Pinel - Band Curto '01

[Marcus DT]

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Passados pouco mais de 10.000 kms da última postagem, continuemos a novela (ou seriado?)...

Como a gente nunca tá satisfeito, apesar de gostar muito dele com as rodas escuras aro 16 com pneus 235/85, sempre ficava de olho nessas rodas Mangels direcionais aro 15. Minha intenção sempre foi ter dois jogos de pneus, um para asfalto e outro para terra e um dia calhou de aparecer as benditas rodas e pneus. As rodas estavam no RJ, os pneus em Conselheiro Lafaiete... fiz uma doideira e comprei sem olhar, um carreteiro amigo meu trouxe.

Os pneus valeram a pena, já as rodas, uma das 4 estava empenada, pedi para desempenar e um bandido (para não dizer outra coisa) deu um "passe" criminoso que acabou com uma das rodas. Vão se os anéis... tive que correr atrás de uma única roda. Quase 1 mês procurando, arrumei um cabra que tinha duas e me meteu a faca, ou seja, fiquei com 5,5 rodas (uma vale como peso de papel). No final, somado o frete, o jateamento e a pintura eletrostática delas, saiu o preço de um jogo zero. Ou seja, o barato que saiu caríssimo, infelizmente.



Mas faz parte né, vivendo e aprendendo, nunca mais compro um jogo de rodas usado. Apesar do enorme preconceito que tenho com os BF, todo meu horror com os AT foi superado por esses Mud, pneuzinho valente no asfalto, não ronca e cumpre o papel na terra. No molhado, até que faz curva direitinho, mas não para (um perigo em frenagem). O tamanho 32 coube como uma luva, não pesou, não raspa, parece a medida perfeita para Band com aro 15.

Outro "presente" que há anos eu estava adiando, até encontrar um profissional competente e com valor honesto, era o teto. Através de indicação encontrei um capoteiro justo e levei para fazer o serviço. Em quanto ele desmontava o teto, eu aproveitava para reapertar a dezena de parafusos... acho que todos estavam meio soltos, kkk! Impressionante a habilidade do cabra, tirou o antigo e sem medir nem nada, fabricou o novo e instalou plug and play.... nitidamente ele já fez isso dezenas de vezes. Dica do grande amigo e mecânico, Toninho!




Troquei também os quebra-sois (?), já que seria uma economia porca não trocá-los. Também tinha ganho de presente do amigo Anderson os forros de porta zerados, aproveitei em quanto o cabra trocava o teto e instalei (estavam guardados há quase 1 ano esperando). Troquei um dos puxadores de porta que já estava bem ruim, mas infelizmente a peça paralela tem uma cor diferente (agora é procurar uma do lado do motorista igual).



Tenho por hábito sempre que abasteço fazer uma "ronda/inspeção" em torno do jipe, fiz isso uns 3 dias antes de trocar o forro do teto e estava tudo OK. Durante a troca do forro - que levou quase o dia todo - fiquei "namorando" o jipe e levei um susto: o parafuso do jumelo traseiro estava quebrado. Imagina se o pedaço que sobrou do parafuso saísse em alta velocidade? Graças a Deus vi isso antes de acontecer o pior. Mas já entrou no checklist a conferência desses parafusos do jumelo (já vi que os únicos que afrouxam são esses de trás, por isso quebram). Também num passeio há algumas semanas havia quebrado uma das presilhas de capo, aproveitei trocar a gambitech por duas zero.



Depois do forro de teto novo, confesso que deu gosto de ver o interior do jipe, ficou outra coisa. Um item que também me incomodava era o volante com aquelas marcas de desgaste, dando a impressão de mal cuidado. Por uma sorte danada consegui um volante zerado, arrematei na hora! O rolamento da coluna de direção já estava apresentando desgaste (aquele barulho insuportável), seguindo a dica do amigo Freitas, optei pela troca - plug and play - por um rolamento Ina emborrachado da coluna de direção da Uno. Confesso que ficou sensacional, nunca mais coloco o original. Esqueci de tirar fotos...

Como nem só de "trabalho" vive o homem, vamos aos rolês com os brothers...





Em tempos de COVID estamos acampando em locais mais selvagens, isolados de tudo e todos, com uma turma boa... tem coisa melhor não. Band no mato, carne na grelha e prosa solta. Só alegria!!

Capitão, recebi essa foto histórica em um grupo de Bandeirante, olha que bacana a Xinguzona desembarcando do saudoso NDCC Mattoso Maia (G-28). Emocionante, três máquinas de guerra!



Valeu,
Marcus DT

[CAPT GOTTLIEB]

Realmente o Corpo de Fuzileiros Navais tinha Jipes Toyotas (XINGU) excelentes e muito bem cuidados.
Na minha época na Marinha conheci o NDCC Duque de Caxias e o NDCC Garcia D'Ávila.

Marcos, parabéns pelos melhoramentos. O teu JIPÃO está realmente muito legal.
Sinto muito pelo azar que você teve com a roda. Em Amparo tem uma empresa de jateamento de peças e já levei muitas rodas lá. Deixam no aço, mas tem que pintar logo (pelo menos um fundo) senão começa a enferrujar. Dá trabalho, mas consegui recuperar e pintar várias rodas com má aparência e ferrugem. Roda empenada acho que é uma parada difícil e nem sei se tem alguma solução boa.

O meu ONÇA tem capota de lona e agora está sem a capota e na espera de uma cobertura bem simples (apenas proteção contra o sol). Por se tratar de um JIPÃO muito rústico a funilaria e pintura ficou bastante simplificada. Tapeçaria nem existe e vidro é só o pára-brisa. É muito divertido rodar num 4x4 aberto, mas tem limitações como chuva, frio e vento fortes, etc.

Bons passeios.

[Marcus DT]

Mais 10.000 kms pra conta e lá vamos nós...

Há alguns anos o jipe apresentava um defeito intermitente que me chamava a atenção. A cada “sei lá” 40 partidas, uma falhava (fazia o tec tec do automático, mas não virava o arranque). Como estava com planos de viajar, não quis mais adiar o reparo disso, levei o motor de arranque para um eletricista em quem confio e mandei abrir o automático. Era apenas um desgaste em uma das chapinhas, consegui uma zero e ficou perfeito!



Além disso, um dia “do nada” apareceu um banho de óleo na roda traseira lado passageiro, levei um susto. Analisando bem, não parecia ser nada do diferencial nem do freio... arrancamos o amortecedor e tinha trincado bem no olhal dele, ocasionando o vazamento de óleo. Pelo sim, pelo não, troquei logo os 4 por Cofap zerados!



Outra coisa que sempre me incomodou foram os Hella 500, não iluminam PORRA nenhuma, entram água, etc enfim, se arrependimento matasse... sempre viajo com um amigo que tem uns xing-ling comprados no ML, decidi fazer a troca dos "famosos Hella" pelos xing-ling infinitamente mais eficientes, a prova d`água e com um consumo de bateria inferior. Já tinha testado a capinha dos Hella no do meu amigo e com uma pequena gambitech consegui aproveitar nos novos.



Como tinha planos de fazer a primeira viagem “longa” (>5.000 kms) com a Band e sempre ouvimos falar de roda soltando, etc estava criando coragem $$$ para abrir o diferencial traseiro. Conforme postado aqui, logo que comprei o jipe fiz uma inspeção no diferencial dianteiro, mas o traseiro ainda estava do jeito que comprei o jipe (já rodou na minha mão mais de 60.000 kms).



Começamos desmontando o básico (por trás), mas “já que”, quer saber? Abre tudo, preferimos desmontar
o “porquinho” também. Como tinha um desgaste mínimo na planetária e satélite (nada que preocupasse se
fosse um eixo flutuante), isso ocasionava uma folga mínima nas travas que poderiam vir a soltar as rodas
(motivo da minha abertura prematura do diferencial). Pelo sim, pelo não, preferi trocar tudo - planetária,
satélite, pino e parafuso – Max Gear - para deixar justinha as travas dos semi-eixos. E, como abri tudo, já
era os rolamentos... outra paulada $$, troquei todos (Koyo, Timken e NSK). Põe ainda na conta as juntas,
retentor, óleo, etc a brincadeira não foi barata, mas, como faço para ficar com o Pinel, deixei tudo zerado.



(continua)

[Marcus DT]

Viatura quase pronta, rodei uns 1.000 kms para testar tudo e, antes de viajar, faltava aquela revisão padrão de todos troca dos óleos, filtros, graxa, etc. Comprei um espólio de filtros de ar originais Toyota (na caixa!), deu gosto de ver montado os dois filtros originais. Feito isso, o jipe estava pronto para pegar a estrada e curtir as férias.


Após alguns anos planejando um retorno ao Sul (última vez que fui foi em 2005, de DT200R), em Agosto consegui alguns dias de férias e com a ajuda do Diogo (Band Red, muito obrigado!) montei um roteiro por Urubici e Cambará do Sul. Desci pro Rio de Janeiro – RJ para visitar a família e, eis que no segundo dia de férias, testei positivo para o COVID... planos por água abaixo. Como tenho parentes com idade avançada, a recomendação médica foi sair o mais rápido possível de próximo dos velinhos, Band na estrada novamente e voltei para Brasília – DF, quase que num bate e volta, infelizmente.



Fiquei bastante chateado, já tinha combinado de encontrar alguns amigos pelo caminho mas tive que abortar a viagem para não contaminar ninguém. Passado o período de quarentena, ainda restavam alguns dias e decidi partir para o Tocantins, aqui por perto. Apesar de não ter nada planejado, fui reunindo algumas dicas de amigos e montei um roteiro pelo sudeste do Tocantins (Serras Gerais).


Saímos de Brasília rumo a Aurora do Tocantins, para o Camping da Neiva (diga dois um Toyoteiros do DF), onde fomos muito bem recebidos pela própria Dona Neiva. Foi nossa base por duas noites, essa região de Aurora é espetacular, dezenas de rios paradisíacos (claros e quentes) e ainda bem pouco explorada. Fizemos Azuis, Cachoeira do Registro, etc.



De Aurora rumamos para Rio da Conceição, com destino a Lagoa da Serra. Esse lugar merece um destaque, é possivelmente um dos campings mais bonitos que já fui na vida. O acesso se dá por 25 km de estrada de chão/areião, com um visual sensacional (passa em uma fazenda de seringueiras), muito legal. A Lagoa da Serra é um daqueles lugares que pessoalmente é mais bonito que por foto, a serra ao fundo e a cor da água, são impares, o reflexo na água fica parecendo uma pintura. Ficamos duas noites nesse paraíso, com barraca montada embaixo de um quiosque de palha (estrutura do camping, com tomada), com gancho para rede (leve a sua) e geladeira fora do jipe, ligada na rede elétrica do camping, cerveja trincando. Perfeição!!



Saímos meio sem rumo, mas como estávamos ao lado da parte sul do Jalapão, por mais que todos falassem que estava fechado, decidimos arriscar. Pegamos por terra para cachoeira da Fumaça, depois Soninho e, por fim, Pedra Furada (areião top para chegar perto). Confesso que depois do que já tínhamos visto achamos essa parte do Jalapão pouco interessante, deixando a desejar perto das belezas naturais que encontramos nos picos anteriores. Também demos uma passada na Lagoa do Japonês mas não nos deixaram passar a noite, por conta do COVID, encontra-se fechada.



Como tudo que é bom dura pouco, as férias chegavam ao final e era preciso voltar. Fizemos apenas um pit stop de 1 noite no "quintal da casa" (Chapada) para relaxar um pouco. Foram 5.000 kms rodados para um rumo não programado, porém, que reservou gratas surpresas. Essa região sudeste do Tocantins é belíssima e pouco explorada (diferente do Jalapão), sem dúvida, irei voltar pois não devo ter conhecido nem 10% do potencial turístico do local.

Valeu,
Marcus DT

[Sergio c]

Bonitas paisagens Marcus.

[Diogo_Vargas]

Buenas tchê

Que pena que não saiu as férias aqui pro Sul, mas olha que lugares top que você foi hein! Queremos conhecer também.

Uma pergunta: sentiu diferença de conforto depois de trocar os 4 amortecedores?
Ouvi dizer que após 40 mil km os amortecedores já não são tão eficientes... mas como já estou com quase 100 mil km não sei se troco ou não pelo conforto.

Abraço.

[diogofalcomer]

Quando fui ao jalapão ano passado deixei 2 dias pra conhecer essa região. Acabou sendo muito pouco, quero voltar ai para conhecer melhor essa Região de Aurora até Almas tem muito lugar bacana. Parabéns pela viagem!! Deu vontade de voltar!!

[CAPT GOTTLIEB]

Belíssima viagem!

[Marcus DT]

Uma pergunta: sentiu diferença de conforto depois de trocar os 4 amortecedores?
Ouvi dizer que após 40 mil km os amortecedores já não são tão eficientes... mas como já estou com quase 100 mil km não sei se troco ou não pelo conforto.

Diogo, sinceramente? Não notei uma diferença significativa não, troquei porque um estourou, só por isso. Minha opinião? Se não estão vazando, deixe como está. Melhor gastar esses 500-600 reais em uma boa revisão nos feixes (buchas, parafusos dos jumelos - quebrou um na viagem, molas, etc).

[Marcus DT]

Depois que foi realizada a troca da correia de acessórios (onde foi necessário "soltar" o compressor do ar-cond.), o ar-condicionado começou a funcionar intermitentemente (algumas vezes ele desarmava do nada). Os piores defeitos são esses que só dão de vez em quando, e fod*! Aí já viu né, começa na carga de gás, carga de óleo, troca o filtro secador, válvula de expansão, algumas conexões/mangueiras, faz a limpeza do sistema... 600 paus para arrumar algo que já estava bom, somente funcionando intermitentemente... faz parte, pena que dói o bolso.

Desde sempre - mesmo após essa revisão aí - meu ar-condicionado tinha vontade própria. Após ligar, tinha vezes que o compressor partia em 30s e em outras levava até uns 5 minutos, nunca ligava direto, como deveria que ser. Após a viagem (funcionou todos os dias), a demora para armar o compressor passou a ser ainda maior, tinha vezes que chegava a levar até 30 minutos. Cansado de perder dinheiro em "especialistas em ar condicionado", trocar trocentas peças desnecessariamente e nunca resolver o problema (só perdi $$$), pedi a ajuda de um amigo que é engenheiro elétrico.

Expliquei o problema, o cabra de cara falou que era o termostato ou "algum sinal que não tá chegando no compressor". Abri o capo, liguei o ar e ele observou que: o compressor não armava (embreagem dele não acionava) e a ventoinha do ar não girava. Pegou um fio e fez uma ligação direta da no compressor, ligou no estalo, como tem que ser. Cabra não entende nada de ar condicionado, mas manja de elétrica no estilo "entende como as coisas foram feitas para funcionar". Vejo que os "especialistas" de hoje em dia são meros observadores de problemas recorrentes (os famosos trocadores de peça), sabem repetir soluções passadas, mas não fazem a menor noção de como as coisas funcionam (alguns sequer sabem utilizar um multímetro). Experiência é bom, mas um curso técnico é fundamental.

Meu amigo disse "eu não sei onde fica, mas deduzo que tenha um relê em algum lugar". Procuramos e, logicamente, tinha um relê (estava fixado embaixo do porta luvas). Tiramos, limpamos (não tinha nada de absurdo), testamos e parecia estar funcionando direitinho (não devia ser a única causa do "problema"). Decidimos examinar o chicote e como estava a ligação no relê, estava deplorável. O "instalador" sequer se deu ao trabalho de descascar o fio direito para encaixar no terminal! Tem noção? Sério, eu fico revoltado como um "eletricista" não quer se dar ao trabalho de descascar um fio direito, não sabe emendar um fio no outro... usar uma solda estanhar uma ligação é um milagre!

Enfim, desculpe o desabafo, mas acho que é a "categoria" dos piores profissionais que já tive que lidar no "mundo automotivo". O nível médio de trabalho é baixíssimo, tendendo a horroroso.

[jorgeffn]

Fala Marcus!!
Novamente parabéns pelo cuidado com a Band!
Sobre os Hella tive no Troller e achei uma bosta, até achava que podia ser alguma ligação mal feita.

As viagens e fotos como sempre um show! Ainda bem que o Covid não foi grave! Dos males o menor!

Estamos retomando os acampamentos por aqui, mas ainda so aqui por Minas mesmo. Planejando uma viagem maior em dezembro/janeiro, mas depende dessa pandemia ainda e de como vai tá o trabalho até lá. De qualquer forma a ideia é ir pra Chapada dos Veadeiros e Terra Ronca e Chapada Diamantina... estamos avaliando a possibilidade de ir ao Jalapão. Talvez fique muito puxado pra Violeta (faz dois anos em janeiro) rodar tanto. Mas essas fotos me fizeram repensar muito viu!

Grande abraço!

[Marcus DT]

Fala Jorge!

Fiz todos os testes possíveis com os Hella, são uma bosta, não iluminam nada mesmo, é apenas grife. Os meus ainda entravam água, ou seja, nem pra offroad servem... ainda tentei trocá-los junto a Hella (pagando a diferença), cagaram pra mim, lamentável.

Se você não conhece a Chapada dos Veadeiros, vale muito a pena, a região é belíssima, tem programa para 1 mês se quiser. Terra Ronca e Chapada Diamantina eu só passei poucas noites, conheci nem 10% do potencial. Sobre o Jalapão, sinceramente, ainda mais com criança pequena, acho furada. Achei a região de Aurora e a Lagoa da Serra infinitamente mais bela e menos erma! Jalapão para mim, só vale pelo offroad (o que já é muita coisa), mas sem criança pequena.

Abraço.