Pessoal,
Sou aficionado pelo Jeep Willys por ter tido a felicidade de curtir todo este estilo de vida com meu pai desde o meu nascimento. Meu pai é sócio fundador do Jeep Clube Joinville, o qual foi fundado no dia 17 de janeiro de 1987, isto mesmo, há 26 anos. Durante este período fizemos muitas trilhas, passeios, viagens e alguns raids juntos. Estes não foram muitos pois quando ele era assíduo dos raids eu era muito novo e quando estava com idade para curtir iniciaram as Copas Raids na nossa região “estragando a brincadeira”, tanto é que o raid está extinto em Santa Catarina. Porém esta é uma longa discussão a qual não faz parte do escopo do tópico, gostaria apenas fazer um breve relato da origem da paixão pelos eternos e indestrutíveis JEEPS WILLYS!

Foto registro do primeiro evento do Jeep Clube Joinville/SC – 1987

Eu e meu pai em uma das primeiras trilhas do Jeep Clube Joinville/SC – 1987
Segue especificação atual do meu Jeep Willys:
CHASSIS:
Jeep Willys CJ-3A alongado 50mm na dianteira e 250mm na traseira
CARROCERIA:
Jeep Willys CJ-3A/MB 1942 de fibra
CAPOTA:
Bestop Tiger Top
MOTOR:
Ford 302 V8 5.0L com comando 276/286, corrente de comando dupla, bomba de óleo high volume, distribuidor eletrônico com bobina acoplada Procomp 50.000V, cabos de vela Ford Racing 10.2mm, carburador bijet Motorcraft. Volante do motor, kit de embreagem e motor de arranque da F-1000 4.9i
TRANSMISSÃO:
Caixa: Mazda M5R2 da F-1000 4.9i 5 marchas com overdrive
T-case: Dana T18
EIXOS:
Dianteiro: Dana 44 do Jeep Willys, 8:43, munhão aberto com 7o de inclinação, pontas de eixo 4340, cubos estriados, rodas livre AVM 418, mangas de eixo híbridas
Traseiro: Dana 44 do Jeep Willys, 8:43, flutuante com pontas de eixo 4340
SUSPENSÃO:
Dianteira: Feixe de molas da Toyota Bandeirante, sapatas com furo deslocado 1”, jumelos revolver, amortecedores Procomp ES 9000
Traseira: Feixe de molas da Toyota Bandeirante Pick-up, feixes com pino centro deslocados em 6”, sapatas com furo deslocado 1”, jumelos revolver, amortecedores Procomp ES 9000
FREIOS:
Dianteiro: Disco sólido com pinças de Kombi
Traseiro: Disco sólido com pinças de Kadett
Servo freio e cilindro mestre da F-1000
DIREÇÃO:
Hidráulica da F-1000 acima de 1996, sistema completo, caixa, bomba, reservatório
Barra e terminais do MB 608 com high-steer
GUINCHO:
Dianteiro: Mecânico Hamsey
Traseiro: Mecânico Biseli
Tomada de força: Hamsey com saída dupla
PNEUS:
TSL Super Swamper 35x15,5R15, rodas R15x10
GAIOLA:
Tubo mecânico Ø48mmx3mm fixa no chassis
ACESSÓRIOS:
Hi-lift, conta-giros, módulo corta giro, tanque de combustível inox 60L, manopla direção, pontos de ancoragem
PROXIMOS PASSOS:
Pneus recapados modelo MAX 37x13,5R17
Bloqueio 100% eixo dianteiro - Macrotorque
Bloqueio 100% traseiro - a definir
Amortecedor de direção
Chapa de proteção para a transmissão
Eternamente em mutação...
Porém antes de postar fotos do resultado vou fazer um breve relato de como tudo começou e suas fases...
Espero que gostem, boa leitura!
Tudo começou em agosto de 2000 quando literalmente raspei a poupança que tinha oriundo de presentes, pois até então não trabalhava, para comprar o meu Jeep Willys em São Bento do Sul/SC, cidade próxima a Joinville.
Tratava-se de um Jeep Willys CJ-3A 1951, ou melhor, um casco de jeep, pois era basicamente um chassis sobre eixos DANA 30 e DANA 44 com uma carroceria a qual tinha mais massa plástica que lata... mas esta era a ideia visto que o projeto era construir um jeep modificado para trilhas montado na garagem de casa!

Garagem de São Bento do Sul, dia da compra, agosto de 2000

Garagem de São Bento do Sul, dia da compra, 05/08/2000
Durante alguns anos o Jeep ficou guardado pois estava fazendo faculdade de engenharia mecância e como não tinha “PAItrocínio” o que me restava era desmontar o pouco que estava montado e começar a raspar tudo na mão e aplicar tinta fundo para que quando eu começasse meu estágio pudesse iniciar o projeto.
Na foto é possível visualizar os outros jeeps do meu pai, um CJ-3A 1951 (bege) o qual estava sendo restaurado e embaixo dos panos um CJ-3B 1954 (verde) com capota de aço, ambos originais, já a garagem não é muito diferente da qual o jeep estava em são Bento do Sul...

A ideia inicial era utilizar a mecânica que mais adaptavam na época, um motor AP 1.8 aspirado com caixa de F-1000. O motor ganhei de formatura dos meus pais e quando estava para ser instalado, cometi um grande erro... aceitei o convite de manobrar um um jeep que recentemente havia sido instalado um motor Ford 302 V8 na oficina a qual o meu jeep estava. Aí pronto, o motor AP foi dado como parte de pagamento da mão de obra para montar o jeep.
Iniciava a busca por um motor Ford 302 V8 5.0L. Pergunta daqui, se informa dali e, gentilmente o motor abaixo foi vendido por um amigo o qual sou muito grato, pois além de ter vendido por um valor simbólico foi um cara que na minha juventude meu deu uma coleção de revistas JP Magazine e Four-Wheeler Magazine as quais me inspiravam a cada foleada.

Foto do motor no dia da compra, setembro de 2006

Chassis já com os suportes do motor V8 para ser dado o último fundo antes da pintura, fevereiro de 2007

Foto registrada em maio de 2007 quando o motor havia sido acabado de montar pronto para ser pintado.

Primeira volta, 12 de agosto de 2007, sem elétrica, sem banco, tanque de combustível era um galão e depois de algumas puxadas quebrei a cruzeta pelo fato de não ter instalada, mesmo tendo conhecimento mas a vontade era tanta de andar, a barra para eliminar o axle-wrap. Como o estado da carroceria era ruim acabei comprando de fibra mantendo os para lamas e capô de lata.
Contudo o projeto continuava tendo como desafio de custo pois com o salário de estagiário não tinha como pensar longe. Para encurtar a conversa...