Lanternas vendidas em bazar em Blumenau escondiam remédio contra impotência
A estimativa é de que entre 75 mil e 125 mil pílulas tenham sido comercializadas por engano
Lanternas vendidas no bazar promovido no final de semana pelo Hospital Santo Antônio, em Blumenau, tinham uma surpresa: estavam recheadas de um medicamento parecido com o Viagra. A Receita Estadual e o hospital foram avisados por compradores ainda no sábado. Assim que descoberto o problema, a venda das lanternas foi suspensa.
Estima-se que mais de mil lanternas tenham sido comercializadas. Não se sabe quantas delas escondiam medicamentos contra impotência sexual masculina e nem quantas cartelas estavam em cada lanterna. A estimativa é de que entre 75 mil e 125 mil pílulas tenham sido comercializadas por engano.
De acordo com a assessoria do Hospital Santo Antônio, os comprimidos são azuis, com um dos lados brilhante, contendo um nome genérico do Viagra. A instituição afirma que deve devolver os remédios para a Receita Federal ou incinerá-los.
As lanternas faziam parte de lotes de produtos apreendidos pela Receita Federal e comercializados no bazar do Santo Antônio. A Receita Estadual está auxiliando o hospital na orientação dos compradores.
— Não se sabe a procedência do medicamento ou quanto tempo ele ficou armazenado nas lanternas. Por isso, é importante que ele não seja utilizado, de maneira alguma, pois pode causar problemas de saúde — alerta o auditor fiscal da Receita Estadual Gilson Buckoski Gonçalves, que acredita que os medicamentos sejam provenientes do Paraguai.
"Perdi R$ 1"
O aposentado Lothar Brandl, 56 anos, não perde a chance de comprar produtos baratos sempre que há um bazar na região. Sábado, encarou a fila e foi às compras no bazar do Hospital Santo Antônio. Olhou para a caixa abarrotada de outras caixinhas contendo lanternas e comprou três por R$ 1 cada. Além das lanternas, comprou outros produtos para o lar.
— Quando cheguei em casa resolvi testar tudo que eu comprei. Aí, para minha surpresa, havia cartelas com comprimidos parecidos com Viagra — contou Brandl.
Das três lanternas compradas pelo aposentado, duas continham 60 comprimidos cada uma.
— Pedi para minha mulher destruir tudo. Que absurdo isso. Fiquei muito chateado. Além do mais, a lanterna que não tinha os remédios não estava funcionando. Perdi R$ 1 — disse o aposentado
(desconsiderar o fato de ser do estado de SC, foi apenas uma coincidência).