
Postado originalmente por
SÉRGIO HOLANDA
Não sinta por isso Paulo...
na verdade tudo é uma questão de cuidado e de como se usa.
Nosso amigo Amadeus descreveu muito bem como as coisas são: km alto e um motor que não sabemos como foi cuidado são bons exemplos. Eu duvido você pegar um veículo a gasolina com 200mil km e enfiar o pé nele e ele rodar tranquilo. É ilusão, o que acontece é justamente essa coisa de motor diesel durar muito, e dura sim, sabendo usar. Por mais moderno que seja o motor a diesel não é feito pra andar em cima de 4.000RPM, é muita temperatura, pressão de turbina e taxa de compressão altissíma, ele vai sofrer.
No seu caso um 2.8 com cabeçote de ferro, com certeza foi muito mal-tratado. Semana passada fui revisar minha SR5, que está com 260mil km rodada e é turbinada, ou seja. praticamente o dobro da potência original e faço trilhas pesadas, além de andar nas dunas e tal com o único incoveniente de esquentar vez outra nos areiões devido a potência extra e o motor está perfeito. Mas ia dizer o seguinte, tem uma SR5 98 fazendo motor, agora a história é a seguinte: KM 600.000, perguntei ao dono como erão as revisões e ele disse que só fazia trocar óleo de 10 em 10mil e o resto era andar e só foi abrir porque o motor não tava mais pegando, claro a compressão foi embora...você dizer que este motor tem problema!!! Na verdade o problema são os donos.
Agora, os motores 1KZT e os Mit por terem cabeçotes de alumínio são mais senciveis, digamos assim, então qualquer abuso forte que gere um aquecimento o cabeçote trinca mais fácil. Eu tive duas SW4, uma 98 (198.000km em minhas mão) e uma EFI 2001 (300mil km em minhas mãos e muita duna, já fiz com ela Chuí - Parnaíba pela praia, dunas, erosões e tudo de ruim), vendi estes dois carros primeira, sem nenhum problema, já meu pai com uma SW4 2001 ano passado teve o cabeçote trincado porque o radiador estorou a chaleira por consequência do plastico estava fragilizado e isso gerou a trinca, pois o motor quando foi aberto o indice de carbonização era praticamente zero!!! Então posso afirmar que uso indevido, manutenções erradas e falhas geram mais esses problemas do que os motores em si...se não a Mit e a Toyota teriam aprovados os motores MWM no teste de bancada que fizeram quando começaram a vender seus veículos importados no Brasil e os MWMs foram reprovados em comparação aos Toyota e Mit...Lembrando que ambas trabalham com diferencial bastante reduzido, fazendo com que os veículos andem em giro alto, principalmente os donos que gostam de andar em cima de 150km/h...
Tenho uma Carreta Volvo NL10 95 que está com 1.300.000km e motor stander, irei faze-lo esse ano...agora meu motorista sempre andou no limite de rotação benefico pro motor...
Posso dizer que a via crucis que você e seus colegas irão passar é simples, peças se tem no mercado, R$ 9.000.000,00 deixa o motor zeradinho, agora só use peças boas e juntas originais, ai na sua mão, sendo revisado e andando nos limites corretos veja quantos km irás rodar...
grande abraço,
Sérgio Holanda