Achei um pouco "escondida". Mas é melhor que nada... Ou seja, melhor do que estava nas 2013...
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Uma dúvida, quando se engata a reduzida ela bloqueia automático as 4 rodas ou a s10 não bloqueia?
Não!!!!!
Justamente por não ter o diferencial central não há a compensação entre a rotação das rodas (Desculpe a explicação simplista, mas não entendo de mecanica).
Se esterçar normalmente vai quebrar!!!!!!
Repare que quando vc esterça muito com a tração ligada fica mais dificil de virar, há uma resistência.
As que tem bloqueio é que podem esterçar normalmente....
Caramba ! Agora fiquei com a pulga atrás da orelha.
O que significa "não poder esterçar normalmente"? Não devo virar até o batente? Na alta ou na reduzida?
Inclusive já fiz uma besteira, liguei o 4x4 alto no asfalto, ao tentar fazer uma curva manobrando o carro quase parou, ai desliguei o 4x4, tenho medo de ter prejudicado algo, mas aparentemente tá tudo OK.
No fundo o manual não avisa que não pode usar 4x4 em asfalto, apenas fala que é "recomendado" pra baixa aderencia.
Grato por qualquer dica, sou novato em 4x4
LT CD diesel
Eu sou meio burro com esta questão do bloqueio, até tentaram me explicar aqui, mas ainda fico com duvidas.Citação:
JoãoClaudio, não entendi pq "as que tem bloqueio é que podem esterçar normalmente".
Será que vc não quis dizer "as que tem diferencial central é que podem esterçar normalmente"???
Estou só perguntando pq realmente não entendo!
Abc!!
O que eu sei é o seguinte:
A S10 não tem diferencial central ok!
Então nem no 4x4 Hi, nem na reduzida, vc pode esterçar o volante todo e andar, pq isso força o sistema e pode quebrar alguns componentes, como a ponta do eixo. Vc percebe uma resistência quando faz isso.
O diferencial central compensaria a diferença de rotação entre as rodas e por isso pode andar em 4x4 permanentemente.
A unica picape que tem isso é a Amarok AT.
A Ranger tem o bloqueio do diferencial traseiro que impede que todo o torque vá para a roda que está sem tração. Ou então que envia todo o torque para a roda que está com mais tração (algo assim).
A S10 tem o LSD no diferencial traseiro, que impede que todo o torque vá para a roda que está sem tração, enviando parte dele para a roda com tração (como o Locker da Palio, só que automatico e nas rodas traseiras).
Achei isso:
http://www.planetaoffroad.com/titulos/p03.gif
Por: Técnica 4x4 - Guia de Condução Fora de Estrada - João Roberto Gaiotto
Destrichando o bloqueio de diferencial O primeiro passo para entender o funcionamento do bloqueio de diferencial é saber o que é e como atua o próprio diferencial. O diferencial é um dispositivo mecânico - aquela 'bola' que fica no meio do eixo - que compensa a diferença de distância percorrida entre as duas rodas de um mesmo eixo durante uma curva, . Em uma curva, a roda externa percorre uma distância maior que a interna. Nesta situação, a diferença entre as distâncias é compensada no diferencial através de um sistema de engrenagens cônicas, as planetárias e satélites.
Sem o trabalho do diferencial a roda interna à curva patinaria tentando percorrer a mesma distância da roda externa ou pior, em pisos com boa aderência, ocorreria a torção ou até mesmo a quebra do eixo.
Bloqueio de diferencial
Imprescindível no uso normal, o diferencial pode ser um problema no uso fora de estrada. Se uma das rodas perde aderência com o solo ficando suspensa ou encalhada em um atoleiro, o diferencial 'entenderá' que esta roda pode estar do lado de fora de uma curva e enviará mais torque para ela que oferece menor resistência. Com isto, deixará a outra roda, que ainda tem condições de tração, praticamente sem nenhum torque, paralisando o veículo. Nestas condições, o bloqueio de diferencial entra em ação. Composto de um sistema de engrenagens que iguala e direciona a força proveniente do eixo cardã para os dois semi-eixos, oferecendo deste modo torque equivalente para as duas rodas.
Como funciona
http://www.planetaoffroad.com/fotos/block_dif02.jpgO bloqueio de diferencial funciona exatamente para fechar, ou seja, anular o funcionamento do diferencial, equalizando o torque para ambos os semi-eixos e possibilitando que a roda que está em contato com o solo também possa girar e mover o veículo. Conforme descrito acima, o diferencial é utilizado para auxiliar o veículo a realizar uma curva, sendo assim é importante deixar claro que o blocante de diferencial nunca deva ser usado em terrenos de aderência plena, como no asfalto, concreto e estradas de terra em boas condições. Com o diferencial bloqueado as rodas não terão mais a compensação para fazer curvas, com isto a roda do lado de dentro irá derrapar dificultando a manobra e até causando danos aos componentes da transmissão. Neste caso a tendência do veículo é seguir em linha reta e quando em velocidade de cruzeiro, em uma estrada com aderência plena, você poderá correr sérios riscos de um acidente.
Tipos de bloqueio
O mercado oferece alguns kits de sistemas blocantes, com acionamento pneumático ou mecânico. Estes kits podem ser instalados no diferencial traseiro, o que é mais comum, ou até mesmo no dianteiro, porém oblocante na dianteira torna ainda mais difícil a realização de manobras e curvas, porque o controle do volante fica muito pesado.
http://www.planetaoffroad.com/fotos/block_dif03.jpgÉ possível encontrar modelos de blocantes como o importado ARB Air Locker, que funciona através de uma bomba pneumática e é acionado de dentro da cabine. Sua maior vantagem é que, quando desligado, funciona como diferencial normal. Seu acionamento, feito de dentro do carro, através de ar comprimido, desloca o acoplamento e estabele uma ligação entre a caixa das satélites e uma das planetárias, anulando o funcionamento do diferencial
Outro tipo de bloqueio é o Detroit Locker, cujo funcionamento se baseia em desengatar automáticamente o semi-eixo que estiver girando mais rápido que a coroa. Este modelo mantém o diferencial sempre bloqueado. Em uma curva, em piso com aderência plena, o sistema desacopla a roda externa transmitindo o torque para a roda interna. Pode-se ouvir um 'claque' vindo do diferencial, o que é normal.
Por último existe o diferencial de deslizamento limitado que, quando uma roda patina, bloqueia parcialmente o diferencial, algo em torno de 70%, transmitindo torque para a outra roda. Pode ser encontrado nas picapes Ranger 4x2, F-100, F-1000 e em alguns modelos importados. O uso constante provoca um desgaste acelerado e a porcentagem de bloqueio tende a diminuir. Com o tempo, o bloqueio perde sua função e pode quebrar dentro da caixa do diferencial provocando prejuízos maiores.
Quando utilizar o bloqueio
Em outros países o uso do blocante é visto como "ecologicamente correto". Apesar de soar estranho, no fundo é bem verdade, já que evita que pneus derrapem e possam cavar mais fundo ainda as trilhas deixadas pelo caminho que, com as chuvas, transforma-se numa erosão. http://www.planetaoffroad.com/fotos/block_dif04.jpgA Mitsubishi, por exemplo, vende, no mercado externo, a Pajero com blocante no diferencial traseiro.
O bloqueio deve ser usado sempre que enfrentar trechos fora de estrada com lama, areia ou pedras, que ofereçam um mínimo de deslizamento e atrito. Seu uso é fundamental quando uma das rodas perde o contato com o solo ou, em atoleiros, quando uma roda patina sem transmitir tração ao solo.
Procurem no forum pq tb há varios tópicos sobre o assunto....
Na S10 não pode esterçar tudo e fazer curvas com o 4x4 ligado, senão quebra.
Muito grato.
Andei procurando + informação, mas não achei muita coisa.
Acho que o manual devia ser mais claro.
Pior que já tentei esterçar tudo manobrando em garagem com o raio minimo. Mas foi em velocidade muito baixa. O carro travou como se estivesse freiado e ai eu forcei um pouco e depois desliguei o 4X4.
Pra testar se tinha quebrado algo, botei 4x4 ao voltar do trabalho durante uns 300 m e não estranhei nada.
Vou por de novo pra testar, devagar e sem fazer curva.
Grande abraço
Eduardo
Edição 184 - Artigo
• Tração 4x4: Sabendo cuidar não vai quebrar!
Chamam-se 4x4 os veículos de 4 rodas cujo sistema de transmissão distribui o torque gerado pelo motor para todas as rodas. Seu principal objetivo é o de aumentar a capacidade de tração do veículo, quando trafega em pisos de baixa aderência.
Mas ao contrário do que muita gente pensa esse recurso não é nenhuma novidade. Na década de 30, a Volkswagen já utilizava em veículos militares leves, como o Schwinnwagen e o Kommanderwagen. Além do mais, utilitários e caminhões de uso militar, de todas as marcas, fazem uso da tração complementar a muito tempo.
Em relação aos automóveis de passeio, a montadora britânica Jensen ofereceu em 1966 um sistema de tração nas 4 rodas, mas era muito caro e abandonado. Em 1974 foi a vez da Subaru. Porém, no início dos anos 80, a Audi revolucionou o mercado introduzindo uma tração nas 4 rodas permanente com diferencial central no Audi Quattro. No Brasil, a Willys Overland forneceu, no início dos anos 60, o sistema de tração 4x4, como equipamento de série, para a família Jeep e opcional para a família Rural e Pick-Up.
Vale a pena ser comentado que, até a chegada do Audi Quattro, considerava-se a tração 4x4 tão desnecessária quanto prejudicial a um veículo, projetado para rodar no asfalto. Afinal de contas, os sistemas disponíveis eram caros, pesados e pouco eficientes.
O princípio de funcionamento do sistema é relativamente simples: um conjunto de transmissão, constituído basicamente por uma caixa de mudanças (manual ou automática), uma caixa de transferência (dotada ou não de uma redução extra), eixos, diferenciais e acoplamentos distribui o torque, gerado pelo motor, para todas as rodas do veículo.
No que se refere aos tipos disponíveis podemos, para simplificar, resumir os sistemas em dois grandes grupos:
Selecionáveis: em condições normais de condução, o veículo roda com tração em apenas duas rodas (dianteiras ou traseiras). Neste caso, é comum a presença de um dispositivo de "roda livre" (acionamento automático ou manual), que poupa os componentes da tração adicional quando a mesma não está sendo utilizada. No momento em que necessita de maior capacidade de tração, o condutor aciona o sistema por meio de um botão ou alavanca. Devido a uma diferença de rotação, que ocorre entre as rodas dianteiras e traseiras, durante a execução de curvas ou manobras, a tração adicional deve ser utilizada apenas em pisos de baixa aderência e com velocidade limitada. Essa diferença de velocidade cria esforços internos no sistema, que podem vir a prejudicá-lo seriamente, caso as condições de utilização previstas pelo fabricante não sejam respeitadas. Alguns dispositivos mais recentes incluem um diferencial central (entre eixos), incorporado ou não à caixa de transferência, que equaliza as velocidades, ampliando a versatilidade do recurso;
Integrais: a tração adicional se encontra permanentemente acionada. Nesse caso torna-se obrigatória a presença do diferencial central, permitindo que o veículo possa ser utilizado, com absoluta segurança, em velocidades mais elevadas, assim como, em pisos de alta aderência. No entanto, caso necessário, existe a possibilidade de se bloquear a ação do diferencial central, garantindo uma distribuição uniforme de torque entre os eixos, quando uma roda apresenta grande diferença de aderência, imobilizando o veículo.
Atualmente o mercado disponibiliza uma série de variações, batizadas com diversos nomes. Como exemplo, podemos citar:
PART-TIME 4WD
Sistema selecionável que não possui diferencial central. Exemplos de aplicação: família Toyota Bandeirante, Nissan Pathfinder, família Willys, JPX, Suzuki Samurai, Nissan Frontier e Mitsubishi L-200.
FULL-TIME 4WD
Sistema integral. Exemplos de aplicação: Land Rover, Niva, Subaru e Audi "Quattro".
ACTIVE TRAC
Sistema de tração integral desenvolvido pela Mitsubishi, utilizado nos modelos Pajero. O equipamento permite o acionamento da tração total em velocidades de até 80 km/h.
COMMAND TRAC
Um dos vários sistemas de tração total desenvolvido pela Chrysler para a família Jeep. Trata-se de um part-time 4WD como o citado anteriormente.
CONTROL TRAC
Tração integral utilizada nos modelos Ford como, por exemplo, o Explorer. O sistema conta com vários dispositivos eletrônicos, que detectam deslizamentos nos diferenciais, equalizando o torque para melhorar a tração. Dispõe ainda de redução extra e opção para rodar em tração 4x2.
QUADRA TRAC
Sistema de tração integral desenvolvido pela Chrysler para a linha Cherokee. Seu sistema de acoplamento viscoso controla o torque para cada um dos diferenciais e permite o tráfego em marchas reduzidas.
INSTA TRAC
Sistema part-time 4WD utilizado pela Chevrolet em alguns modelos fabricados nos Estados Unidos. Dispõe ainda de redução extra.
Os segredos da longevidade
A forma de utilização e a manutenção preventiva são, com certeza, os principais fatores que determinam a vida útil dos sistemas de tração adicional. E, não pode haver sombra de dúvida de que foram projetados e construídos para durar tanto quanto o resto do veículo. No entanto, alguns pontos devem ser enfocados:
Falta de lubrificante nos compartimentos (devido a vazamentos);
Falta graxa nas articulações;
Lubrificante está vencido (nunca foi substituído);
Lubrificante fora das recomendações do fabricante (mais barato);
Falta de intervenções preventivas (ajustes, regulagens, substituição de coifas, vedadores e rolamentos), que evitariam a pane do sistema;
Utilização de peças adaptadas (mais baratas);
Indícios de má utilização do dispositivo ou mesmo do veículo (peças quebradas por trancos ou desgaste muito acentuado), devido a falta de leitura do manual de operação.
Porém, não se pode generalizar. Os verdadeiros "trilheiros", além de saber utilizar os sistemas como ninguém (devoram os manuais de operação), exigem tratamento 5 estrelas para as suas máquinas.