
Postado originalmente por
tuna
Rodrigo, vou deixar minha opinião, a questão é polêmica, portanto essa é só minha opinião, sou contra o reforço excessivo do sistema terminais/barra de direção, se considerarmos todos os elementos envolvidos na equação, terminais/barras foram projetos para serem fusíveis do sistema...
eu uso terminais reforçados da Della Rosa para willys, porém eles mantém a medida do cônico original e da rosca da barra também... portanto não há necessidade de reforçar a barra...
Explico, eu prefiro ter que trocar terminais com mais frequência a não saber a que tipo de fadiga meus MUNHÕES estão sendo submetidos, também prefiro ter o trabalho, numa trilha, de tirar a barra de direção e desentortá-la do que ter administrar o remendo de um munhão quebrado...
Vc. terá que retrabalhar o munhão para colocar terminais mais parrudos, e eu não sei até que ponto essa intervenção é saudável.
Mas peraí, todo mundo usa, e nunca aconteceu nada...
Pois é, agora imagina o tanto de porrada que o munhãozinho original enfraquecido pelo alargamento está tomando lá, porque não tem ninguém mais no sistema para ceder, na hora que o munhão colapsar, uma roda vai pra cada lado e já viu, nunca se sabe se isso vai acontecer estacionando ou a 100 por hora numa rodovia.]
[Minha humilde opinião, tenha-a como dois centavos de contribuição.]
Grande Tuna, concordo com tudo que você relatou. Fiquei muito contente por você ter levantado essa questão, por que me fez lembrar de algo que tinha esquecido de comentar.
Quando resolve fazer essa mudança radical percebe que o furo cônico do braço do munhão não poderia ser reaberto para usar esses terminais do MB 608, por que ficaria muito frágil.
Será confeccionando um conjunto de braços de munhão para trabalhar com esse sistema. O material que usarei será o aço 4340, para você ter ideia até para usinarmos ele é trabalhoso.
Trabalhei muito tempo na área metal mecânica. Esse material era muito usado por nós da oficina para fazermos peças para guindastes que trabalhavam no porto suspendendo conteiners. Antes de fazermos essas peças fizemos vários ensaios mecânicos para descobrir qual o melhor material a ser usado para evitar as constantes quebras das peças dos guindastes e o aço 4340 foi o que deu a melhor resposta para atrito, fadiga, resistência a torções.
Outra possibilidade que pode ser cogitada é o tratamento térmico para essas peças (revinimento), nesse caso a peça vai para o forno recebe
uma camada de tempera que endurece a penas as camadas superficiais da peça. Esse tipo de tratamento permite que a peça mantenha suas características elásticas. Evita que fique quebradiça (peças forjadas ou temperadas).
Um abração.