Olá Renato
Novamente, você tem razão na sua colocação. Basta olhar os vídeos no Youtube relativos à história da Land Rover para vermos que a concepção do Defender não tem objetivo de segurança passiva dos passageiros. A construção em forma de chassis rígido privilegia a sua condução em condições extremas, o que é incompatível com a carroceria deformável dos carros atuais.
Mas, por outro lado, podemos observar que o Defender foge bastante da concepção atual de "obsolescência programável" e também de "obsolescência sensível", ou seja, ele é feito para durar e não sofre aquelas alterações cosméticas de ano para ano, que torna os veículos "velhos" com pouco tempo de uso. Tenho estudado sobre o veículo e visto vídeos de restauração de LR antigos. Ele é como um "lego" que pode ser desmontado e reconstruído sem que perca a sua característica original.
Até para efeito de sustentabilidade, o Defender tem seus méritos, pois ele permanece rodando anos a fio e não necessita ser trocado periodicamente, o que economiza em termos de recursos ambientais. Lógico que o consumo de combustível e emissão de poluentes não entram nesta conta, mas a economia de componentes é fator relevante.
A forma de condução de um Defender também deve ser levado em conta, pois é impossível a sua condução nas mesmas condições que podemos fazer com um veículo "moderno". Ele tem suas limitações de tamanho, altura, velocidade, etc. Assim, de uma forma ou de outra, a segurança ativa minimiza um pouco a falta da segurança passiva.
Outros modelos LR foram concebidos, possivelmente, visando o melhor de cada situação, mantendo a robustez e aumentando o conforto e segurança, mas para alguns (eu me incluo nesta), o sistema antigo e defasado é mais atraente, justamente por ser antigo e defasado.
Abraços e obrigado por compartilhar suas impressões.