A foto mostra o conjunto inicial, que montei em 2007, composto de um coletor da Engine Racing, de alumínio, com sistema de aquecimento na base e um corpo de borboletas, feito pela Fabri Power. O corpo de borboletas simula o saudoso Webber 40 IDF. Pena que somente tenho uma foto deste início de projeto. Contava com dois bicos injetores nele, mas estão por detrás do corpo de borboletas, portanto invisíveis. Dois venturis de 48MM, cada.
Este sistema nunca funcionou bem. Somente permitia ao motor virar adequadamente, com misturas riquíssimas até regimes médios. Depois ficava equilibrado, "limpava" o funcionamento e o motor girava direito. Mas era difícil lidar. Vivia apagando e quando "limpava", saia feito um rojão.
Aos poucos percebi e aprendi falando com Eraldo Bueno, representante técnico da FuelTech, com o Jaime Gulinelli, da GT Racecars de Campinas, e com o Ramiro Eli, que o que ocorria era a condensação do combustível na base do coletor. Não ia "mistura" para os cilindros mas um monte de ar e um monte de álcool escorrido, sem estar devidamente pulverizado. A queima era deficiente e boa parte do combustível era jogado fora. Além disso a distribuição era imperfeita devido à disposição dos cilindros, o que ocasionava encharcamento dos cilindros 3 e 4, alguma regularidade no 2 e 5, e secura no 1 e 6. Prá complicar um pouco mais o cilindro 2 roubava do 1 e o 5 roubava do 6.
Esta bagunça permanecia até uns 3.000 rpm. Depois disso, a turbulência no interior do coletor passa a ser tão grande que acaba formando uma mistura. Vai tudo de qualquer jeito prá dentro da câmara e o motor vira corretamente. Nunca soube o consumo de combustível, com este conjunto.