Terça feira retornei após 34,5 dias de expedição pelos Andes (San Pedro de Atacama-Uyuni-Titicaca-Cusco-Nasca-Lima-Caral-Tacna-Iquique-Jujuy-Salta-Tucumán), eu na Defender com injeção mecânica e meu companheiro numa Toyota Hilux CD com injeção eletrônica. Rodamos muito acima de 4.000 m, chegando a 5.100 m como ponto máximo em Apacheta no Parque Nacional Eduardo Avaroa-Bolivia. Na Defender instalei um sistema de monitoramento sul africano de várias variáveis, entre elas da temperatura dos gases de combustão. Para facilitar a instalação do termopar e para não ter a preocupação de soltar alguma peça e danificar a turbina, o instalei no escapamento o mais perto da saída da turbina. O que pude observar é:
-O alarme por temperatura dos gases está programado para 550 °C, no Brasil em subidas em quinta marcha judiando do motor esta não é atingida, agora nas alturas o bicho pega. Aprendi a dirigir nas alturas, em subidas em que parece que o motor tem folga o alarme do EGT tocava, reduzindo a marcha de quinta para quarta, por exemplo, aumentando o giro do motor a temperatura voltava ao normal. Dependendo da inclinação e do comprimento da subida tinha que reduzir a velocidade e as marchas para manter a temperatura dos gases em um valor adequado. A temperatura d’água do sistema de refrigeração sempre se manteve em valores normais segundo o fabricante do motor.
- Poso concluir que com motor eletrônico se não tiver cuidado em circular a menor velocidade e giro maior que nas altitudes menores o motor entrará em alerta por temperatura. Motores mecânicos melhor seria outra regulagem para viver nas alturas e para motores envenenados em baixas altitudes, cuidado, poderão ficar pendurados nos Andes.
Ei, Hugo, explica melhor este sistema de monitoramento da sua Defender, pois me interessou.
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