Seguinte: resolvi contar aqui um pouco da história do meu Jeep. Quem quiser, pode pular esta parte pq é só enrrolação mesmo, dados técnicos somente no segundo post pra frente.
Como vai ser dado inicio da reforma este mês, aproveitei e criei o tópico pra poder compartilhar e contar com sugestões dos amigos aqui do Fórum, que já me ajudaram em muitos perrengues!
Bem, como todo grande carro possuí uma grande história, vou introduzir-lhes a minha! (hehehe)
O assunto que será abordado aqui é sobre a nossa pretensão de ter um Jeep apto a participar de provas de regularidade.
Meu pai adquiriu este Ford CJ5 1976 OHC no inicio de 1997. Na ocasião, ele e meus tios possuíam uma rocinha onde aos finais de semana cultivavam hortaliças, galinhas, cervejas e churrasco. Como era uma rotina essas andanças, o fusquinha 1970, que era nosso único carro e vivia sem assoalho, ganhou a companhia do Jeep.
Pelo que temos notícia, este Jeep foi adquirido aqui mesmo na cidade, mas já rodou boa parte do estado de Goiás nas mãos de encarregados de fazendas. Já fez de tudo. Passou na mão de muita gnt mas nunca foi mudado de “dono”, tanto que quando meu pai o adquiriu, o mesmo não possuía documentos e não constava no inventário do primeiro dono, já falecido. Em estado de sucata e servindo de trator em uma olaria, não despertou interesse da família do proprietário e acabou sendo adquirido pela quantia de R$1.500,00. Meu pai procurou o advogado que estava fazendo o inventário, e o mesmo ajudou na documentação (e depois virou cliente do escritório de contabilidade do meu pai).
Tenho a única foto que foi feita na época, com meu irmão mais velho ao volante, depois de adquirido e substituído os pneus. Rodava no gás e não possuía o cardan dianteiro. O motor era o 4 cilindros original, mas estava adaptado com um cambio de 3 marchas que foi trocado por um 4 marchas, buscando a originalidade.
Em relação a primeira reforma, tenho somente as fotos finais (inclusive, este magrelo careca das fotos sou eu).
O tempo passou, tive minha primeira “aula pratica de direção” neste Jeep e o mesmo nunca teve outra utilidade a não ser servir no campo!
Em 2006 teve inicio aqui na nossa região o Rally Eco Goiás, uma provinha de + ou - 300 km de regularidade. Como meu pai era muito ciumento com o Jeep, a gnt não participou.
Mas em 2007, incentivado pelo então advogado que o tinha ajudado a adquirir o Jeep, acabou inscrevendo o danado na prova, categoria Jeep, com ele de piloto e eu de navegador. Muita poeira, largando por ultimo, mas dentre os 4 Jeep participantes, somente o nosso chegou no tempo de prova.
Em 2008, já com “uma” prova de experiência, veio a segunda colocação na categoria 4x2, concorrendo com Silverado, F250, S10 e demais carros de passeio e utilitários. Neste ano, instalamos o freio à disco.
Em 2009, muitos erros e uma amarga décima quarta colocação.
Pedindo arrego, o motor recebeu anéis e bronzinas novas.
Em 2010, outra decepção e uma oitava colocação.
Em 2011, depois de uma prova de 375 km, muito suor e abusando do conjunto mecânico, uma suada décima colocação. Isso pq dois dias antes da prova, o carretel do cambio quebrou e o cambio foi montado poucas horas antes da prova. Era hora de parar.
Em condições deploráveis toda a parte mecânica que possuía engrenagens, o ano de 2012 foi de calmaria e de tentar deixar o Jeep como era antes.
Em 2013, O então Rally Eco Goiás, até então restrito a poucas etapas espalhadas pelo estado de Goiás, se torna um circuito de provas, com pontuações acumulativas. Como o Jeep não tinha condições de participar, ficamos de fora da primeira etapa, que era em uma cidade vizinha. A segunda etapa, na nossa cidade (Jataí), despertou nosso interesse. Foi difícil...
Meu pai, descoberto com um sério problema de saúde e impossibilitado de pilotar o Jeep por ser muito duro e a prova muito cansativa, pediu que eu assumisse o volante e levasse meu irmão de navegador. Em dois meses, aos finais de semana, revisei toda a mecânica do mesmo, no braço (inclusive troca de bronzinas de biela, riscadas)! Inscritos, prova de 400 km finalizada com o Jeep inteiro, más infelizmente por uma falta de experiência minha como piloto de prova e meu irmão novato como navegador (as piores perdas só na foram maiores pq eu parei e a gnt se achou), conseguimos um louvável sexto lugar na categoria 4x2, dentre 34 carros inscritos na categoria.
Após o bom resultado, decidimos investir no Jeep para participar de todo o circuito neste ano de 2014. Como aqui em casa somente eu sempre mostrei interesse por Jeep, graxa e lama, o Jeep e a responsabilidade do mesmo passaram a ser de minha propriedade.