Postado originalmente por
Renato Fraga
Me desculpem, mas ao ver estes relatos me deu uma coceira e preciso ralatar alguma coisa também !!!!
Acho que o princípio básico do tal jumelo revolver é minimizar a torção longitdinal do feixe de molas a fim de poupar as buchas do molejo e facilitar a abertura do jumelo, uma vez que esta abertura é realizada de forma paciva somente através da força gravitacional e da alavanca exercida pelo pneu do lado oposto ao "aberto".
O fato é que ao se abrir, o movimento rotacional que o jumelo revolver pode fazer fica nulo, fazendo tal movimento somente do lado que está na posição normal, recebendo força. Ou seja, o lado que mais precisa da rotação, ela não acontece.
Explicando melhor: lado fexado = recebendo forca e jumelo rotacionado anulando a torção do feixe. Lado aberto = sem força e jumelo alinhado, recebendo força da torção do feixe.
Avaliando em termos de estrutura do acessório, entendo que o dispositivo que permite a tal rotação consiste na porção mais importante e "frágil" na minha opinião, uma vez que suporta todo o peso do veículo sobre ele, e que oferece a maior dificuldade na hora da confecção.
Mesmo que não observado ainda, acredito ser uma peça mais suscetível a falhas, principalmente quando destinado a veículos de uso irrestrito.
Em relação aos dispositivos de articulação longitudinal mostrados anteriormente, tal como o do suporte do molejo ao chassi ou mesmo o último mostrado que se articula entre o eixo e o molejo, vejo um potencial muito grande de riscos para a dinâmica do veículo.
Vejam bem, o sistema de suspensão por molas semi elipticas é bem simples porém depende apenas do feixe para manter o eixo em sua posição. Vejam que quando o arco deste feixe é muito angulado, ou mesmo existe uma alavanca grande entre eixo e molejo sofremos com o Axle Wrap, resultado do exercício da força de rotação do próprio eixo, deslocando-se longitudinalmente ao chassi. Existem ainda agravantes para este efeito, principalmente os pneus grandes que utilizamos, etc etc etc, porém com uma barra de tração podemos anular tal efeito sem comprometimentos para o trabalho da suspensão, otimizando ainda a tração do veículo.
Já no sentido transversal, o que segura o eixo no seu lugar é o feixe mais uma vez, através da resistência oferecida na sua torção longitudinal, transmitida ao suporte do molejo, jumelo e fixação ao eixo. Não vejo justificativa de se adicionar uma panhard para este caso apesar de se tornar necessário. Digo, que para tornar complexo uma coisa que é naturalmente simples, parte logo para links, molas helicoidais etc etc etc.......
No caso da articulação do suporte do molejo ao chassi, entendam que o mesmo não vai apenas rotacionar, mas também transladar, deslocando o eixo lateralmente inevitavelmente. Se estiver aliado a um jumelo revolver, mais perigo ainda, principalmente porque o mesmo rotaciona apenas quando está fechado. Já imaginou em uma curva a cerda de 40km/h num deslocamento??? Não precisa muito, mas o eixo pode "escorregar" por debaixo do Jeep.
Portanto , na minha opinião, qualquer dispositivo desta natureza acredito colocar em risco o comportamento dinâmico do veículo. Já o Jumelo Revolver, na minha opinião tem funcionamento contrário do ideal. Permite rotação quando não precisa e por segurança não deveria rotacionar e fica travado quando deveria permitir a rotação longitudinal do feixe.
Em relação aos jumelos simplesmente articulados, vejo muito menos problemas, pois mantêm o feixe longitudinalmente estável em todas as situações, e a exemplo dos modelos confeccionado pela TT4, ainda possuem uma trava que nada mais é que um pino que impede sua abertura para situações "on road" ou outras necessidades. Simplesmente volta a ser um jumelo convencional.
Não é marketing nem puxação de saco, mas tenho o relato de observar vários veículos dos mais diversos modelos e preparações utilizando estes jumelos a mais de 3 anos e nunca observamos problemas com nenhum deles.
Espero ter sido claro e suscinto.
Sem mais....
Abraços a todos.