Pinel - Band Curto '01

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Fala Jorge!

Fiz todos os testes possíveis com os Hella, são uma bosta, não iluminam nada mesmo, é apenas grife. Os meus ainda entravam água, ou seja, nem pra offroad servem... ainda tentei trocá-los junto a Hella (pagando a diferença), cagaram pra mim, lamentável.

Se você não conhece a Chapada dos Veadeiros, vale muito a pena, a região é belíssima, tem programa para 1 mês se quiser. Terra Ronca e Chapada Diamantina eu só passei poucas noites, conheci nem 10% do potencial. Sobre o Jalapão, sinceramente, ainda mais com criança pequena, acho furada. Achei a região de Aurora e a Lagoa da Serra infinitamente mais bela e menos erma! Jalapão para mim, só vale pelo offroad (o que já é muita coisa), mas sem criança pequena.

Abraço.

Marcos, bom dia! Você está certo. Ir para lugar ermo com criança pequena é arriscado. As crianças pequenas são mais sensíveis às mudanças de temperatura, poeira, comida, viagem, etc. A possibilidade de apresentarem um problema de saúde é razoável e se estiver num local ermo, distante de um hospital ou clínica a coisa pode complicar...e muito. É preferível não arriscar. Além disso as crianças muito pequenas pouco aproveitam da viagem (na verdade elas sofrem com a viagem) e sobrecarregam os pais. Crianças com mais idade não precisam tantos cuidados dos pais, exceto vigilância, pois são propensos a fazer traquinagens e se expor a perigos desnecessários. Mesmo assim, sempre que viajo dou uma boa estudada no mapa da região para saber onde posso obter socorro médico de emergência e também socorro para o JIPÃO (guincho ou mecânico). Já fiz (sozinho) viagens de risco quando era moço e inexperiente, mas hoje me dá até arrepio de lembrar. Graças a DEUS nada de grave me aconteceu, mas em algumas situações "a bola bateu no travessão e saiu para escanteio". Bons passeios e boas viagens.

[jorgeffn]

Valeu Marcus!

Estive na Chapada dos Veadeiros em 2014 (tinha o Jimny na época), fiquei uns 10 dias, certamente tem coisa demais pra conhecer ainda.
E Na Chapada Diamantina já foram 2 vezes, inclusive comemoramos o 1 ano da Violeta lá! Mas com ela pequena não rodamos muito por lá.
A ideia do Jalapão já ficou pra trás mesmo. Mas esses lugares que você citou me animaram, até porque não desviariam tanto a rota... já que dá pra ir até Luís Eduardo Magalhães e de lá seguir rumo a Chapada Diamantina.
Mais perto da viagem, se rolar mesmo, te chamo pra trocar umas ideias!

Grande abraço!

[Marcus DT]

Passaram se mais 10.000, vamos as atualizações...

O bom de atualizar esse tópico é que sempre acabo agradecendo pelo que se passou e, principalmente, fazendo planos pros próximos 10.000 kms. Desde que montei o primeiro jogo de aro 15 para teste (Mangels Direcionais + BF Mud 32', ambos comprados usado), sonhava em encontrar um jogo de Mangels Daytona brancos com as listras azus/vermelhas, eis que um dia essas rodas me encontraram. Seria um pecado montá-las com pneus usados, então me desfiz do jogo antigo e comprei pneus novos também.



As rodas dispensam comentários, então vamos aos pneus. Optei pelos Firestone Destination (preço imbatível na Pneustore, entrega rápida, recomendo), pois um amigo já estava utilizando há 40.000 kms em uma Band longa, só alegria. Nesses 10.000 kms com eles estou extremamente satisfeito, performance no asfalto molhado boa para um Mud e, na terra, o bicho é valente. Fui para a Canastra duas vezes, peguei chuva em ambas, quem conhece lá, sabe o sabão que é... perigoso. Os pneus deram show, trechos onde o pessoal tava sofrendo traçado, passei em 4x2 jogando lama pro alto, coisa fina.

Com os "tamancos" novos, brilhando, aproveitei que a roda livre do lado do motorista estava vazando e decidi abrir tudo. Última revisão de munhão/globo tinha sido em JUN2017, há aproximadamente 70.000 kms, já estava passando da hora. O serviço anterior nunca tinha ficado 100%, sempre vazava vez ou outra, era hora de descobrir o por que...



Para variar, tinha cagada, passaram cola no retentor do cubo (!). Sempre vazou um pouco, desta forma, escorria a graxa do munhão (tirava a graxa e cagava a roda). O resultado? Rolamentos não estavam perfeitos. "Já que", troca logo tudo: 8 rolamentos, retentores do cubo, reparos do globo, etc... brincadeira não ficou barata (só de rolamento, quase 800 paus), mas pelo menos sei que ficou zero e bem feito o serviço.

Era hora de testar né, tinha uns dias de férias sobrando do ano passado, bora conhecer a Canastra. Que lugar, aquilo lá é o paraíso do offroad! E com um grande diferencial: as pessoas. Que minas é diferenciado eu já sabia, mas a Canastra então, desde o pessoal do hotel, os guias 4x4, etc todos a quem pedi ajuda - sem cobrar nada em troca - passavam horas me explicando o melhor caminho, melhores picos, etc. Fui extremamente bem recebido, foi uma viagem daquelas que na prática foi melhor que o planejado.



A felicidade que esse jipe me proporciona, ele merece os cuidados que recebe e retribui sempre em dobro! Sei que o tópico é para falar do Pinel e suas manutenções, mas não tem como deixar os rolês de lado... afinal, graças a Deus, ele passa muito mais tempo na estrada do que na oficina, kkk. Fizemos outro passeio nos arredores do GO, passa por uma das especiais do Rally dos Sertões (inclusive em 2020), tem um visual muito legal e as companhias foram as melhores possíveis. Infelizmente poucas semanas após essa viagem um grande amigo nosso sofreu um acidente bastante grave (uma fatalidade) e se encontra internado em estado grave até hoje... tenho fé que irá se recuperar, mas acende aquele sinal amarelo "a vida é uma só, viva".



Além das rodas, havia outra coisa que eu sempre sonhava em colocar no Pinel (único item que faltava para o cofre ficar 100% original): o reservatório original do esguicho Toyota. Após garimpar muito, achei. Parece que uma coisa leva a outra, quanto mais você capricha no jipe, mais ele te retribui e mais melhorias vão acontecendo. Desde que comprei o jipe me incomodava muito o estado das alavancas/coifas do câmbio, eis que outro dia encontro uma coifa da alavanca de redução original Toyota... mão a obra.



(continua)

[Marcus DT]

O estado era deprimente, o último serviço de troca de coifa (do dono anterior) era MUITO porco. Quando comecei a desmontar não dava para largar daquele jeito, preferi tirar tudo fora (inclusive a coifa da alavanca de marcha) e fazer direito. Deu uma trabalheira danada, tira, arranca a manta, thiner para arrancar a cola das peças, pintura, etc mas o resultado compensou. Eu bem que queria deixar tudo "a mostra", mas como no Pinel não basta ser bonito tem que ser funcional (é meu único "carro"), voltei a manta/carpete/borracha que jogo por cima para melhorar o ruído/temperatura/proteger da água.



Já tinha aproximadamente 2 anos que havia feito a troca do líquido do radiador, já estava na hora. Comprei aquele do mais caro (Repsol), feito para "carro de plástico". Quando cheguei na casa do meu brother que sempre me ajuda - e tem uma experiência enorme com jipes - ele já falou "esse aí é botar e furar os selos, só serve se for o líquido doce". Que porra de líquido doce, ahaha? Como com especialista não se discute, voltei e troquei pelo famoso rosa (tipo os Paraflu). Fiz questão de provar... não é que o trem é doce mesmo, kkk. Ele disse que esses novos contém aditivos muito fortes (não são doces, são mais alcalinos/ácido), corrói a porra toda. Até que o líquido que saiu estava zerado...



Aqui cabe um parênteses. O sistema 14b funciona sob pressão e com reservatório de expansão, desta forma, a tampa tem duas válvulas (uma naquela mola e a outra na própria tampa). Logicamente as tampas paralelas (não existem mais originais) só tem a borracha de vedação da mola, a da tampa, não existe. Sem isso o sistema não funciona direito (não "comunica" com o expansor). Então sempre que for trocar a tampa, fabrique a borracha de vedação... Sobre a mistura, o 14b pega 11 litros, porém, só se consegue esgotar em torno de 8/9 litros. Costumo diluir 5L de paraflu concentrado com mais 3/4L de água desmineralizada ("agua para autoclave" em qualquer loja de produtos hospitalares, baratinho).



Outra coisa que sempre me incomodava na Band era ela estar tombada mais para um lado... era hora de fazer alguma coisa. Arrumei um moleiro bom, das antigas, pedi para desmontar, arquear e trocar as molas de um feixe para o outro, de modo a compensar. Só nessa "brincadeira" o carro ganhou uns 2cm de altura (curso), nivelou e ficou bem mais gostoso de andar. Lembram da "gambiarra" feita na viagem ao Tocantins? Pois bem, ficou tão boa que mandei reproduzir do outro lado, que ainda estava com os parafusos originais que teimam em quebrar/perder a rosca. Agora o trem ficou bruto dos dois lados!



Nessa última viagem a Canastra, senti o ar condicionado meio fraquejando, aproveitei e levei num cabra para medir a temperatura... estava em 11 graus. Expliquei que antes ele chegava a incomodar, dava para melhorar... cabra espetou uma máquina da nasa que puxa vácuo, põe óleo, troca o freon, etc e garantiu "se não baixar 5 graus não precisa pagar". Senti firmeza, pulou de 11 para 5 graus, agora tá clima de montanha de novo... 90 reais bem gastos.

E, como não podia ser diferente, vamos ver se ficou bom né? Não sou muito fã de repetir viagem, mas a Canastra tem algo diferente, é enorme, vai além das paisagens... como os queijos já tinham acabado, vamos lá buscar mais que vale a pena. E desta vez não fui sozinho, tive a companhia de mais três amigos, viagem 10.



No aguardo das próximas viagens!

Abs,
Marcus DT

[jorgeffn]

Como sempre muito bom ler suas atualizações!!
A Canastra é fantástica né... conheço pouco de lá ainda...

Uso os Firestone MUD na L200. Não deixa nada a desejar para outros MUD... e acho que tem uma boa durabilidade... os meus já estão com quase 50 mil km rodados.

Abs!!

[Marcus DT]

Mais 10.000 kms pra conta, vamos as atualizações...

Sei que é frescura, mas desde que tinha colocado as rodas brancas (segundo jogo) e feito a revisão dos munhões ainda me incomodava bastante, mesmo que apenas de vez em quando, a porra da roda livre jogar graxa e cagar a roda. Conversando com o mecânico ele foi categórico "do jeito que tu é chato, só colocando uma nova para não vazar nunca mais", kkkk. Como o mecânico me conhece - e eu confio no cabra - não teve jeito.



Ainda consegui vender as antigas para um amigo (outra Band), então deu para amortizar parte do prejuízo. Pelo menos fiquei satisfeito, só suja a roda com lama, poeira e partículas de pastilha de freio!

Face a idade do jipe e o tanto de trepidação, eu relutava em olhar, mas um dia parei para dar atenção: coxim do câmbio. Era previsível que estivesse na hora de trocar - e estava - consegui um da suporte Rei e instalei. Agora tá zerado.



Outro item que eu nunca havia trocado e deu dor de cabeça foi o amortecedor de direção. Apareceu um vazamento na dianteira, óleo fino, cheiro estranho, etc passei algumas semanas olhando e não descobria. Pensei que era freio, depois direção hidráulica e, por fim, coloquei o carro em uma vala e vi o dito cujo vazando. Como era o único dos 5 amortecedores nunca trocado, fiz a troca (sinceramente, não senti absolutamente nenhuma diferença na direção). Agora fechei os 5 cofaps novos.

Há um tempinho vinha notando que o tambor traseiro lado do motorista estava com um "suor" estranho. Empurrei com a barriga algumas semanas, mas estava me incomodando. Levei na loja que sempre faço o freio, cabra não quis nem abrir, pelo cheiro já falou "isso não é óleo de freio". Puts...



Como fiz o eixo traseiro há um tempo atrás (relatado aqui), relutei em acreditar que seria o retentor da ponta de deixo, mas fazer o que? Fiquei chateado, pois teria que abrir a "bola" do diferencial (3L de óleo, junta, etc)... faz parte, bom que já dou um confere no restante.



Felizmente foi necessário apenas o óleo, a junta e a troca do retentor mesmo, ufa. Impressionante como o preço das coisas está absurdo, eu costumava pagar 14 reais no litro do Oleo 90 API GL-5, paguei 36. Nesse meio tempo também acho que estourou um coxim lá do final do escapamento, desisti de ficar colocando aqueles vagabundos e trocando a cada 5.000 kms, agora todo o escapamento está com aquele coxim de pedaço de pneu da caminhão, coisa chique.

Como nem só de oficina vive o homem, vamos a parte menos trabalhosa, digamos assim...

Esse foi um rolezinho no entorno de Brasília, churrasquinho no mato, turma boa demais. Band, GV, Jimny!



Outro rolê top demais que fazia um tempão que eu não ia era pro Sertão das Gerais - MG. Acampa selvagem, do jeito que a gente gosta!



E pra finalizar um paraíso pertinho de casa... só não é perfeito porque a água é geeeeelada. Mas nada que uma turma boa e a marvada não resolva, rs.



Que venham mais 10.000 kms na companhia dos amigos!!!

Abs,
Marcus DT

[fhayashi]

Po Marquinhos, vc por aqui? Show tua Band. Morando em BSB ou voltou para o Rio?

Abs

Passoka

[Marcus DT]

Faaaala Passoka, quanto tempo velho! Como vc tá? Estou em Brasília. E você? Pooo, se passar por essas bandas, dá um toque, saudades de tu!

Mais 10.000 kms, bora atualizar o tópico.

Como nem tudo é fácil, essa ponta de eixo me deu uma dor de cabeça danada até descobrir o que estava causando o vazamento. Abri a primeira vez (como já relatado), troquei os respiros do diferencial e nada de parar de vazar. Decidi abrir de novo, mesmo sem saber o que estava causando o vazamento. Ao retirar a ponta de eixo para conferir novamente a bucha, dessa vez preferi mandar trocar a bucha mesmo estando praticamente nova... infelizmente, veio a surpresa:



Essa bucha tanto para tirar quanto para colocar ela entra BEM justa, não é um serviço fácil. Para tentar facilitar a faina algum "brilhante mecânico" meteu o maçarico para amolecer e deve ter dado nisso aí, fez uma "broca" no semi-eixo. Como nunca tinha feito esse serviço, essa cagada foi feita pelo antigo dono (provavelmente o cabra nem soube da cagada, o filha-da-puta do mecânico deve ter fechado sem avisar).

Fiquei bastante chateado, além do trabalho que me deu para descobrir, ainda tive que ir atrás de uma ponta de eixo nova (não tive coragem de mandar encher essa). Passada a raiva inicial, ponta de eixo nova e bucha nova, serviço ficou 10, parou de vazar.



Também tive um problema com ar condicionado (não abro mão, quase que 99% do tempo ando com ele ligado). Do nada parou de gelar, pensei ser algum vazamento de gás, mas para minha surpresa a embreagem do compressor simplesmente caiu... Band sendo Band, treme tudo e cai, kkkk.



Levei num cabra bão, tinha a peça lá, me cobrou merreca e instalou uma nova (usada). Não foi preciso nem carga de gás, fiquei feliz. Bom quando o problema é fácil de diagnosticar e de resolver. E, de novo, ar gelando!

Fora essas surpresas, foram 10.000 kms tranquilos, final de ano acabei não conseguindo viajar, então foi apenas uso na cidade. Espero que nos próximos 10k consiga ir acampar com mais frequência, já estou com saudades do mato. Único rolezinho foi esse para cidade de pedra:



Que 2022 seja repleto de viagens e realizações em 2 e 4x4 rodas!!

Abs,
Marcus DT

[CAPT GOTTLIEB]

Marcos DT, bom dia!
Este serviço com maçarico na ponta de eixo foi um desastre! Que coisa terrível!!!
Já vi Buggies Gaiolas VW 1600 nos quais as pontas de eixo foram soldadas, enchidas e torneadas e ficaram boas. Embora as Gaiolas sejam muitas vezes usadas de maneira extrema no barro, é um veículo off-road que mal chega a 500 Kg. Os nossos JIPÕES chegam perto de 2 toneladas e não sei se aguentariam este tipo de reparo. Você optou por colocar uma peça nova e realmente ficou mais garantido. Além do mais para fazer um reparo desse tipo numa ponta de eixo o torneiro precisa ser muito competente.
Parabéns pelos reparos.
Boas viagens e passeios.
Abs,

[Marcus DT]

Mais de dois anos sem atualizar e em torno de 30.000 kms se passaram, vamos lá...

O tempo (ou a falta dele) passa rápido demais, mas a viatura segue como um relógio, dando só alegria. O último serviço realizado (troca da ponta de eixo) foi um sucesso, nunca mais incomodou. Jipe bom é assim, você realiza um serviço e ele “corresponde” (não volta o mesmo problema e ainda fica melhor do que antes).

Nesses dois anos que se passaram diversas foram as viagens maravilhosas, voltei ao Sertão das Gerais, a Serra da Canastra, dezenas de idas a Chapada dos Veadeiros, Pirenópolis, etc. várias “escapadas” sempre que dá. E, quando não dá, rodando na cidade a viatura crava sempre 12,5 km/l de média, o que para mim, é excelente. Se o diesel estivesse mais barato que a gasolina, aí seria perfeito.

Sobre as manutenções, além das trocas de óleo do motor, de todos os filtros, rodízio de pneus, lubrificação das graxetas, etc (religiosamente a cada 10.000 kms), realizei também a troca do óleo dos diferenciais, da caixa de redução e da transmissão. Impressionante como o valor subiu, paguei 42 reais no litro do óleo 90 API GL5 (diferenciais). Mais um motivo para evitar alagados (sempre que possível, desvio).

Também dei um apertinho da correia do alternador (nunca tinha feito), realizei a troca de dois terminais de direção da roda (o duplo e o normal, ambos Nakata) e a troca da bateria. Está cada vez mais difícil encontrar peças de reposição de boa qualidade e, das que existem, a impressão que eu tenho é que a cada ano pioram a qualidade (me refiro aos terminais Nakata, extremamente simples, sem graxetas, etc).

Os pneus Firestone Destination (MUD) já estavam meia vida (40.000 kms), um amigo fez uma proposta (50% do valor de um novo, pago em suaves prestações) e eu vendi. Comprei exatamente os mesmos 0km (Pneu Store), eu adoro esses pneus, são excelentes em todas as condições. Nesse meio tempo encerei apenas uma vez e lavei menos do que eu gostaria.

Vou encerrar por aqui (narrei todo o ano de 2023) e iniciar uma nova mensagem, pois o ano de 2024 começou com a mão na massa e diversos cuidados.

[Marcus DT]

O ano de 2024 começou a todo pano, aproveitei dois dias que tive de recesso após o ano novo para realizar algumas manutenções que eu vinha postergando há bastante tempo mas já estava na hora de fazer. Tem horas que precisamos parar e "dar um carinho" a mais na viatura, pois do contrário, se deixar para fazer depois sai mais caro.



Já fazia algum tempo que eu havia aberto os munhões (a época, precisei trocar todos os rolamentos, uma facada que hoje seria ainda maior), então, optei por abrir preventivamente para realizar a troca da graxa e a conferência. Dito e feito, a graxa estava velha (contaminada), porém, os rolamentos todos em ordem. Maravilha, abrir na hora certa faz toda a diferença no bolso, pois só se gasta com graxa e os reparos do globo.



Desde que comprei o jipe que vinha postergando a troca dos calços de carroceria, pois é um serviço que, além de trabalhoso, demanda a presença do mecânico e de um soldador bom junto. Mas já estava passando da hora, alguns calços estavam tão finos que estava quase batendo lata com lata. Consegui reunir o mecânico e um bom soldador, pense num trampo, foi de 8 às 17h direto na oficina. Cansativo!!


Começa levantando a carroceria, pense num perigo (macaco escorregar, madeira cair, etc) e numa mão de obra do caralho


Depois vai colocando calços de madeira para o mecânico poder trabalhar sem risco de ter os dedos esmagados (caso caia)

Comprei os calços da suporte Rei, porcas alto travantes e fomos tirando os antigos (vários precisaram ser cortados no maçarico, a cabeça da porca). Mão de obra hercúlea, vários são de difícil acesso, precisamos até “fabricar” uma chave estriada para alcançar alguns parafusos. E é bom o dono estar perto, se dependesse do soldador ele ia tirar um pedaço do chassi no maçarico para alcançar a porca... é foda (e não estou de brincadeira!!!). Fora o cuidado para “soltar” a carroceria do chassi sem danificar nada, o dono tem que ser o maestro.


Eta Jipe bom, calços todos originais ainda e "apenas" 1 único calço saiu com um pedaço de assoalho junto


Soldamos o assoalho no lugar (daí a necessidade de se ter um bom soldador junto e o dono ao lado para não deixar o cabra botar fogo no Jipe)

Deu um trabalho do caralho para trocar os calços e mais ainda para regular tudo depois. Paralamas, frente, alavanca de redução, caixa de direção, barra de direção... realmente é um trabalho de difícil execução para fazer bem feito. Mas gostei do resultado!


Optei pelos calços de borracha e pouquíssima coisa mais altos que os originais (apenas para melhorar um pouco o conforto)

Fiquei empolgado. A cada melhoria que a gente faz no jipe, aumenta ainda mais a minha vontade de deixar ele ainda melhor. Ferrado, ferrado e meio $$, quando fomos nivelar a caixa de direção observei que havia um vazamento “maior que o normal”. Preferi tirar fora e mandar revisar (uma paulada, 700 reais). Mas, como sempre, depois do serviço feito o Jipe reconhece... a direção voltou a ser uma manteiga, tinha esquecido como é macia quando tudo funciona como deve ser.

O último serviço de lata realizado no Pinel foi em 2017. Após todos esses anos de bons serviços prestados, mesmo eu cuidando ao extremo (lavagem sem produtos, cera de tempos em tempos, etc.), já estava começando a aparecer alguns pontos de desgaste que estavam me incomodando (princípios de ferrugem, cicatrizes de trilha, desgaste em partes pretas do chassi, etc). Como é meu único carro, fico desgostoso de rodar com ele parecendo “cansado”... e carro antigo se não cuidar, acumula tanta coisa que depois não dá para fazer. Era hora de parar no estaleiro mais uma vez.

Consegui combinar com o funileiro para fazer durante as minhas férias (10 dias), deixei uma semana antes e peguei uma semana depois (24 dias de serviço). O resultado superou as expectativas e, novamente, o prazer de ver o jipe quase igual um novo é enorme. Gastei nesses 5 primeiros meses do ano o que eu não gastei nos últimos 3 anos somado... mas, é aquilo, quem ama cuida! Está pronto para mais uns 5 anos de trabalho.



Como sempre “restará muito o que fazer”, o próximo upgrade serão os bancos. Os atuais (que vieram com ele) são de Honda Fit que apesar de excelentes, já estão cansados. Assim que tiver tempo $$, irei trocá-los por outros zerados. E após anos procurando, encontrei uma quinta roda Mangels Daytona original idêntica as 4 que tenho (mesma tala, etc). Jateei, pintei e falta apenas comprar o quinto pneu igual aos que estão no jipe... aí ficará com um estepe a altura.

Também estou precisando realizar a troca do gás do ar condicionado, pois a última vez que fiz o serviço foi em março de 2021. O ar está funcionando normalmente, mas assim como da última vez, quando você faz essa troca do gás a temperatura abaixa consideravelmente (e o ar volta a ficar uma geladeira, uma delícia).

Mais uns 5 anos de trabalho e o jipe ficará como eu quero... faço curtindo, sem pressa e a cada melhoria ele retribui em dobro. E mais ideias surgem!

E algumas dele em seu habitat natural, como diria o ditado "fire a shot in anger" ("combate real").


Lá de cima e lá debaixo (ele lá em cima, camuflado)


Serra das Araras (parque Grande Sertão Veredas, maravilhoso)


Serra da Canastra, o paraíso na terra

[CAPT GOTTLIEB]

Parabéns! Dá gosto ver um JIPÃO tão bem cuidado.