
Postado originalmente por
ramalho-vitoria
Prezados parceiros,
Agora, já em casa, vamos esclarecer mais alguns pontos com relação aos problemas enfrentados com a Nissan. Para explicar seria necessário um papo em torno de uma mesa com muita cerveja. Mas vamos tentar resumir ...
O que estava diferente no veículo era o Remapeamento do Chip, o uso do aditivo Teccom no óleo combustível e um filtro de ar secundário que foi colocado em Salta na Argentina quando da troca do óleo.
Com relação ao remapeamento, não acredito, pelos seguintes pontos:
- Antes da viagem eu já tinha feito pequenas viagens tipo Vitória - Arraial do Cabo - Vitória, bem como viagens pelos arredores por aqui, em condição off-road e a Nissan se comportava muito bem, com reserva de potência inclusive.
- O Henrique Caldas (oficina) eu já conheço a mais de 5 anos e na época que não existia carro flex, eu tinha uma kombi que era tri-fuel (álcool - gás e gasolina).
- Meu perfil de motorista é muito tranquilo, até pela idade, com mais de 3 milhões de kilometros rodados em 3 continentes, sob as mais diversas condições (deserto, neve, auto estradas, etc).
- Até dar o defeito na cordilheira, a uns 4500 km de Vitória, a Nissan estava fantástica. A subida da Cuesta de Lipan (4072m) e mesmo de Jujuy até Purmamarca (100 km de subida mediana) nem parecia sofrer com a altitude.
- Em momento algum houve sobre-esforço. Os instrumentos não registraram aumento de temperatura.
- Quando deu o problema o carro estava a mais de 4700 metros de altura e perdeu potência de uma vez, apresentando uma fumaça negra como eu nunca ví.
Com relação ao uso do Teccom também não acredito pois, da mesma forma, já vinha usando a uns 2 meses antes da viagem e notava também um rendimento muito bom, nenhuma fumaça preta, e até uma pequena economia com relação ao consumo.
O diesel na Argentina até por ser superior, o consumo estava em torno de 12 a 13 km por litro na estrada, andando acima de 110 km por hora (isso é normal por lá em função da qualidade das estradas) e sem sentir a altitude.
Finalmente com relação ao filtro secundário, que fica após o filtro principal, no Brasil eu nunca usei. Na Argentina, até por ter muitas estradas de rípio, eles usam. O que poderia ocasionar uma menor entrada de ar na altitude ( o ar faz falta mesmo), mas não sei se seria uma agravante.
Resumindo: O problema que deu foi um dos pistões ter fundido em sua cabeça. Com isso suas 3 válvulas também foram para o espaço. Um outro teve uma pequena avaria mas nada que impedisse o funcionamento e os outros dois foram trocados pois os mecânicos lá são lentos mas muito criteriosos.
Como o motor estava fora, foi trocado também o disco de embreagem pois tinha algum desgaste mas acrediro que não do problema em sí mas de esforços anteriores nas trilhas brabas aqui do estado.
Antes de sair de Jujuy para o Brasil fiz um teste até a cidade de Vulcan na cordilheira para ver as condições do motor. A Nissan subiu por mais 70 km até uns 3000 metros sem problema. O defeito da patinação ocorreu no dia seguinte, na volta, e em descida.
O Arnaldo da Pasola Diesel aqui da Vitória falou que provavelmente não foi dado um pase do platô (coisa usual) e por isso apresentou problema.
Realmente com o transcorrer na viagem a situação foi melhorando e do Rio de Janeiro para cá já estava mais administrável.
Na próxima segunda feira vou dar uma verificada no motor pois está em garantia e trocar ou revisar o problema da embreagem.
Finalizando: Continuo amando meu carro. Ocorreram problemas de toda a natureza com ele e coisas conexas também, mas a cada problema surgiam como por encanto pessoas maravilhosas e situações fantásticas que me fazem estar programando a próxima viagem.
Um abraço a todos e se precisarem de alguma informação sobre os lugares que passei e situações que enfrentei fiquem a vontade.