até posicionada pra filmar o mineirinho rebocando o cearense, mas não deixaram....que pena hehehe:mrgreen::mrgreen:!!
Mas como diz o dito popular, “toda arrogância será castigada”. E a minha não demorou muito. Continuamos passando por Baleia e Tremembé. Logo após Caetano tinha um pedaço com pedras na praia. Resolvi então passar por cima, na areia fofa. A areia estava muito solta, mas dava pra andar sem problemas. Porém em determinado local tinha de subir um morrinho e logo após uma curva pra esquerda. Não fui com embalo suficiente e no meio desta curva o carro parou. :-(:-( Tentei dar ré, mas ele não saiu, e pra frente também não ia. Pronto!! Fud...eu!!:putz::oops: :putz: E já estávamos em um local sem movimento. Mas foi a conta de descer do carro pra avaliar o que eu poderia fazer que apareceu um cearense. Não aquele do gol, mas outro em um bugue. Pra minha salvação era um bugueiro experiente. Em menos de 5 minutos eu já estava livre, e bem mais humilde...hehehe!!! :concordo::concordo:
Seguimos passando por Icaraí de Amontada e depois mais uma balsa. Achei esta mais sinistra que a anterior. E se não bastasse isto, como a maré não estava alta, no meio da travessia a balsa agarrou no fundo do rio. Ai o cara disse pra mim: “Chegamos, é aqui”. Respondi:“Como assim chegamos? A margem é lá na frente ainda?”. Aí ele falou:“Mas a balsa só vai até aqui. Ai o Sr desce com o carro e vai com ele até a margem...”
Faltavam ainda uns 20 metros até a margem. Desci a pé e fiz todo o percurso pra ver se tinha buraco e se o piso era firme. Perguntei ainda se mais alguém tinha passado por lá no dia. A resposta não foi animadora, pois eu era o primeiro do dia. Mas já tava lá mesmo....então fui à luta!! E foi até bem fácil. Ainda bem.
Logo após a balsa entramos em um mangue. E era poça pra todo lado. Marca de carros atolados e pedaços de pau marcando alguns caminhos. Eu só não sabia se essas marcações informavam se era pra passar ou pra não passar. Ai pedi a esposa pra ir na frente andando pra que eu pudesse ver se era fundo e pra ela me falar como era o piso. Depois da primeira poça ela quase pediu o divórcio quando ficou atolada no mangue e quase fica sem os chinelos.:mrgreen::mrgreen: Tive de descer eu mesmo e ver cada poça por onde deveria passar. O cheiro do local é inesquecível...só de escrever eu já sinto o cheiro. Mas correu tudo bem e passamos ilesos pelo mangue (apesar do pedido de divórcio...).
Aí depois deste ponto eu achei que meu dia já estava bem animado e não precisava correr mais riscos. Passei por Patos e fui pela CE 085 até a entrada para o Prea. E de Prea a Jeri foi bem rápido e fácil. O porre é só aquele tal de estacionamento que agora funciona janeiro inteiro. Mas em Jeri eu andei pra todos os lados e repeti aqueles locais que gostei mais. Muito bom!! :grin::grin:
No dia 13 eu fui de Jeri pra Camocim. Passeio muito bacana, passando pela lagoa de Tatajuba, duna do skibunda, etc. Neste passeio eu contratei um guia, que segundo ele, era filho da D. Delmira Assis, a contadora de história da velha Tatajuba. Eu só não sei se todos os guias são filhos dela..:pensativo::twisted: Mas antes de chegar em Tatajuba, eu parei pra ajudar a desatolar um Civic que também já estava bem enterrado. Quando eu parei já tinha alguns carros parados, mas enquanto não chegou um bugueiro a coisa não se resolveu. Os caras são muito experientes. Em cinco minutos eles fazem o que 20 não fizeram em 1 hora.
Em Camocim ainda fiz o passeio até Barra dos Remédios. Foi legal, mas nem tanto quanto os outros anteriores. E em Camocim se encerraria os passeios pelas praias. Mas não as trilhas!!
De Camocim fui pra Parnaíba e depois pros lençóis. Só que cheguei em Barreirinhas passando por Tutoia e Paulinho Neves. Trilhinha porreta!! Logo após Paulinho Neves eu vi que a coisa não seria fácil. Mas segui adiante pelo track do Murillus e pelos rastros na areia. Só que em determinado momento o track não batia mais com os rastros. Voltei e fui pelo track. Só que mais adiante é que entendi o porque os rastros iam pra outro local. Tinha uma cerca de arame no meio da trilha. Voltei ao início e fiquei esperando passar alguém. Menos de 20 minutos depois veio uma Toyota que ia até metade do caminho. E lá fui eu seguindo o cara. Tava indo até bem quando começou a aparecer os alagados. O cara passava pelas beiradas e mesmo assim a água estava alta. Eu rezava um pai nosso e ia devagarzinho atrás dele. Vencido esta etapa, chegamos em um ponto em que a Toyota não iria mais e tive de fazer um passeio solo!!! E pra minha sorte a trilha que estava encontrou o track do Murillus, o que me deu mais segurança em seguir a viagem. Só que era uma trilha estreita, de areão, com rastros fundos das toyotas que transitam pelo local e que fizeram o meu carro ir raspando o fundo em vários locais. Este trecho era interminável. Mas como sou persistente, seguimos até Barreirinhas, até porque não dava pra voltar de onde eu estava....hehehe!!!:mrgreen::mrgreen:
E valeu a pena, não só pelo passeio/trilha, como também pelos lençóis. O lugar vale qualquer sacrifício. Muito bacana mesmo. E em Barreirinhas eu resolvi aposentar a pickup. Pra esta viagem, acho que ela já deu o que tinha de dar. Nos passeios em lençóis fui sempre nas toyotas e depois no trajeto até São Luis foi só asfalto. Acho que ela merecia este descanso.
Mas ela que não pense que foi o último. Pois gostamos tanto que já estamos querendo programar outra aventura. Vamos ver..
Nunca tinha tirado umas férias tão longas em toda a minha vida (29 dias) e só fui lembrar o porque quando cheguei em casa. Quando cheguei tive dificuldades em abrir a porta de casa. A porta estava até emperrada de tanta conta vencida e a vencer que jogaram debaixo da porta. :mrgreen::mrgreen: Agora é trabalhar pra por as contas em dia, tendo as próximas férias como incentivo!!
Abs a todos e desculpem pelo texto longo....pois “são tantas emoções”!!!:grin::grin: