Felipe, não se preocupe com o momento da desmontagem das rodas, pois mesmo com o balanceamento tradicional (com pesos de chumbo), você teria de mandar rebalancear, pois os pesos são colocados de acordo com as imperfeições do pneu, roda e EIXO! Por isso é que se deve balancear carros com eixo rígido, através de máquinas específicas (que já está difícil de achar, pois os veículos modernos tem suspensão independentes) que fazem o balanceamento com a roda no lugar.
A rigor, para nossos veículos utilitários, seria correto que a cada retirada da roda do eixo, se fizesse um rebalanceamento, mas isso quase ninguém faz.
Nesse aspécto o balanceamento dinâmico não tem paralelos, e é por isso que é preferido por empresas de transporte.
Carros de carga, utilitários, Jeeps, caminhonetes, e outros veículos que abusam dos eixos rígidos, não terão companheiro melhor para manter o balanceamento do conjunto em dia.
Não importa o trabalho que dê. Vocês estarão mais bem servidos com qualquer sistema de balanceamento dinâmido do que com o que se faz normalmente, para carros de passeio.
Algumas empresas nem dão garantia p/ balanceamento de pneus grandes ou recapados/reformados, pois sabem que a eficácia desse método é limitada.
E para quem entende de balanceamento, sabe muito bem que ao se tirar um "pneu" do eixo, o mínimo que se pode fazer, para minimizar os problemas de balanceamento, é marcar com giz a posição do eixo em relação a roda, e desta em relação ao pneu, para tentar montá-los com o mínimo de defasagem. E ao chegar ao destino, procurar refazer o balanceamento.
Aliás, falando em balanceamento tradicional, temos de falar em vetores e forças resultantes. Basta entender um pouquinho de física p/ perceber que o balanceamento tradicional não contempla toda a estrutura do conjunto (roda/pneu), mas apenas seu lado externo, ou interno, conforme a instalação. Este é um método de balanceamento arcaico e simplista, desenvolvido p/ pneus e rodas estreitos.
Quanto mais estreito for o seu conjunto (pneu/roda) melhor será o resultado do balanceamento tradicional. O INVERSO também é verdadeiro!
Ao colocarmos chumbo numa das faces da roda, só estamos "estabilisando" um dos extremos do conjunto. Se este conjunto for muito largo, o outro extremo não "sentirá" os efeitos da colocação dos chumbos, pois não estaremos respeitando os vetores das forças que deveriam se anular. Quanto mais defasados estiverem esses vetores, maior será a ineficácia do balanceamento. Vocês devem estar se perguntando: então teríamos de colocar chumbo do lado de dentro e do lado de fora de uma mesma roda? Caso fizessem isso estariam se aproximando do balanceamento correto, contudo, isso não é feito por nenhuma empresa, até porque o valor dos pesos p/ dentro e p/ fora, seriam ligeiramente diferentes, de acordo com a distribuição de maça do pneu e do aço da roda.
É por isso que o balanceamento dinâmico (seja ele qual for) é o que de melhor existe em matéria de balanceamento primário (veicular).
Cuidado ao passar cola, graxa, cilicone, ou outro produto destinado a vedar vazamentos de ar entre roda e pneu, pois se esses produtos ficarem expostos ao interior da roda, e em contato direto com o "balanceador" vocês terão uma senhora dor de cabeça, pois este último se depositará nessas regiões e vocês terão um verdadeiro cabrito p/ domar. Nada que uma desmontagem e uma limpesa acurada, não resolvam.
Abraço a todos.
Boa sorte, Felipe.