
Postado originalmente por
Bira IJC
Discussão interessante.
Li este e os outros tópicos sobre o uso do S50 e deixo aqui alguns comentários de quem ficou inquieto ao ler tantas percepções diferentes sobre o assunto e agora também com uma "pulga-atrás-da-orelha" em relação ao uso do S50.
O motor do meu carro é o toyota 1-HZ, 6 cil. diesel, aspirado, bomba injetora, e quase 300 mil Km rodados.
Comecei a usar o S50 faz uns 5 meses, misturando ou intercalando os abastecimentos com o diesel "comum".
Atualmente abasteço preferencialmente com o S50. Pois bem:
1. Fazendo coro com a maioria, a diferença na fumaça é notável, mesmo naquelas reduções em subida, quase não se vê pelo retrovisor.
2. Da mesma forma que alguns já observaram, tb notei que o castanhado do motor diminuiu em médias p/altas rotações; já em relação a sentir o motor mais solto, não percebi diferença;
3. Não senti melhora no desempenho que eu possa atribuir exclusivamente ao uso do S50. Eu começei a usá-lo o logo após uma revisão onde troquei todos os filtros (ar, combustível e óleo). Portanto, eu entendo que o resultado positivo foi uma conjugação de fatores que vai para além do abastecimento com um diesel "mais puro e de melhor qualidade" (e psicologicamente acabamos "sugestionados" a perceber sutis melhoras).
4. O consumo da viatura piorou ao invés de melhorar nesta última viagem que fiz. Ainda não calculei exatamente, mas estimo que tenha piorado em até 1km/L (> 10%), sendo que o último tanque eu usei o evolux Shell.
Li que a maioria notou diminuição do consumo como benefício, mas uns poucos afirmaram AUMENTO no consumo com o uso do S50.
Mais uma vez, acredito que no meu caso houve uma conjugação de fatores, pois usei um jogo de pneus de maior diâmetro e fiz uma média de velocidade mais alta do que costumo fazer, tornando meio furada a comparação com a situação anterior. Porém, neste ponto a "intuição" tá dizendo prá ficar mais atento nos próximos abastecimentos.
5. Me preocupou a questão levantada sobre o poder de lubricidade do S50 em relação ao comum nos componentes da BI. Agora vai um achismo: Independente de motor novo ou antigo, não acredito que a petrobrás tenha retirado um componente com essa função na formulação e não tenha compensado de outra forma. Li em alguma resposta que a adição de 5% Biodiesel cumpriria com esse papel de manutenção da ação lubrificante. Isso soa mais coerente do que termos que adotar medidas corretivas como o uso de aditivos e/ou óleo 40 num cenário próximo onde só haverá disponível diesel com pouquíssimo enxofre. Creio que a questão levantada do armazenamento e da perecibilidade maior do S50 seja mais determinante do que o malefício da retirada pura e simples do enxofre da composição.
No mais, cada vez mais interessado e aguardando o desenvolvimento destas discussões,
Abraços,
Bira.