Motoristas trafegam na faixa de areia
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Veículos, motos, triciclos e quadriciclos disputaram espaço com banhistas ontem (Foto: Silvana Tarelho)
Motoristas insistem em dirigir pela praia, alguns com velocidade e som alto. Banhistas temem acidentes
As várias marcas de pneu deixadas ao longo da areia da praia são os primeiros sinais de irresponsabilidade e desrespeito por parte de alguns motoristas. Proprietários de veículos 4x4, motos, triciclos e quadriciclos utilizam o espaço que deveria ser apenas dos banhistas para trafegar. Alguns dirigem em alta velocidade, colocando em risco a vida de quem deveria ter a segurança garantida nesses locais.
Além do acentuado número de pessoas que foram se recuperar da ressaca do Ano Novo nas praias do Porto das Dunas e Prainha, no litoral leste do Estado, muitos motoristas utilizavam a faixa de praia para escapar de alguns pontos de engarrafamento ou, simplesmente, para o passeio.
Além de trafegarem em local proibido, havia ainda o problema da poluição sonora. Algumas caminhonetes munidas de equipamentos de som de alta potência causavam transtornos pelo volume elevado da música, ignorando quem estava ali para relaxar.
Muitos banhistas ficavam receosos de fazer o percurso até o mar por conta do risco de atropelamento. Os pais tiveram que redobrar os cuidados para evitar que as crianças não ficassem expostas ao perigo.
No Porto das Dunas, empreendimentos particulares colocaram barreiras para evitar que os veículos passem por ali e causem acidentes. A reportagem não viu nenhuma equipe de fiscalização nesses locais.
Mesmo tendo trazido cadeira e guarda-sol, banhista Teresa Pereira, que estava grávida de seis meses, preferiu ficar numas das barracas da Prainha por conta da insegurança de permanecer a faixa de areia. ‘‘A gente não sabe o que eles podem fazer, o jeito é se preservar’’, justifica.
O casal de noivos José Carlos Silva Costa e Leileany Barbosa esperavam o grupo de amigos voltar para poderem ir ao mar, pois temiam que os veículos passassem por cima dos objetos na areia. Ela relata que alguns agem como se a praia fosse um território de tráfego livre.
‘‘A gente tem que ficar olhando sempre, muitos passam muito rápido. Eles chegam ao ponto de mandar a gente sair da frente, como se a gente estivesse errado de estar ali. São muito folgados’’, reclama.
Por conta do recesso de fim de ano e da posse dos prefeitos, não foi possível falar com a Prefeitura de Aquiraz, responsável pelo tráfego nessas áreas.
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