Pois é pessoal,
O Rospierre vai fazer falta, tanto quanto o nosso amigo Gilvan. Pessoas diferentes, estilos diferentes, que tinham como únicas semelhanças gostarem de off-road, serem gente boa e serem ex-gordos.
Se foi difícil perder o Gilvan em um acidente bobo de trilha, acho mais difícil ainda aceitar a perda do Rosquinha, em viagem a trabalho. Em um acidente estúpido, previsível, evitável, e que tem como consequência não uma morte, mas a morte de, provavelmente, mais de 200 pessoas. Em que as pessoas que agiram com irresponsabilidade não se expuseram, mas expuseram as vidas de centenas de pessoas. Autorizar operação naquele aeroporto, com a pista naquelas condições, é uma atitude criminosa.
Só no Brasil o transporte aéreo está ficando mais perigoso que o terrestre. O acidente da GOL não tem nem dez meses. Naquele acidente, perdi 4 colegas de trabalho.
Ontem, perdi um amigo, um companheirão de trilhas, uma figura impagável na organização de passeios e Raids.
Para a família, um choque e uma perda que não consigo imaginar - e nem quero.
Para nós, uma saudade e uma revolta muito grandes, que devemos canalizar para não deixarmos barato para esses nossos "des-governantes".
Concordo com opiniões já colocadas aqui pelos amigos: não podemos nos omitir, temos que fazer a nossa parte.
E a nossa parte não é fácil, mas é possível. Começa pela postura pessoal, de cumprir a Lei e exigir seu cumprimento, sendo exemplo para filhos, parentes, amigos, vizinhos e colegas. Não tendo vergonha de ser honesto e por isso ser chamado de "otário", de "falso moralista", ou coisa pior.
E acreditando sempre que é possível que um dia, neste País, ser honesto não seja nem vergonha nem exceção.
Prá quem tem preguiça de ler o belíssimo texto da Elisa Lucinda publicado pelo Zocrato, escute a Ana Carolina lendo esse poema durante um show: [ame]http://www.youtube.com/watch?v=IhcaD2y0TZ0[/ame]
[ ]'s