Grande Thiago, o Niva atual está comigo há 4 anos, antes dele eu tinha um 90/91, que ficou comigo durante quase 10 anos, rodando quase 200.000 Km em minhas mãos. Portanto, foi com ele que fiz diversas de minhas viagens longas. Aliás, eu viajava bem mais naquela época do que faço hoje!
As viagens abaixo foram todas feitas com aquele Niva:
1997: viagem a Minas Gerais (Estrada Real) - o Niva tinha cerca de 60.000 Km rodados
1998: viagem ao Sul (SP/SC/RS/SC/PR/SP) - o Niva tinha cerca de 82.000 Km rodados
2001: viagem ao Sul (SP/SC/RS/SC/PR/SP) - o Niva tinha cerca de 150.000 Km rodados
2002: V.de Mauá/Sul de MG/V.de Mauá - o Niva tinha cerca de 170.000 Km rodados
2004: viagem ao Sul (SP/SC/PR/SP) - o Niva tinha cerca de 210.000 Km rodados
2005: Serra Fluminense e V de Mauá - o Niva tinha cerca de 225.000 Km rodados
Obviamente, tive problemas nas viagens, mas todos foram resolvidos sem dificuldades. Lâmpadas queimadas, pneus furados, nada mais sério. Os problemas mais sérios que tive, que menciono abaixo, ocorreram, para minha sorte, próximo a São Paulo ou, em um dos casos, próximo a um local que me permitiu reparar o problema.
Em 2001, retornando de uma viagem ao sul, eu saí de Florianópolis em um sábado, com destino a Peruíbe, onde pernoitaríamos, para no dia seguinte seguirmos até Paraty. A uns 100 Km de Florianópolis, estranhei o fato de a alavanca de câmbio estar esbarrando no meu toca-fitas, parei num pequeno posto de gasolina para verificar (achei que o toca-fitas, que era do tipo gaveta, estava mal encaixado). Ao dar marcha-a-ré, simplesmente fiquei com a alavanca de câmbio em minha mão!
Comecei a desmontar o sistema (console, guarda-pó, etc...) e vi que a alavanca de câmbio, através de uma bucha de nylon, se encaixava em outra alavanca, bem mais curta, que entrava na caixa de câmbio e executava os engates, acionando o trambulador. Esta alavanca curta é que havia se partido, ao que tudo indicava, em um processo que já havia começado havia tempo. Na falta de opção, resolvi tentar tirar a peça e encontrar alguém para soldá-la. Ao fazê-lo, quase estraguei tudo, ao remover a peça errada e deixar cair um parafuso dentro da caixa de câmbio! Gelei novamente, mas, com um alicate de bico fino e a chave de fenda magnetizada, além de muuuuuuita paciência, consegui tirar o parafuso de lá. Se eu não tivesse conseguido fazê-lo, babau, teria que chamar o resgate para rebocar o carro e mandar remover e desmontar o câmbio!
Para provar que, no meio do azar, a sorte pode aparecer, descobri que, próximo ao posto de gasolina, havia um depósito de areia e brita, no qual haviam algumas escavadeiras. Para maior sorte nossa, lá estavam três rapazes, consertando alguma coisa, dentro de um galpão. E, para nossa máxima sorte, eles tinham um equipamento de solda elétrica!!! Fui atendido por um rapaz (Juliano, descobri depois), que me disse que poderia soldar a peça (que eu, após alguma luta, havia conseguido retirar e levar até o galpão onde estavam os rapazes). Assim foi feito, e após a solda, voltei ao Niva e montei tudo em seu lugar. É claro que eu o fiz de forma errada, de modo que nenhuma marcha entrava, a alavanca não se mexia. Voltei até o galpão e Juliano me explicou que eu deveria alinhar os dentes das três engrenagens, para colocar o câmbio no ponto morto. Desmontei tudo de novo, alinhei as engrenagens e tornei a montar tudo. Agora, a 1ª e a 2ª marchas entravam, a ré não. Forcei um pouco, e a ré entrou, para não mais sair! Acabei rodando de ré até o galpão (!!!), retirei mais uma vez a bendita peça e Juliano me explicou que eu havia montado a trava da marcha-à-ré de forma invertida, com o que a ré não travava. Montei a peça a peça de forma correta e, enfim, tudo funcionou a contento! Como eu havia estragado uma junta, Juliano colocou um pouco de cola vedadora no local, para que o óleo de câmbio não vazasse, e eu, pela quinta e definitiva vez, montei a alavanca! Assim, aliviados, conseguimos, por volta das 16:40, seguir viagem. Dos males o menor, atrasamos muitíssimo a etapa daquele dia, mas não ficamos largados no meio da estrada nem fomos rebocados! E ainda completamso nossa viagem, conforme previsto, indo até Paraty!
Em 2004, também em viagem ao Sul, saímos bem cedo de Curitiba, rumo a Visconde de Mauá, um trajeto looooongo (cerca de 800-900 Km), mas possível. Ao passarmos por São Paulo, no congestionamento da Marginal do Tietê, senti que havia algo errado com a embreagem, mas atribuí isto ao calor excessivo e ao uso intensivo da mesma. Já na rodovia Carvalho Pinto, parei o Niva para um lanche. Ao dar a partida para sair, apertei o pedal da embreagem, como sempre o faço (e aconselho todos a fazer o mesmo, isto alivia o motor de arranque, facilitando a partida e aliviando a bateria), e o motor de partida girou pesadamente. Fiz um teste e percebi que, ao apertar o pedal da embreagem, isto sempre acontecia. Liguei para o Wilson, que me informou que a embreagem estava no fim, e seguir viagem não era recomendável, pois eu iria ficar sem embreagem. Tive que chamar o resgate da seguradora, que levou meu carro até minha casa. Na manhã seguinte, fui rodando até o Wilson, que trocou a embreagem, permitindo que, pouco antes do meio-dia, eu partisse para Visconde de Mauá. Portanto, perdemos apenas algumas horas da viagem (e economizamos um dia de hospedagem...
)
O terceiro problema sério ocorreu em uma viagem a Visconde de Mauá. Eu estava a uns 70 Km de São Paulo quando o motor começou a emitir um ruído "feio". Desliguei imediatamente o motor e liguei para o Wilson, que me disse para não ligar mais o motor, pois poderia piorar a situação. O Niva foi levado pelo resgate da seguradora até a oficina (a viagem, obviamente, foi cancelada) e foi necessário mexer na parte baixa do mesmo, um conserto que não saiu caro, principalmente em relação ao que poderia ter custado se eu insistisse em seguir viagem. Neste caso, minha sorte foi que isto correu próximo a São Paulo e dentro do perímetro coberto pela seguradora. Seria bem pior se o carro quebrasse a uns 300 Km de casa, à noite, no meio do nada!
Resumindo: em alguns casos, dei sorte, mas, de modo geral, é importante ter um mecânico de confiança, tudo em dia, no que diz respeito à manutenção e ter um bom ouvido para os ruídos normais e anormais do carro. Não foram poucas as vezes em que eu levei meu carro ao Wilson para verificar algum ruído que soava estranho, e ele descobriu pequenos problemas que poderiam ter se transformado em grandes aborrecimentos, se não tivessme sido detectados por mim.
É importante lembrar que carro velho é carro velho, o Niva é resistente e confiável, mas há certos problemas que não podem ser previstos, acontecem e ponto! O importante é fazer com que a ocorrência deste problemas seja minimizada e, em alguns casos prevenida com a troca antecipada de peças que possam vir a trazer problemas futuros.
Quanto a gostar do Niva e não querer outro carro, sei como é isso, já pensei por diversas vezes em trocá-lo, mas, quando tento imaginar qual seria o substituto, só encontro uma opção: um outro Niva!
As viagens abaixo foram todas feitas com aquele Niva:
1997: viagem a Minas Gerais (Estrada Real) - o Niva tinha cerca de 60.000 Km rodados
1998: viagem ao Sul (SP/SC/RS/SC/PR/SP) - o Niva tinha cerca de 82.000 Km rodados
2001: viagem ao Sul (SP/SC/RS/SC/PR/SP) - o Niva tinha cerca de 150.000 Km rodados
2002: V.de Mauá/Sul de MG/V.de Mauá - o Niva tinha cerca de 170.000 Km rodados
2004: viagem ao Sul (SP/SC/PR/SP) - o Niva tinha cerca de 210.000 Km rodados
2005: Serra Fluminense e V de Mauá - o Niva tinha cerca de 225.000 Km rodados
Obviamente, tive problemas nas viagens, mas todos foram resolvidos sem dificuldades. Lâmpadas queimadas, pneus furados, nada mais sério. Os problemas mais sérios que tive, que menciono abaixo, ocorreram, para minha sorte, próximo a São Paulo ou, em um dos casos, próximo a um local que me permitiu reparar o problema.
Em 2001, retornando de uma viagem ao sul, eu saí de Florianópolis em um sábado, com destino a Peruíbe, onde pernoitaríamos, para no dia seguinte seguirmos até Paraty. A uns 100 Km de Florianópolis, estranhei o fato de a alavanca de câmbio estar esbarrando no meu toca-fitas, parei num pequeno posto de gasolina para verificar (achei que o toca-fitas, que era do tipo gaveta, estava mal encaixado). Ao dar marcha-a-ré, simplesmente fiquei com a alavanca de câmbio em minha mão!
Comecei a desmontar o sistema (console, guarda-pó, etc...) e vi que a alavanca de câmbio, através de uma bucha de nylon, se encaixava em outra alavanca, bem mais curta, que entrava na caixa de câmbio e executava os engates, acionando o trambulador. Esta alavanca curta é que havia se partido, ao que tudo indicava, em um processo que já havia começado havia tempo. Na falta de opção, resolvi tentar tirar a peça e encontrar alguém para soldá-la. Ao fazê-lo, quase estraguei tudo, ao remover a peça errada e deixar cair um parafuso dentro da caixa de câmbio! Gelei novamente, mas, com um alicate de bico fino e a chave de fenda magnetizada, além de muuuuuuita paciência, consegui tirar o parafuso de lá. Se eu não tivesse conseguido fazê-lo, babau, teria que chamar o resgate para rebocar o carro e mandar remover e desmontar o câmbio!
Para provar que, no meio do azar, a sorte pode aparecer, descobri que, próximo ao posto de gasolina, havia um depósito de areia e brita, no qual haviam algumas escavadeiras. Para maior sorte nossa, lá estavam três rapazes, consertando alguma coisa, dentro de um galpão. E, para nossa máxima sorte, eles tinham um equipamento de solda elétrica!!! Fui atendido por um rapaz (Juliano, descobri depois), que me disse que poderia soldar a peça (que eu, após alguma luta, havia conseguido retirar e levar até o galpão onde estavam os rapazes). Assim foi feito, e após a solda, voltei ao Niva e montei tudo em seu lugar. É claro que eu o fiz de forma errada, de modo que nenhuma marcha entrava, a alavanca não se mexia. Voltei até o galpão e Juliano me explicou que eu deveria alinhar os dentes das três engrenagens, para colocar o câmbio no ponto morto. Desmontei tudo de novo, alinhei as engrenagens e tornei a montar tudo. Agora, a 1ª e a 2ª marchas entravam, a ré não. Forcei um pouco, e a ré entrou, para não mais sair! Acabei rodando de ré até o galpão (!!!), retirei mais uma vez a bendita peça e Juliano me explicou que eu havia montado a trava da marcha-à-ré de forma invertida, com o que a ré não travava. Montei a peça a peça de forma correta e, enfim, tudo funcionou a contento! Como eu havia estragado uma junta, Juliano colocou um pouco de cola vedadora no local, para que o óleo de câmbio não vazasse, e eu, pela quinta e definitiva vez, montei a alavanca! Assim, aliviados, conseguimos, por volta das 16:40, seguir viagem. Dos males o menor, atrasamos muitíssimo a etapa daquele dia, mas não ficamos largados no meio da estrada nem fomos rebocados! E ainda completamso nossa viagem, conforme previsto, indo até Paraty!
Em 2004, também em viagem ao Sul, saímos bem cedo de Curitiba, rumo a Visconde de Mauá, um trajeto looooongo (cerca de 800-900 Km), mas possível. Ao passarmos por São Paulo, no congestionamento da Marginal do Tietê, senti que havia algo errado com a embreagem, mas atribuí isto ao calor excessivo e ao uso intensivo da mesma. Já na rodovia Carvalho Pinto, parei o Niva para um lanche. Ao dar a partida para sair, apertei o pedal da embreagem, como sempre o faço (e aconselho todos a fazer o mesmo, isto alivia o motor de arranque, facilitando a partida e aliviando a bateria), e o motor de partida girou pesadamente. Fiz um teste e percebi que, ao apertar o pedal da embreagem, isto sempre acontecia. Liguei para o Wilson, que me informou que a embreagem estava no fim, e seguir viagem não era recomendável, pois eu iria ficar sem embreagem. Tive que chamar o resgate da seguradora, que levou meu carro até minha casa. Na manhã seguinte, fui rodando até o Wilson, que trocou a embreagem, permitindo que, pouco antes do meio-dia, eu partisse para Visconde de Mauá. Portanto, perdemos apenas algumas horas da viagem (e economizamos um dia de hospedagem...

O terceiro problema sério ocorreu em uma viagem a Visconde de Mauá. Eu estava a uns 70 Km de São Paulo quando o motor começou a emitir um ruído "feio". Desliguei imediatamente o motor e liguei para o Wilson, que me disse para não ligar mais o motor, pois poderia piorar a situação. O Niva foi levado pelo resgate da seguradora até a oficina (a viagem, obviamente, foi cancelada) e foi necessário mexer na parte baixa do mesmo, um conserto que não saiu caro, principalmente em relação ao que poderia ter custado se eu insistisse em seguir viagem. Neste caso, minha sorte foi que isto correu próximo a São Paulo e dentro do perímetro coberto pela seguradora. Seria bem pior se o carro quebrasse a uns 300 Km de casa, à noite, no meio do nada!
Resumindo: em alguns casos, dei sorte, mas, de modo geral, é importante ter um mecânico de confiança, tudo em dia, no que diz respeito à manutenção e ter um bom ouvido para os ruídos normais e anormais do carro. Não foram poucas as vezes em que eu levei meu carro ao Wilson para verificar algum ruído que soava estranho, e ele descobriu pequenos problemas que poderiam ter se transformado em grandes aborrecimentos, se não tivessme sido detectados por mim.
É importante lembrar que carro velho é carro velho, o Niva é resistente e confiável, mas há certos problemas que não podem ser previstos, acontecem e ponto! O importante é fazer com que a ocorrência deste problemas seja minimizada e, em alguns casos prevenida com a troca antecipada de peças que possam vir a trazer problemas futuros.
Quanto a gostar do Niva e não querer outro carro, sei como é isso, já pensei por diversas vezes em trocá-lo, mas, quando tento imaginar qual seria o substituto, só encontro uma opção: um outro Niva!

Não vi relatos de suas viagens ao Nordeste, por que? Oportunidade?
Ou medo do calor de 40º????!!!...