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Convex Datacenter
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Resultados 97 a 108 de 159
  • #97



    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    " ... cada tipo de combustível (gasolina, álcool e GNV) requer uma curva diferente de ignição.
    Em motores que utilizam Gasolina E GNV (alternadamente, claro ) - ou álcool/GNV -
    esse CCI dá a possibilidade de utilizar "2 curvas diferentes", uma pra cada tipo de combustível? ... "
    Citação Postado originalmente por Sukys Ver Post
    " ... O CCI permite a alteração de uma curva, e na versão pra uso em GNV possui habilitação de atuação, ou seja,
    habilitando o GNV também é habilitado o CCI, e vice-versa.
    Caso o motor tenha sido modificado para funcionar no álcool e também no GNV, e desde que mantido o distribuidor com características para a gasolina,
    pra cada combustível haveria a necessidade de uma curva específica ... "
    Então, resumindo (se eu entendi direito ):

    1 Motores antigos a gasolina se beneficiarão com a "nova curva" gerada pelo CCI, devido a diferença na "gasolina de hoje em dia" (25% álcool) - CCI SEMPRE "acionado".

    2 Motores convertidos de gasolina pra álcool, que não realizaram a troca do distribuidor - IDEM acima.

    3 Motores que fazem uso de Gasolina/GNV, "acionariam" o CCI APENAS quando utilizando Gás (a maior parte do tempo ) -
    quando na gasolina, "a ignição" permanece com a "curva original" ("inadequada" pra "gasola de hoje em dia" ).

    4 Motores originalmente a Gasolina, mas que foram convertidos pra Álcool/GNV (é a minha pretensão), o mais indicado seria utilizar um distribuidor pra motor Álcool -
    utilizando a "curva original do motor álcool" quando utilizando esse combustível, e o CCI "acionado" quando no Gás. É isso?


    - SUKYS,
    Em motores que foi adaptado uma "ignição estática" (como o do Flugêncio), utilizando duas bobinas, e mantendo o distribuidor só como "sensor de giro" (ou algo assim...),
    como se dá a "regulagem" da curva de ignição? O CCI também serve pra esses casos? (tenho vontade de instalar no meu...)


    - AOS NIVEIROS "MEXÂNICOS" DE PLANTÃO:
    Muito de fala do distribuidor VW adaptado ao "eixo" do original Lada (inclusive a Apoio 4x4 vende "pronto").

    As "curvas" do VW são semelhantes às do Niva, ou pelo fato de utilizar o "eixo" Lada, mantém-se as curvas Lada?

    Se a tal adaptação for feita com um distribuidor VW "pra álcool" (+ o CCI), seria sanada essa questão "do Ítem 4" (conversão de Gasolina p/ Álcool/GNV) ?

    Por enquanto "é só" ...

    []'s

  • #98
    Usuário Avatar de Flugêncio
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    Ainda não

    - SUKYS,
    Em motores que foi adaptado uma "ignição estática" (como o do Flugêncio), utilizando duas bobinas, e mantendo o distribuidor só como "sensor de giro" (ou algo assim...),
    como se dá a "regulagem" da curva de ignição? O CCI também serve pra esses casos? (tenho vontade de instalar no meu...)


    Luciano,

    Ainda não foi instalada a tal Ignição, pois dependendo de umas variantes a CCI pode ser a solução.

  • #99
    Citação Postado originalmente por Otávio Luiz Ver Post
    Qual seria a "demanda" nescesária pra produzir um destes? Acredito que aqui no fórum terá outros interesados, tanto para álcool/GNV como pra gasolina/GNV. Os variadores de avanço, quando não ineficientes, são caros. E o CCI seria uma saída melhor, pois iria corrigir também a curva no combustível líquido...
    Determinar demanda é coisa complicada, ainda mais em se tratando de inovação.
    Tudo já está caminhando para que neste fim de semana seja feita a avaliação que faltava (motor original com ignição eletrônica) e se o resultado for significativo aumentam as chances de módulo com duas curvas, mas mesmo assim terei que pensar muito em como fazer coisa do tipo com o menor incremento de custo possível.

    Sds,
    Sukys

  • #100
    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    1 Motores antigos a gasolina se beneficiarão com a "nova curva" gerada pelo CCI, devido a diferença na "gasolina de hoje em dia" (25% álcool) - CCI SEMPRE "acionado".
    Exatamente, mas não é só isso.
    Motores antigos tem curva muito conservadora em função da qualidade do combustível da época. Muita gente reclama da mistura de álcool (e eu sou um deles, porque cada hora é uma mistura) só que a gasolina de antigamente era pior, inclusive nos EUA (falo sobre gasolina comum, e pior lá, muito pior por aqui). Tanto que por lá não existe a mistura com álcool e mesmo assim, em motores antigos, existe atualização de avanço centrífugo.

    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    2 Motores convertidos de gasolina pra álcool, que não realizaram a troca do distribuidor - IDEM acima.
    Aí já é baba de quiabo.

    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    3 Motores que fazem uso de Gasolina/GNV, "acionariam" o CCI APENAS quando utilizando Gás (a maior parte do tempo ) -
    quando na gasolina, "a ignição" permanece com a "curva original" ("inadequada" pra "gasola de hoje em dia" ).
    Exatamente, mas enquanto eu não entrei nessa de fazer algo pra melhorar ignição antiga, quem é que se preocupava com perda na curva original?

    Foi apenas um comentário sobre algo que não deixa de ser curioso, mas é bom que isso aconteça, porque assim as pessoas passam a se preocupar também com outras melhoras que podem ser feitas em carros com algumas décadas de uso, e de preferência sem grandes descaracterizações.
    Não sou contra a alteração de motores e câmbios, mas do jeito que muitos fazem, na base do "qualquer jeito é jeito", não demora muito e não sobrará jipe antigo, apenas jipe velho e sem valor.
    Quem cuida leva vantagem até na hora da venda, e quem compra, gosta e conhece, sabe dar valor ao que é original ou bem adaptado.

    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    4 Motores originalmente a Gasolina, mas que foram convertidos pra Álcool/GNV (é a minha pretensão), o mais indicado seria utilizar um distribuidor pra motor Álcool -
    utilizando a "curva original do motor álcool" quando utilizando esse combustível, e o CCI "acionado" quando no Gás. É isso?
    Na situação em que existe a opção de distribuidores, de fábrica e para um mesmo tipo de motor, tanto pra álcool quanto pra gasolina, sim

    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    Em motores que foi adaptado uma "ignição estática" (como o do Flugêncio), utilizando duas bobinas, e mantendo o distribuidor só como "sensor de giro" (ou algo assim...),
    como se dá a "regulagem" da curva de ignição? O CCI também serve pra esses casos? (tenho vontade de instalar no meu...)
    Não faço a menor idéia sobre o que está falando, porque ignição estática leva este nome justamente por não existir distribuidor, quem dirá seus avanços mecânicos: DIS, distributorless ignition system, ou em bom português, ignição estática.

    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    As "curvas" do VW são semelhantes às do Niva, ou pelo fato de utilizar o "eixo" Lada, mantém-se as curvas Lada?
    Em adaptação do tipo o avanço centrífugo e à vácuo do Niva vão pro lixo junto com o distribuidor, e entram na jogada os avanços do Gol, que são bem diferentes do Niva.
    Até entre o MD-270 1.6 (Passat) e o AP 1.6 (Gol) já existem grandes diferenças, quem dirá entre o Gol e o Niva, que são motores de concepção completamente distintas.
    Funcionar funciona, melhor em alguma faixa de rotação, pior em outra, já que o ideal seria alterar o avanço em função do motor e não em função do que existe à mão ou é mais barato, mas como alteração de avanço tem seu preço e são poucos que sabem fazer, fecha a conta e passa a régua.
    Não estou escrevendo isso por causa do CCI. Se alguém tiver como alterar o avanço centrífugo como manda o figurino, manda bala, porque o resultado justifica o empenho, ainda mais em motores modificados. E isso não é nenhuma novidade. Em preparação de motores, alteração de curva é coisa pra ser pensada antes de qualquer outra coisa, pelo menos por quem manja de preparação.

    Citação Postado originalmente por Luciano SHAKALL Ver Post
    Se a tal adaptação for feita com um distribuidor VW "pra álcool" (+ o CCI), seria sanada essa questão "do Ítem 4" (conversão de Gasolina p/ Álcool/GNV)
    Se voltar no tópico (ou até em outros tópicos) verá que já comentei que o ideal é fazer uso do CCI com distribuidores originais, porque é sobre a curva original que serão obtidos os melhores resultados, e a resposta anterior explica o porque.

    Sds,
    Sukys

  • #101
    Usuário Avatar de Rones Jr
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    Sukys,

    Já que meu nome tá na lista, como faço para pagar?

  • #102

    Question Sukys...

    Sukys

    Como sou mto leigo no assunto e leio, leio, leio e continuo sem entender quase nada, vou peguntar de forma bem tosca...

    Meu Niva usa gasolina/GNV e possui motor praticamente original, só foi modificado pra 1.7 c/ carburador weber 460. Adaptei o distribuidor com sensor Hall do Gol 1.6/1.8 e notei mta diferença principalmente no GNV (menor consumo e maior força/velocidade), fiquei mto satisfeito a única coisa q não gostei é q qdo ando com GNV o carro tá redondo em uma rotação "X" na lenta e quando ando com ele na gasolina ele fica numa rotação "Y" na lenta não tão boa (ou vice-versa).

    1) Eu me beneficiaria em alguma coisa usando este teu componente???
    2) Melhoraria consumo ou performance???
    3) Só é possível usar no distribuidor original???
    4) Tem alguma coisa que eu possa fazer pra melhorar isso???

    Desculpa as perguntas mas não saco nada do assunto mas sempre temos vontade de melhorar nossas viaturas...

    Gde abraço e obrigado

  • #103
    Citação Postado originalmente por jiper Ver Post
    Troque a sua por uma do Gol AP 1.6 MI, que na realidade é um trasnformador, e tem um potencial de faisca melhor.
    Como é que é?
    Maiores explicações serão altamente bem vindas, porque essa de "bobina que na realidade é um transformador" é uma grande novidade.
    E já que está recomendando a troca, também seria interessante explicar como é que o amplificador de corrente suportará sem queima os "trocentos" ampéres drenados por este "transformador".

    Sds,
    Sukys

  • #104
    Citação Postado originalmente por Rones Jr Ver Post
    Sukys,Já que meu nome tá na lista, como faço para pagar?
    Rones,

    Já nem sei mais quem é quem.
    Se o seu caso tem a ver com GNV, dê um tempo, vamos esperar o resultado da avaliação que - tudo indica - acontecerá neste fim de semana.
    Se tem a ver apenas com modificações de taxa, comando ou cilindrada, é só me responder por MP que por lá a gente combina o resto.

    Sds,
    Sukys

  • #105
    Citação Postado originalmente por Vicenzo Ver Post
    Meu Niva usa gasolina/GNV e possui motor praticamente original, só foi modificado pra 1.7 c/ carburador weber 460. Adaptei o distribuidor com sensor Hall do Gol 1.6/1.8 e notei mta diferença principalmente no GNV (menor consumo e maior força/velocidade), fiquei mto satisfeito a única coisa q não gostei é q qdo ando com GNV o carro tá redondo em uma rotação "X" na lenta e quando ando com ele na gasolina ele fica numa rotação "Y" na lenta não tão boa (ou vice-versa).
    Vicenzo,

    A descrição que você fez se encaixa perfeitamente na resposta que dei ao penúltimo item da prova escrita do Luciano, e se ainda existe dúvida sobre a funcionalidade do avanço vou tentar explicar de outra forma.

    .

  • #106
    Vou tentar explicar a função do avanço de ignição contando uma história que aconteceu na cidade de Pato Branco, aí no Rio Grande do Sul.
    Domingão, dia de Grenal, e um torcedor do grêmio resolveu soltar rojões antes do jogo. Solta rojão daqui, solta de lá, e um vizinho, torcedor do inter, se emputeceu com o barulho e reclamou com o gremista, mas não adiantou nada, continuou a barulheira. Daí o interista (se um é gremista, o outro é interista ) resolveu jogar água toda a vez que o gremista acendia um rojão, e depois de algumas tentativas de soltar rojão o gremista desistiu, e acabaram os estouros.
    Lá pelas tantas, passou pela rua um dono de Niva, meio que maluco e defensor de teses de mestrado em física (qualquer semelhança com participantes aqui do fórum é mera coincidência) e vendo o gremista sentado no meio-fio, todo molhado e com uma caixa de rojões na mão, já foi logo pensando em ganhar o prêmio Nobel da física com a tese que explicaria a "criação da água em função do estouro de rojão". E não deu outra, parou o Niva e começou a analisar a situação, devidamente munido de calculadora científica, gráficos e enunciados de física quântica, e como estava na hora do almoço passou a fazer isso tomando chimarrão e comendo dois "pastel" (o camarada físico niveiro não era gaúcho e nem paulista, mas tinha feito curso de pós graduação em Sampa e no momento dava aulas de mestrado no Centro de Tradições Gaúchas, daí a mistureba).
    Pergunta daqui e escuta de lá, e o camarada físico niveiro entendeu a razão da água e também percebeu que seu sonho de ganhar o Nobel tinha ido pra sarjeta junto com a água que pingava do gremista, e como em situação do tipo qualquer um fica puto e quando puto quer se vingar, resolveu se vingar do interista, justamente quem estava quieto, queria ficar quieto, e não tinha nada a ver com teses ou rojões.
    Enquanto comia os pastéis e tomava goles de chimarrão ficou pensando na forma de vingança, e quando foi pegar a sobremesa, um belo pão de queijo recheado com vatapá (nosso camarada físico jipeiro também tinha feito curso de pós graduação em Minas e Bahia) percebeu que do outro lado da rua existia um parque de diversões, e vendo a roda gigante começou a dar pulos e a gritar "eureka, eureka, eureka" (tradução do grego para o português: "eu era careca, eu era careca, eu era careca", tradução do grego para o dialeto dos físicos: "pô meu, achei"), e disparou a fazer contas e mais contas, fazendo o chão de quadro negro e uma chave de fenda como giz (calculadora científica todo físico que se preza tem, mas não faz uso porque se embanana com tanta tecla).
    Como o gremista só olhava e não entendia nada, o camarada físico niveiro resolveu explicar, e entre goles de paçoca diluída em guaraná (isso não é resultado de nenhum curso de pós-graduação, é mania mesmo) desandou a falar:

    - Seguinte, depois de cálculos e mais cálculos cheguei à conclusão de que o pavio do rojão queima por exatamente 1 minuto (nota da redação, ele poderia ter chegado à mesma conclusão usando o cronômetro do relógio de pulso, mas físico que se preza sempre faz as coisas pela forma mais complicada), dai eu pensei, se o pavio demora 1 minuto pra queimar, vamos até o parque de diversões, você senta na cadeira da roda gigante com os rojões nas mãos e eu fico no controle do acelerador da roda gigante, fazendo com que ela gire em velocidade tal que, daqui de baixo até lá no alto, demore exatamente 1 minuto. Como suas mãos estarão ocupadas, toda a vez que a cadeira passar por mim eu acendo o rojão pra você, daí transcorrido 1 minuto o rojão explode com você lá no alto da roda gigante, e com você girando e com o rojão explodindo lá no alto, a probabilidade do interista te acertar com a água será muito pequena, algo em torno de 0,00874824358243572 por tentativa.

    O gremista sacou a idéia e lá foram eles para o parque de diversões.
    Roda gigante com a rotação adequada, cadeira passando próximo ao chão, camarada físico niveiro acende o pavio e, em 1 minuto, com a cadeira lá no alto, o rojão explode, e o nosso camarada físico niveiro exclama,"ixe meu rei, beleza pura, tchê!".
    E assim ficaram explodindo rojões, até o interista chegar com baldes e mais baldes de água, e vendo que não conseguiria molhar o gremista, mandou ver a água no nosso camarada físico niveiro, que embora maluco não é besta, e estava acendendo os rojões com um isqueiro que funcionava com carbureto plasmático, devidamente à prova d'água.
    Só que de tanto levar água na cara, nosso camarada físico niveiro se atrapalhou com o controle da roda gigante, que passou a girar um pouco mais rápido, e pra compensar o aumento da velocidade da roda gigante passou a acender o pavio do rojão um pouco antes da cadeira chegar ao alinhamento com o chão, e fez isso pra compensar a maior velocidade da roda gigante, já que tempo de queima do pavio é sempre o mesmo, e assim o rojão continuava a explodir com a cadeira sempre lá no alto.
    Só que a velocidade da roda aumentava cada vez mais, e cada vez mais o nosso camarada físico niveiro compensava este aumento de velocidade acendendo o pavio com a cadeira em posição cada vez mais distante do alinhamento com o chão. Só que em determinado momento, mesmo com a roda gigante aumentando a velocidade, percebeu que pro rojão acender lá no alto não precisava mais se antecipar tanto no acendimento do pavio. Pensa daqui, calcula de lá, e chegou à conclusão que o aumento da velocidade da roda gigante gerava vento no pavio, e o vento fazia o pavio queimar mais rápido.
    Daí nosso camarada físico niveiro chegou à seguinte conclusão, que óbviamente serviu para uma nova de tese de mestrado, igualmente óbvia como tantas outras, com o seguinte resumo em inglês (em inglês só pra ficar mais chique, mas vou fazer uso da tecla SAP): até determinada velocidade da roda gigante o vento não altera o tempo de queima do pavio, mas é preciso se antecipar no acendimento por causa do aumento da velocidade da roda, mas a partir daí o tempo de queima do pavio diminui por causa do vento, então mesmo com o aumento da velocidade da roda se faz necessário diminuir a antecipação de acendimento, assim o rojão continua a explodir sempre lá no alto.
    E como todo físico que se preza, dedicou a tese de doutorado ao tio, ao vizinho, ao vendedor de cachorro quente, ao guarda de trânsito e ao jacaré de estimação, que é a única forma encontrada pelos físicos pra demonstrar apego ao mundo real.

    A história não termina por aqui, mas enquanto nosso camarada físico niveiro decide se escreve o rascunho da tese com lápis ou lapiseira, e só nisso vai demorar alguns meses, vamos aproveitar o tempo e fazer a seguinte analogia:

    Roda gigante = motor
    Isqueiro = faísca de ignição
    Pavio = tempo de queima do combustível
    Vento = turbulência dentro da câmara de combustão
    Camarada físico niveiro = avanço de ignição

    Oras, se o combustível possui um tempo de queima e este tempo é constante, ao aumentar a rotação do motor a faísca de ignição terá que ter um avanço proporcional, e isso tem que ser assim para melhor aproveitar a energia liberada pela explosão, que deve acontecer sempre que o girabrequim do motor se encontrar em determinada posição. Só que o aumento da rotação do motor também aumenta a turbulência da mistura e isso diminui o tempo de queima, então a partir de determinada rotação a faísca de ignição deixa de ter um avanço proporcional à rotação do motor, caso contrário o motor perderá eficiência pelo menor aproveitamento da energia liberada pela explosão do combustível, que sempre deve acontecer com o girabrequim numa determinada posição.

    É isso aí. Na realidade a coisa é muito mais complexa e só fiz uso da turbulência pra não complicar mais o assunto, e da mesma forma que existem diversos tipos de roda gigante também existem diversos tipos de motor, cada qual com suas particularidades, onde cada particularidade e no seu próprio jeito alteram o tempo de queima do combustível, e quem tem que correr atrás de tudo isso é o sistema de ignição.
    Por isso que distribuidor com curva de avanço pra Niva tem lá suas diferenças do Gol, que tem lá suas diferenças do BF161, que tem lá suas diferenças pra qualquer outro. Distribuidor de um carro no outro até que funciona, mas que ninguém espere obter a eficiência devida, porque quem controla a eficiência do motor são os dispositivos de avanço, seja na forma mecânica ou eletrônica, e nas adaptações feitas por quem não conhece os detalhes de um sistema de ignição... grandes chances do resultado acabar em merda.

    Sds,
    Sukys

  • #107
    Sukys,

    Cara, valeu mesmo pela explicação... pelo menos agora consigo entender simplificadamente o funcionamento do avanço... além d físico tu é um ótimo contador d histórias... porém acredito q Pato Branco seja no Paraná....

    Gde abraço...

  • #108
    Vicenzo,

    Eu não sou físico, mas pode ter certeza que qualquer físico consegue comprovar, através da teoria quântica, que a cidade de Pato Branco pode estar em qualquer lugar, inclusive no Rio Grande do Sul.

    Um pouco de humor sempre facilita as coisas, e se a história teve serventia, ótimo.

    Sds,
    Sukys

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