Buenas gurizada,
Desta vez não acionamos todo o pelotão, mas mesmo assim conseguimos formar uma “patrulha” para retornar a Rolante e fazer a trilha do Greminho. Na quinta-feira, na casa do Gustavo, durante o churrasco deixamos pré-combinado de andar no sábado e provavelmente no Greminho. Passou-se o dia de sexta e nada de combinação, então quando cheguei em casa comecei a agitar a moçada por e-mail e quase que não dá quórum! Ás 22h30min éramos só eu e o Webber. Então as confirmações foram acontecendo e as 00h30minh estávamos fechados em quatro integrantes: Pajerão do Gustavo, meu Samurai, Samurai do André e Willys do Webber.
Como tudo que combinamos nunca dá exatamente certo, começamos a nos encontrar no Garoupa perto da 08h00minh. Ficamos tomando uns mates e tentando contato pelo rádio com o Gustavo o que foi infrutífero. Então lá por 08h45minh começamos o deslocamento e fomos por Cachoeirinha quando surpreendentemente o Arlei entrou em contato dizendo que havia conseguido resolver uns compromissos particulares e que ele e o Wolf nos encontrariam no caminho. Excelente notícia, pois agora seríamos quatro novamente!
Chegamos ao posto e o pessoal conseguiu contato com o Gustavo que ainda estava dormindo. Isso que ele foi um dos principais motivadores da trilha, vejam só. Então ficamos tomando chimarrão e trovando fiado até o Gustavo chegar. Algum tempo depois ele chegou com o Nicholas e um Zeca novo, vizinho dele, que pegou no caminho até a garagem. O Gustavo fez um lanche e rumamos para Rolante a 60 km/h, curtindo uma boa música e trovando pelo rádio, afinal não havia pressa e fomos presenteados com um dia espetacular de céu aberto e temperatura amena, além da paisagem lindíssima no caminho até Taquara. Chegando a rolante, o Webber completou o tanque e o Gustavo comprou pasteis e bebidas. Então entramos no Greminho ao meio dia.
Já na primeira subida percebemos que o terreno encharcado pela chuva da semana estava bastante escorregadio e causaria dificuldade para pneus MUD e AT. Mas seguimos tranquilamente com bastante barro e água pela trilha e com o mato muito fechado, o que obrigou a mim e ao André que estávamos na frente a remover árvores do caminho e cortar muitos galhos que apresentavam potencial risco para as latarias e capotas das viaturas.
Então perto do almoço da edição 2012 a Preguiça (Pajerão) trancou tentando ajudar a TR4 e para ajudar a TR4 destalonou um pneu traseiro, o que nos obrigou a um pit stop para a troca. O Arlei estava com dificuldade para apoiar o macaco e então na tentativa de ajudar o Webber foi obstinadamente até o azeitona que estava uns cinquenta metros à frente para buscar uma tábua grossa para ajudar. No retorno, porém, foi traído pelo terreno traiçoeiro e escorregadio e despencou magistralmente em uma bela poça de barro (essa lembra o Edison) encharcando todo o lado direito do valente jipeiro. Isto foi o palito de fósforo aceso no paiol de pólvora do humor do Webber. Eram exatamente 01:30h da tarde e então o sorriso do Webber sumiu.......tal qual havia acontecido na edição de 2012, só que naquela oportunidade foi no início da noite. No entanto em função do ótimo desempenho do azeitona que estava dando de relho na trilha depois de uns sessenta minutos o alemão já estava sorrindo “de orelha a orelha”.
Trocado o pneu da TR4 puxei o Pajerão com o guincho do Samurai e depois com algumas aplicações práticas de física manobramos a TR4 e a colocamos no trilho novamente, então virei o Samurai com o guincho e a rebocamos por alguns metros até o buraco da goiabeira. Neste local comemos os sanduíches, ou melhor, os que ainda não tinham comido. Inclusive rolou um boato a boca pequena que o Nicholas vendeu os pastéis do Zeca do Gustavo durante o andamento da trilha. Então este Zeca curtiu um almoço bem “Franciscano”, praticamente uma dieta de top model, ou seja, não comeu nada.
Neste momento o André e o Webber já estavam do outro lado e a Preguiça estava naufragada no aborto do buraco da goiabeira, aguardando o resgate. Aliás, menção honrosa para o azeitona que passou em três rodas neste local e foi a primeira vez que vi o Webber dando no bucho e protagonizando uma passagem espetacular. Este mesmo azeitona então rebocou a preguiça sem grandes problemas e em seguida o Arlei tentou, mas a TR4 ficou em “X” e trancou sendo logo em seguida rebocado para fora. Eu ainda tentei ver como estava o dito buraco, mas foi em vão, o Samurai trancou e teve que sair no guincho.
Pelotão refeito, seguimos a trilha e começamos a subir o trecho em que o SKOL havia descido tal qual um torpedo em 2012. Este trecho foi bem difícil e em determinado momento bastante tenso. Eu e o André, com os Samurais bloqueados, tivemos que manobrar e tentar várias vezes para transpor a subida forte com pedras escorregadias. O Azeitona neste mesmo trecho começou a pular e parou com a roda traseira esquerda a beira de um grande despenhadeiro, então colocamos uma cinta bem comprida e puxamos cautelosamente com o Samurai. Depois veio o Pajerão que protagonizou a passagem mais punk da trilha, pois o Gustavo precisou usar todos os cavalos do V6 e passou atravessando, patinando e pulando até transpor o último obstáculo. Depois ainda foi muito valente trazendo a TR4 rebocada trilha acima até chegarmos no plano novamente. Então o comboio seguiu pelo mato fechado, o que exigiu várias paradas para manejar o facão. Então algumas dezenas de metros depois, havíamos concluído a trilha do Greminho 2013 – A revanche.
Neste momento gravamos um videozinho em homenagem ao nosso parceiro Edison que infelizmente não pôde nos brindar com sua presença. Também sentimos falta dos parceiros da outra edição como o Márcio, o Alessandro e o Leco. Mas todos sabem que é muito complicado combinar todas nossas agendas para fazer um evento juntos.
Às 18h00min estávamos no asfalto rodando com um excepcional final de tarde, com o corpo moído, mas felizes e de alma lavada.
Quanto às viaturas e pilotos, nota dez para todos:
André e Samurai – Teve perícia em trechos perigosos e usou os recursos do japonesinho para fazer bonito. Já anda triste porque não sai nas fotos, pois não pára quase nunca;
Webber e Azeitona – Piloto cada dia mais arrojado e audaz, ensaiando passagens mais violentas e só parou quando apoiou nos diferenciais;
Gustavo e Pajerão (Preguiça) – Finalmente usaram toda a resistência do veículo para transpor situações complicadas e fizeram bonito, principalmente no último trecho. Só não passou quando os pneus AT ficaram lisos;
Arlei e TR4 – Passou com valentia até onde a altura dos pneus AT permitiu. Continua surpreendendo por ser um jipe praticamente sem preparação e de desempenho excelente;
Samurai e Brau – Como andou na frente com o terreno intacto não teve muitas dificuldades.
Obrigado a estes parceiraços que mantêm este grupo unido e forte no objetivo de brincar, confraternizar e fazer amigos.
Por enquanto era isso e já ficamos no aguardo da próxima.
Abaixo algumas fotos e um vídeo.
Anexo 402457Anexo 402458Anexo 402459Anexo 402460Anexo 402461
Jipeiros do Itu - 23/03/13 - Volta ao Greminho um ano depois - YouTube
Grande abraço