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  • #1
    Usuário Avatar de jorgeffn
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    Ontem fomos fazer uma trilha com um churras no mato... aí foi um Troller 3.2 TGV.... subimos uma trilha média aqui na região que em dois pontos exigem um mínimo de preparação do jipe... nesses pontos só eu no Jimny e o Troller subimos... ambos com relativa tranquilidade... o Troller é todo preparado, 2 bloqueios (Eaton) amortecedores offshoxs. pneus 35, chip de potência... um monstro! ou seja, só de preparação tem no mínimo $ 15 mil temers.... mas está show de bola demais... não agarra em lugar nenhum e sobre desfilando nas trilhas... já o Jimny está com pneus 235, lift de 2" com molas e amortecedores maiores, e bloqueio traseiro (Kaiser). Na trilha mesmo não fizemos vídeos, mas tem um vídeo na volta dos dois passando no mesmo lugar (vou ver se depois consigo colocar esses vídeos aqui), um lugar que a maioria dos 4x4 passa, alguns com mais dificuldade outros com menos... mas dá para ilustrar um pouco que para o uso moderado, os dois entregam a mesma capacidade offroad, como já cansei de falar aqui, o Troller tem um leque de combinações bem maiores para preparar... usar pneu maior e tal... mas o Jimny com algumas alterações também vai muito bem.... agora, tem hora que o pequeno japonês não aguenta acompanhar mais né... aí o Troller nada de braçada sem concorrentes no custo / benefício.

    uma foto dos jipes...
    Troller Vs jimny preparado-img_1336.jpg Troller Vs jimny preparado-img_1316.jpg
    abs!
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos Troller Vs jimny preparado-img_1316.jpg  
    4X4 Brasil
    "Viajar! - mas de outras maneiras: transportar o sim desses horizontes!" J.G.R
    Triton Sport GLS Ex: Niva, Vitara(s), Pajero, Jimny, Troller, Triton GL

  • #2
    Pumba,

    Ninguém está duvidando da durabilidade, robustez e potencial dos motores a Diesel, apenas que na conta da maioria, eles não são vantajosos...

    Você está falando em 400, 500 mil Km... isso para a maioria dos usuários é uma vida!
    O cara vai levar 20- 30 anos pra rodar tudo isso... com 30 anos qq carro de hoje já esfarelou, mesmo o troller, (já imaginou uma fiação/chicote com 30 anos de uso, os plásticos do painel, borrachas etc...)

    Na prática usar um diesel pode ser muito mais prazeroso: torque, potência, combustível mais barato, melhor rendimento, autonomia... não tenho dúvida (exceto o ruido e vibração que pode ser legal, mas uma hora cansa)... Mas isso vai te custar mais inicialmente, e vai demorar muito para amortizar. Por isso se tem dinheiro para esse prazer/privilégio, não se acanhe e abrace o Diesel...

    Em 97, quando tirei carta, o Diesel custava metade do preço da Gasolina (R$ 0,35/L e R$ 0,70/L, respectivamente)
    Naquela época tinha que rodar 40.000Km/ano para compensar a diferença de preço de uma pick-up diesel e sua respectiva versão a gasolina. (Naquela época o consumo do motor gasolina era o dobro do diesel - conta rápida = 4x mais caro o Km da gasolina)

    Hoje com preço do diesel quase igual ao da gasolina, quanto tempo/km pra se pagar?! Isso sem ocorrer imprevistos...
    Hoje um carro a gasolina está mais econômico (o mesmo não vale pro diesel) e muito menos suscetível a falhas.

    Antigamente o motor diesel não parava por nada (exceto ar ou água), muito menos por motivos eletrônicos, mas hoje sim...
    Ele era a forma mais singela e pura de um motor entrar em funcionamento, hoje não...

    Eletrônica sempre simplifica as coisas mecânicas...
    Mas para o diesel, não é bem assim como vc disse, (em teoria pode até ser) mas foram colocados sensores daqui e dalí, e basta um cisco fora para luz acender, entrar em modo de segurança, etc... Ele passou a ter a mesma vulnerabilidade de um gasolina...
    (Sim, um gasolina tem, - ou tinham?! - mais itens a darem problema, mas costumam achar mais fácil e custam menos...)

    Basta rodar um pouco pelo fórum para ver donos das Defender Puma/Td5, donos de Troller e outros, chorando por aí para entender o que está ocorrendo e gastando verdadeiros rios de dinheiro... (ok, culpa dos meca deles, mas essa é nossa realidade, e mesmo um meca de mesmo gabarito na versão gasolina vai custar menos, assim como as peças inúteis que ele pedir pra trocar)

    Carro hoje em dia que funciona sem alternador, na prática? Qual?

    Podemos passar a eternidade aqui falando dos prós e contras, do diesel e gasolina, mas como o tópico é Jimny Preparado vs Troller, o Jorge já respondeu alguma coisa convincente sobre isso...

    ... o que não impede a máxima: "Mais vale um gosto, que dinheiro no bolso"

    E desculpa mais uma vez aqui estar batendo e escrevendo um monte, mas uns são fã do diesel outros da gasolina, e cada um faz as contas pra realidade própria e chega, cada um na sua conclusão.

    Eu sou fã do diesel, mas pra minha finalidade, financeiramente, não faz o menor sentido e o jimny tem resolvido.

    Abraço

    T+

    ah! Chuto que motor diesel não deve ser usado em aeronave pela relação peso potência do motor... nisso o gasolina leva vantagem...

  • #3
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    Paulo, pra quem demora uns 20 anos pra rodar uns 200 mil kms, sem dúvida não compensa tanto a economia de combustível do diesel e o custo e frequencia de manutenção reduzida que ele oferece, pois nesse mesmo tempo ele terá gasto muito menos com um a gasolina, sem dúvida, ainda mais levando-se em conta o IPVA aqui no Brasil. Você está coberto de razão nessa afirmação. O único atrativo do diesel nesse quesito seria um uso que justificasse ele, tipo fazer o jipe de submarino, aproveitar o torque em baixa, puxar reboque, ou puramente gosto mesmo ou caso a diferença de preço entre os modelos gasolina x diesel não fosse tão grande.

    O que observo hoje no mercado, em tendência de melhoria no consumo de combustível não está de fato ligado aos motores gasolina e diesel, mas sim na adoção dos motores elétricos auxiliares (os veículos híbridos). A economia de combustível nesses veículos, tanto diesel quanto gasolina é extremamente alta.

    Essa sua ideia em relação ao diesel é reflexo da ignorância que o brasileiro tem em relação a essa tecnologia, por ter sido privado do uso dessa tecnologia aqui. Não temos a cultura do diesel no nosso país. Essa tecnologia desde sempre, ficou restrita para aplicações como caminhões, ônibus, uso militar, tratores e picapes. Todas essas aplicações sao muito caras, não sendo acessível para maioria da população, não popularizando a tecnologia. Não temos veículos hatch e sedans aqui a diesel. Lá fora temos até motos a diesel fazendo mais de 55 km/l, veículos leves a diesel fazendo 30-35 km/l de diesel enquanto suas versões a gasolina não chegam aos 20 km/l.

    As versões híbridas estão melhorando o consumo tanto de diesel quanto de gasolina, porém essa ajuda elétrica na roda é muito mais significativa para o veículo a gasolina, que não tem tanto torque em baixa, tem mais dificuldade de fazer uma roda girar, não sendo tão significativa no diesel que tem torque de sobra. Por isso, alguns modelos híbridos realmente estão conseguindo consumos de combustível muito melhores, mas o custo de aquisição deles, até mesmo lá fora, ainda não compensa a economia de combustível, pois eles são muito mais caros que os veículos convencionais, sem nem falar no custo de manutenção.

    Os motores a diesel de 2006 a 2012, em geral, só possuem sensor de rotação (roda fônica), sensor de temperatura de combustível e água, sensor de ar e sensor de pressão. A injeção eletrônica common rail, é de concepção simples, não fugindo muito aos preceitos da injeção mecânica usada nos veículos a diesel. Apenas o controle é feito eletronicamente. O número de sensores é em torno de 10, variando das versões, aplicações, etc. Por exemplo, todo veículo do mercado comum, diesel ou gasolina, tem sensor de inércia que corta o combustível impedindo o veículo de ligar. Sua função visa acidentes, evitar incêncios. Ele é ativado mediante pancada, um movimento abrupto. Já vi casos de mecânicos que trocaram a injeção eletrônica inteira, tanto de veículos a diesel quanto de veículos a gasolina, e só depois descobriram esse interruptor. Apesar de existir na ranger, no troller ele não existe, assim como em veículos militares e de competição em geral.

    Um veículo a gasolina, dependendo do modelo, além de possuir todos os sensores de um diesel common rail com quase o dobro de quantidades, pode possuir mais de 50 sensores, espalhados em sistema pré e pós combustão. A ECU monitora uma infinidade de informações, é muito mais complexa. Chegam a ser usados até 4 sensores no catalisador, as vezes 6 de oxigênio (sonda) monitorando temperatura ambiente, do ar de entrada, do ar de saída, de O2 nos gases, válvula de purga, bomba de combustível (com a mesma função de uma bomba injetora diesel - fornecer combustível sob pressão aos bicos), atuador de passo, sensor de avanço, módulo de controle de voltagem, e uma infinidade de outros sensores e atuadores. A complexidade de um veículo a gasolina moderno é muito grande.

    A maioria dos problemas que vejo nesse fórum com relação a manutenção de veículos a diesel é simplesmente falta de manutenção e maus/desonestos mecânicos. E isso também não é exclusivo de veículos a diesel. Com um mecânico desonesto, você vai gastar dinheiro a toa, seja com diesel ou gasolina.

    Motor usado em avião nada tem a ver com nossos motores a combustão. São motores a reação, de concepção completamente diferente de motores a combustão como os veiculares, náuticos e estacionários. Usam um tipo especial de gasolina com altíssima octanagem, nas aplicações pequenas de baixo desempenho como aviões pequenos ou querose de aviação nas aplicações grandes.

    Cito aqui a frase de um livro sobre motores a jato:

    "O querosene é o subproduto mais nobre do petróleo com poder calorifico de quase 50 MJ/KG enquanto que a gasolina é a prima pobre com 25 MJ. Se o querosene pudesse ser utilizado em carros, ele praticamente dobraria o rendimento do carro, como acontece com o Diesel".

  • #4
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    27/05/2016
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    É curioso como cada pessoa pode ter uma experiência diferente e essa experiência formar sua opinião, claro que meu "universo mecânico" e muito menor que o do Pumba, mas a minha experiência e exatamente oposta, não conheço ninguém com problemas com carro a gasolina, já com o diesel...sempre tem uma coisinha, mas que custa um preção. Ontem mesmo um amigo estava comprando uma "válvula da parafuseta"??? da Pajero Dakar dele, a bagatela de 2.500, fora a mão de obra. Também conheço muita gente que elogia, mas eu não quero papo com diesel. Gastei muito com manutenção com meus carros diesel, ja com os a gasolina era só a rotina mesmo, nunca tive problemas.

  • #5
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    Segundo a literatura técnica, um simples anel de pistão de um motor a gasolina tem durabilidade média de 350 mil kms. Um anel de pistão de motor a diesel tem durabilidade média de 1.600.000 kms.

    É esse tipo de diferença que vale cada centavo. Você pode não querer ficar com o mesmo veículo por tanto tempo. Realmente, o interior do veículo vai precisar de reforma, a carroceria vai precisar de reforma (não a de fibra do troller) e a mecânica ainda poderá estar perfeita depois de tanto tempo. Mas, é justamente por isso que o mercado valoriza. O dinheiro que você pagou a mais, você recupera na venda, com a baixa desvalorização do veículo, depois de ter usufruído de todas as vantagens.

    Claro que isso só vale pra quem tem o capital inicial pra comprar um veículo a diesel, que infelizmente no Brasil, é tratado como luxo, pois só temos esses motores em aplicações grandes, como expos o pumba.
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  • #6
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    Pra quem não sabe, o que o pumba quer dizer com "motor cansado" eu iria mais a fundo nos detalhes técnicos. O motor a gasolina não segura a compressão depois dos 300-400 mil kms. Começa a vazar compressão. E depois que a elasticidade do anel de pistão fica deficiente num motor a gasolina, a única alternativa é parar e fazer o motor. Num veículo a diesel, mesmo que o anel perca elasticidade, o ar força o pistão pra baixo e pra cima e você ainda tem uma vedação eficiente, sem perda de compressão. Essa é a principal razão da durabilidade e confiabilidade enorme dos motores a diesel.

    Sobre o jimny: ótimo custo benefício, mecânica bem confiável, bem dimensionada. Não vejo nada que desabone o jipinho japonês. Estão bem servidos os proprietários, guardadas as devidas limitações, pois de fato, de comum com troller, só as 4 rodas, o volante e tração 4x4.
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  • #7
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    [QUOTE=roberto_nascimento;2401066]Pra quem não sabe, o que o pumba quer dizer com "motor cansado" eu iria mais a fundo nos detalhes técnicos. O motor a gasolina não segura a compressão depois dos 300-400 mil kms. Começa a vazar compressão. E depois que a elasticidade do anel de pistão fica deficiente num motor a gasolina, a única alternativa é parar e fazer o motor. Num veículo a diesel, mesmo que o anel perca elasticidade, o ar força o pistão pra baixo e pra cima e você ainda tem uma vedação eficiente, sem perda de compressão. Essa é a principal razão da durabilidade e confiabilidade enorme dos motores a diesel.


    Posso estar errado, relembrando que não atuo como mecânico profissional, e se estiver errado me corrijam por favor (gosto de aprender), mas acho que essa diferença talvez se deva principalmente ao motor a diesel girar muito menos ao longo da vida, como consequência desgastando menos as partes móveis, mas isso em grande parte se limita as partes mecânicas, pois imagino que os sensores e periféricos esternos ao bloco tem vida similar com vantagem para peças de qualidade superior independente do combustível,

    considerando os motores atuais em uso no Brasil,discordando um pouco do Pumba,

    vejo que hoje otto e diesel tem quantidades de sensores muito próximas, pois as injeções multiponto dos ciclo otto também tem em média uns 15 sensores nos 4 cilindros ao menos inclusive alguns com funções similares até, a não ser que comparemos um diesel com injeção mecânica e um otto v6 ,v8 anida não vi motores otto comuns do dia a dia com 50 sensores ,nem sensores ,ecu ,etc., que funcionem sem bateria/alternador, inclusive muitas falhas nos clico otto e diesel as vez são provocadas por deficiências/falhas/oscilações da parte elétrica que altera a leitura de alguns sensores, ambos diante de falhas não vitais entram em configuração de parâmetros padrão que permitem a continuidade do funcionamento até que alguma falha mais grave ocorra e não permita mais o funcionamento,

    mecânicamente me parece obvio que um diesel tenda a entregar mais, por menos, porem me parece que a teoria na pratica se difere as vezes, vejo falhas na injeção e queima provocando falha na lubrificação lavando camisa/pistão e contaminando óleo em ambos, com alguns diesel furando pistão, egr que dificilmente incomoda na maioria dos otto, são pesadelos para alguns motores diesel, e o danado fdp do dpf quantos tópicos tem sobre sua desativação e reprogramação da ecu existem,

    catalizadores e sondas/sensores estão presentes em ambos dependendo do projeto, cabeçotes também parecem apresentar mais melindres em alguns modelos diesel isso apenas analisando um apanhado geral de relatos que vejo, e aonde chutando, talvez uns 70% (60/80) dos pedidos de auxilio em duvidas sobre motores no fórum, são sobre falhas em motores diesel, mas não sei se é essa mesma proporção teórica entre proprietários de diesel e gasolina do Brasil e/ou dos usuários do fórum, mas isso tudo não abona nem desabona ninguém, no fim sempre voltamos ao que já repetimos, tudo depende do uso, aplicação, gosto, poder aquisitivo, não havendo a meu ver nenhuma verdade absoluta e imutável que iguale as experiências de todos, seria muito chato se assim fosse, desculpem o longo off tópic, de minha parte encerro por aqui.
    ARILDO
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  • #8
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    Citação Postado originalmente por Arildo MT Ver Post

    Posso estar errado, relembrando que não atuo como mecânico profissional, e se estiver errado me corrijam por favor (gosto de aprender), mas acho que essa diferença talvez se deva principalmente ao motor a diesel girar muito menos ao longo da vida, como consequência desgastando menos as partes móveis, mas isso em grande parte se limita as partes mecânicas, pois imagino que os sensores e periféricos esternos ao bloco tem vida similar com vantagem para peças de qualidade superior independente do combustível,
    Arildo, negativo. Os motores a diesel não duram mais por girarem menos. Você pode usar um motor a gasolina na mesma faixa de giro que um diesel e você não terá a mesma durabilidade. As peças do motor diesel são obrigatoriamente mais resistentes para suportar as altas taxas de compressão, e por isso são muito mais duráveis e mais caras. Mas, vai além disso. Por concepção, ele tem vantagens, como essa que explanei acima. O anel de pistão de um motor diesel, como o que usei de exemplo, pode durar facilmente 1.600.000 kms. Depois disso ele perde a elasticidade. E mesmo depois de perder a elasticidade, o motor não perde compressão! Incrível, não? Claro que tudo isso varia de projeto para projeto. Um motor como usado nos trollers e picapes, de 4cc ou 5cc tem essa vida útil por volta de 1.000.000 a 1.200.000 kms, mas mesmo depois disso o motor continua mantendo as altas taxas de compressão, como expliquei anteriormente.

    Sensores, nem em veículo a gasolina, nem em veículos a diesel, são de fato um problema. O que causa problemas são os terminais elétricos que podem sofrer avarias, por exemplo, em lavagens com água com pressão. Claro que, quanto mais sensores, mais módulos, atuadores, maior a complexidade do sistema.

    Veículos a diesel, de 2006 a 2012, como exposto pelo pumba, não possuem nenhuma complexidade eletrônica. Possuem 4 atuadores nos bicos, sensor de temperatura de água e combustível, sensor t-map (ar e pressão) e sensor de rotação. Mesmo que haja falha na leitura desses sensores, por exemplo por falha no terminal, o motor funciona em modo go-home (segurança) permitindo giro até o valor máximo da faixa de torque, com exceção do sensor de rotação, que não tem o que dá problema - é apenas um anel dentado. O único caso que vi de problema no sensor de rotação, em toda minha vida de mecânico, culminou na troca do chicote do motor (fio quebradiço), o sensor estava perfeito, trocado desnecessariamente. Estes veículos nem mesmo possuem catalisador ou qualquer controle eletrônico de emissões. A injeção só se preocupa de fato com injeção de combustível e só entra em modo de segurança em situações como aquecimento, falha de injeção em um dos bicos (entupimento, por exemplo, ou falha no atuador ou o mais comum, baixo fluxo de combustível). Não existe outra possibilidade, por isso diagnosticar um veículo a diesel é extremamente fácil. Em suma, 99,9% dos problemas são baixo fluxo de combustível, seja na bomba injetora (ou alta) ou nos bicos.

    Num troller dessa faixa de ano, resume-se literalmente a essa meia dúzia de sensores. Em veículos dotados de ABS, EBD, TCS, ESP, etc, são adicionados inúmeros outros sensores e inclusive módulos eletrônicos independentes, além de codificação eletrônica da ECU - troller não tem isso, dá pra fazer ligação direta em qualquer um e levar o veículo - em outros veículos é necessário uma ECU descodificada para ligar o veículo. Por exemplo, o ABS tem seu próprio módulo de controle. O EBD, tem outro módulo separado, e cada um tem vários sensores espalhados pra cumprir suas funções e a ECU do motor, em alguns casos recebe informações das outras também, impedindo o funcionamento do veículo em caso de avarias, por exemplo, a dor airbag tem esse comportamento - o veículo não dá partida sem o funcionamento estar perfeito.

    Em veículos a gasolina, a complexidade é incomparável. São inúmeros sensores como expôs o pumba. E de fato o número de sensores que a ECU controla chega sim a passar de 50 em alguns casos. Mas, por baixo, pode-se chutar algo como entre 30 a 40 na maioria dos carros, espalhados por diversos lugares. Eles usam os mesmos sensores que um veículo a diesel common rail usa, porém em quantidades muito maiores, pois a ECU precisa medir pré e pós combustão de todas as informações, além de analisar uma série de informações que não são analisadas no common rail, como velocidade, detonação, voltagem, etc e ainda tomar decisões baseadas nessas informações usando uma IA (inteligência artificial). O diagnóstico é extremamente mais complicado e muito custoso caso o mecânico não tenha um scanner. O número de terminais elétricos é absurdamente mais alto. Num common rail, você consegue diagnosticar tranquilamente um motor com base em interpretações simples e na pior das hipóteses, medir a resistência de meia-dúzia de sensores pra mapear um chicote defeituoso por exemplo. Num veículo a gasolina é literalmente humanamente impossível.
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  • #9
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    Citação Postado originalmente por roberto_nascimento Ver Post
    Arildo, negativo. Os motores a diesel não duram mais por girarem menos. Você pode usar um motor a gasolina na mesma faixa de giro que um diesel e você não terá a mesma durabilidade. As peças do motor diesel são obrigatoriamente mais resistentes pra suportar as altas taxas de compressão, e por isso são muito mais duráveis e mais caras. Mas, vai além disso. Por concepção, ele tem vantagens, como essa que explanei acima. O anel de pistão de um motor diesel, como o que usei de exemplo, pode durar facilmente 1.600.000 kms. Depois disso ele perde a elasticidade. E mesmo depois de perder a elasticidade, o motor não perde compressão! Incrível, não? Claro que tudo isso varia de projeto para projeto. Um motor como usado nos trollers e picapes, de 4cc ou 5cc tem essa vida útil por volta de 1.000.000 a 1.200.000 kms, mas mesmo depois disso o motor continua mantendo as altas taxas de compressão, como expliquei anteriormente.

    Sensores, nem em veículo a gasolina, nem em veículos a diesel, são de fato um problema. O que causa problemas são os terminais elétricos que podem sofrer avarias, por exemplo, em lavagens com água com pressão. Claro que, quanto mais sensores, mais módulos, atuadores, maior a complexidade do sistema.

    Veículos a diesel, de 2006 a 2012, como exposto pelo pumba, não possuem nenhuma complexidade eletrônica. Possuem 4 atuadores nos bicos, sensor de temperatura de água e combustível, sensor t-map (ar e pressão) e sensor de rotação. Mesmo que haja falha na leitura desses sensores, por exemplo por falha no terminal, o motor funciona em modo go-home (segurança) permitindo giro até o valor máximo da faixa de torque, com exceção do sensor de rotação, que não tem o que dá problema - é apenas um anel dentado. O único caso que vi de problema no sensor de rotação, em toda minha vida de mecânico, culminou na troca do chicote do motor (fio quebradiço), o sensor estava perfeito, trocado desnecessariamente. Estes veículos nem mesmo possuem catalisador ou qualquer controle eletrônico de emissões. A injeção só se preocupa de fato com injeção de combustível e só entra em modo de segurança em situações como aquecimento, falha de injeção em um dos bicos (entupimento, por exemplo, ou falha no atuador ou o mais comum, baixo fluxo de combustível). Não existe outra possibilidade, por isso diagnosticar um veículo a diesel é extremamente fácil. Em suma, 99,9% dos problemas são baixo fluxo de combustível, seja na bomba injetora (ou alta) ou nos bicos.

    Num troller dessa faixa de ano, resume-se literalmente a essa meia dúzia de sensores. Em veículos dotados de ABS, EBD, TCS, ESP, etc, são adicionados inúmeros outros sensores e inclusive módulos eletrônicos independentes, além de codificação eletrônica da ECU - troller não tem isso, dá pra fazer ligação direta em qualquer um e levar o veículo - em outros veículos é necessário uma ECU descodificada para ligar o veículo. Por exemplo, o ABS tem seu próprio módulo de controle. O EBD, tem outro módulo separado, e cada um tem vários sensores espalhados pra cumprir suas funções e a ECU do motor, em alguns casos recebe informações das outras também, impedindo o funcionamento do veículo em caso de avarias, por exemplo, a dor airbag tem esse comportamento - o veículo não dá partida sem o funcionamento estar perfeito.

    Em veículos a gasolina, a complexidade é incomparável. São inúmeros sensores como expôs o pumba. E de fato o número de sensores que a ECU controla chega sim a passar de 50 em alguns casos. Mas, por baixo, pode-se chutar algo como entre 30 a 40 na maioria dos carros, espalhados por diversos lugares. Eles usam os mesmos sensores que um veículo a diesel common rail usa, porém em quantidades muito maiores, pois a ECU precisa medir pré e pós combustão de todas as informações, além de analisar uma série de informações que não são analisadas no common rail, como velocidade, detonação, voltagem, etc e ainda tomar decisões baseadas nessas informações usando uma IA (inteligência artificial). O diagnóstico é extremamente mais complicado e muito custoso caso o mecânico não tenha um scanner. O número de terminais elétricos é absurdamente mais alto. Num common rail, você consegue diagnosticar tranquilamente um motor com base em interpretações simples e na pior das hipóteses, medir a resistência de meia-dúzia de sensores pra mapear um chicote defeituoso por exemplo. Num veículo a gasolina é literalmente humanamente impossível.
    Parabéns Roberto, bela aula. Tem alguma oficina mecânica que mexe com ngd 3.0 que você recomende em Sampa? Grato.

  • #10
    Sim, podemos eternizar isso aqui, rsrs


    Vamos colocar mais alguns itens nessa roda viva...

    Pelo simples fato do diesel ter rendimento térmico em torno de 30% melhor que o Otto(+/-40% diesel e +/-30%Otto), ele já deveria ser o motor oficial de qq nação... Se falar do elétrico, vira piada (chega aos 95% de eficiência), mas isso é física de prancheta, tem mais coisa envolvida...

    Aqui no Brasil, o que vc chama de ignorância, eu chamo de legislação.
    O veículo a diesel fica restrito a veículos de carga, tração 4x4 com reduzida e outras peculiaridades de lei...
    Nosso diesel é subsidiado pelo governo (por nós), então seu uso fica restrito a determinada categoria de veículos.

    O fato é que a lei não permite que carros rodem no óleo, por isso não disseminou os motores leves a diesel por aqui... (JPX tentou mas fez cagada...), por isso não formou-se mecânicos "mãos leves" para veículos a diesel "civil"... a Lei gerou ignorância, tanto de mão de obra como de massa crítica (nós aqui).

    O mais cômico é que os motores leves a diesel usados nos VW, Audi lá na Europa são produzidos aqui no Brasil.

    Sempre que algum conhecido vai pra Europa me pergunta, "Que carro alugo?! Vou viajar por tudo lá..." eu respondo, "pega qq um a Diesel..." ai me falam, "mais é mais caro..." eu respondo, mas é mais econômico".
    E depois voltam maravilhados... " nossa o carro fazia 25Km/L!"

    Até os Hermanos usam diesel nos carros....

    Enfim, o fato é que para nós aqui em terras tupiniquins, onde o motor a diesel ainda é linha pesada, para a grande maioria, se levar em conta o tempo de uso, a conta não fecha... Isso não é desabono ao diesel e sim o que disse lá atrás, matar mosquito com canhão....

    A motor dura 1.600.000 km, mas e o resto do carro?! Se vc não fizer isso em 10 anos (160.000Km/ano ou +/- 450Km/dia durante 10 anos), vc estará desperdiçando todo potencial do motor.
    Já pensando acima da média nacional (15Kkm/ano) depois de 10 anos o motor estará com 200.000Km, mas com 10 anos todos os periféricos estarão em fadiga, não por uso, mas pelo tempo... aí vai começa a apurrinhação...

    Da mesma forma que aqui em São Paulo, comprar um sedãn médio para ir e voltar do trabalho, sai mais caro que táxi (se colocar Uber é covardia), mas ninguém faz conta.
    Da mesma forma que pagar aluguel é mais barato que ter a casa própria... e por aí vai.

    Mas quem não quer o luxo de ter seu carro a disposição, ter a segurança da casa própria, e por que não o carro próprio ser um 4x4 a diesel?!

    Quem pode: compra
    Quem não pode: faz conta (eu fico com o Jimny, rsrs)

    Abraço,

    T+

    * A Alemanha anunciou que não fabricará mais motor a combustão a partir de 2030, 14 aninhos, só.... - aqui ainda deve levar uns 50, mas, na dúvida, vamos tirar proveito enquanto podemos.

  • #11
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    Roberto, obrigado pelos complementos.

    Paulo, sobre a lei: Por que o diesel e proibido para veiculos de passeio no Brasil? | QUATRO RODAS

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    Sobre a Alemanha:

    Troller Vs jimny preparado-1.png

    Alemanha quer banir carros a gasolina e diesel ate 2030 | Tecnoblog

    E pra mim, e para muitos engenheiros, isso que a Alemanha está fazendo, é um absurdo.

    O uso de aviões é um dos maiores vilões da poluição ambiental. Diga-se de passagem que o querosene usado na aviação não difere muito do diesel automotivo, náutico e aeronáutico (temos motores a diesel também em aviação). E o uso de aeronaves sempre foi encoberto, inocentado e protegido, enquanto os usuários de carros, caminhões e ônibus são colocados como vilões da poluição. Um vôo de cruzeiro chega a gastar 50 tanques de carro popular por hora. Uma única viagem de 5 ou 10 horas significa um consumo de mais de 200 litros por passageiro. Passar um fim de semana nos Estados Unidos, significa que você foi responsável sozinho por gastar quase 500 litros do combustível mais nobre que o petróleo pode produzir. De carro, seria possível viajar dois meses ou mais com toda a família, gastando a mesma quantidade de hidrocarbonetos.

  • #12


    É isso aí, confirma e complementa!

    Eu sabia que os aviões eram grandes poluentes (gases e sonoros - moro próximo do CGH ), mas não tinha essas contas. Mais um motivo pra eu continuar indo de carro, quando o tempo me permitir!

    Afinal como dizem, uma viagem não é o que tem lá, e sim o que há entre aqui e lá!

    Bom feriado a todos!

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